Simples prazer ou vício? Como identificar quando o café passa a representar um perigo 

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O café faz parte do seu dia a dia? Quantas xícaras você consome diariamente? Você consegue passar um dia sem essa bebida? Sabe dizer se você consome café por prazer ou se já virou um vício? Neste artigo vamos abordar justamente isso: quando o consumo de café deixa de se tornar um prazer inofensivo e passa a representar um perigo. Confira! 

Ao acordar, após o almoço, durante à tarde, à noitinha… Assim muitas pessoas costumam consumir o café. Outras até já deixam uma garrafa térmica com a bebida para consumi-la durante o dia inteiro, até a sua última gota. 

Mulher tomando café
Algumas pessoas não conseguem ficar algumas horas sem tomar café

Você se identifica com alguma dessas situações? Pois saiba que dependendo da quantidade de café consumida diariamente, esse simples prazer pode se transformar em um vício ou dependência.

Segundo o autor do livro Die Wahrheit über unsere Drogen (A verdade sobre as nossas drogas), o toxicologista Carsten Schleh, o café pode sim criar dependência.

Quem já não sentiu uma insuportável dor de cabeça por ter ficado sem o seu café do dia a dia? Então, saiba que já é reconhecido como diagnóstico médico o caffeine use disorder) ou distúrbio de consumo de cafeína.

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Vale saber que de acordo com a revista Psychopharmacology, o café é a droga psicoativa mais consumida do mundo. Os países que mais consomem o café são: Luxemburgo (com 8,5 quilos per capita anuais; Alemanha (4,8 quilos) e Brasil (4,5 quilos por ano).

O que o café contém?

Para quem não sabe, o nosso tradicional café do dia a dia é composto por mais de mil substâncias, dentre elas os polifenóis, corantes e flavorizantes naturais, vitamina B e magnésio. 

Mas, contudo, o que torna seus grãos tão poderosos é o alcaloide cafeína, também presente nas favas de cacau e em grande quantidade nos energy drinks. Além disso, certas folhas de chá contêm teína, uma substância quase idêntica.

Então, se quer descobrir por qual motivo se sente tão mais disposto após uma boa xícara de café fresquinho, saiba que a explicação é o fato da cafeína chegar ao cérebro entre 15 a 30 minutos após o primeiro gole, se conectando aos receptores de adenosina. 

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É aí que a mágica acontece, já que a função da adenosina é bloquear a liberação de neurotransmissores como dopamina e noradrenalina, ou seja, ela põe o cérebro para dormir, é um neurotransmissor ligado à sensação de cansaço.

Mas, a cafeína, ao se conectar a esses receptores, e bloqueá-los, impede essa ação tranquilizante, ou seja, inibe o neurotransmissor, deixando o corpo em alerta, o organismo mais desperto. 

Assim, o café atua estimulando a tensão arterial, deixando a pessoa mais disposta, desperta e produtiva, um efeito que pode durar até seis horas. Veja mais: Cafeína faz mal ou faz bem afinal?

Mas, afinal, quando o café vira vício?

Homem tomando café
É importante consumir o café de maneira equilibrada, sem exagerar

É preciso entender que a cafeína é uma substância psicoativa, já que ela atua no cérebro, e por seu efeito altamente estimulante, ela também eleva a liberação de dopamina, apelidada de “hormônio da felicidade”.

Essa ação é potencializada pelo fato dos receptores da adenosina já estarem bloqueados pela cafeína.

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Isso desencadeia efeitos fisiológicos, como o vício, ou seja, ficar dependente da cafeína, já que ao se beber muito café, formam-se novos receptores de adenosina, aumentando a produção dessa substância calmante.

Nesse sentido, ao ficar sem café, a pessoa sente efeitos no organismo, como dor de cabeça, cansaço, irritabilidade, falta de concentração, prostração e etc.

O café é sempre prejudicial?

A resposta é não! Mesmo que possa criar uma dependência, isso só acontece em casos de ingestão excessiva. Como tudo na vida, é preciso buscar o equilíbrio, um consumo moderado de café não é prejudicial para adultos saudáveis. 

De acordo com o toxicologista Carsten Schleh, é a “dose que faz o veneno”. Segundo ele, a recomendação máxima da bebida diariamente é de 400 miligramas de cafeína, ou seja, de duas a cinco xícaras (dependendo do tamanho). Já as gestantes não devem ultrapassar 200 miligramas diários.

Se quiser saber se você se encaixa no perfil de dependente, basta verificar como reage à retirada do café. Se apresentar sintomas como tremores, suor frio ou ansiedade depressiva, infelizmente é sinal que já possui o vício.

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A dica de Carsten Schleh, portanto, é reduzir o consumo gradativamente. Basta buscar o equilíbrio no seu consumo. Se tiver dificuldades, procure ajuda do seu médico.

Você toma café todos os dias? Acha que ele pode ter se tornado um vício na sua vida? Comente abaixo!

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