Mulher só pode comer aveia e fórmula para bebês devido à condição rara

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A história de uma jovem chamou a atenção: ela tem uma condição rara que a permite comer apenas dois alimentos. Caroline Cray Quinn, 24 anos, descobriu ser portadora da síndrome de ativação de mastócitos, também conhecida como MCAS.

Segundo o Healthline, os mastócitos fazem parte do sistema imunológico e costumam ser encontrados na medula óssea e ao redor dos vasos sanguíneos. Quando alguém tem MCAS, seus mastócitos liberam uma sobrecarga de substâncias químicas no corpo, o que causa diversos sintomas desconfortáveis. Alguns deles são urticárias, taquicardia, síncope, rubor, náuseas, vômitos e confusão mental.

Caroline Cray Quinn
Imagem: Reprodução TikTok e Instagram

Caroline contou ter a condição rara em um vídeo no TikTok que já ultrapassa um milhão de visualizações. Na gravação, a jovem disse que só consegue comer aveia e fórmula hipoalergênica para bebês. 

Ela mostrou como faz a mistura e disse que toma três xícaras no café da manhã, duas no almoço e três no jantar. A moça garantiu que sua alimentação atende adequadamente a todas as suas necessidades nutricionais.

Ao sentir os primeiros desconfortos, Caroline procurou um médico e iniciou a dieta hiper restrita. “Fui diagnosticada com MCAS em 2018, depois que uma reação anafilática a vestígios de nozes se transformou em uma série de reações anafiláticas recorrentes a alimentos aos quais eu não era alérgica”, disse ao site norte-americano BuzzFeed.

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“Fiquei entrando e saindo do hospital por dois meses, e então meu alergista me encaminhou para um especialista em mastócitos, que finalmente me deu o diagnóstico oficial, depois de vários testes. Meus sintomas incluíam anafilaxia contínua, dificuldade em respirar, vias aéreas restritas, pulmões apertados, respiração ofegante, garganta apertada, urticária e erupções cutâneas”, descreveu.

Um dos pontos de análise precoce do paciente é se tem episódios recorrentes e graves do tipo anafilático que envolvem mais de um sistema orgânico. Ademais, a mastocitose sistêmica, outra condição rara, precisa ser descartada.

A anafilaxia é uma reação alérgica com risco de vida e que pode ocorrer entre segundos e minutos após a exposição à substância que o “desperte”. Ela causa queda de pressão arterial e estreitamento das vias aéreas e precisa ser evitada imediatamente com o auxílio da injeção de epinefrina. Além disso, pode causar erupções cutâneas e vômitos.

Ao ser questionada sobre como descobriu que só poderia comer aveia e fórmula, ela contou: “Fui hospitalizada devido a um surto de mastócitos na primavera (no Brasil, outono) de 2019. O único alimento que não estava causando uma reação alérgica era a aveia”, relatou.

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“Obviamente, o corpo humano não pode viver apenas de aveia devido à falta de nutrientes, então um médico teve a brilhante ideia de me fazer experimentar uma fórmula hipoalergênica para bebês e eu tolerei muito bem. Uma lata tem 57g de proteína, 90g de gordura, 200g de carboidratos, 2.000 calorias e níveis sustentáveis de minerais (cálcio, magnésio, ferro, zinco etc) e vitaminas (A, B, C, D, E, etc)”, completou.

É claro que o diagnóstico trouxe uma mudança drástica para a vida da norte-americana. “Antes de ficar doente, eu era remadora do time do colégio D1, uma pessoa despreocupada e que acompanhava o fluxo. Quando fiquei doente, tive que parar de remar por três anos porque estava constantemente tendo reações alérgicas e meu corpo estava esgotado e muito fraco”, detalhou.

Caroline Cray Quinn
Imagem: Reprodução Instagram

Em sua vida social, Caroline também precisou fazer muitos ajustes. “Às vezes é difícil não conseguir comer comida normal, especialmente nos feriados, porque sinto falta de comida. Antes de ficar doente, nunca percebi como a cultura social está intimamente ligada às refeições. Por exemplo, ir almoçar com um colega de trabalho, jantar de Ação de Graças com a família, comemorar um aniversário com bolo ou ir a um bom restaurante para um primeiro encontro”, disse.

“Comida é socialização! Eu ainda me incluo nessas experiências, menos a comida, então levo uma garrafa térmica com minha comida para um restaurante. Se sou eu quem está fazendo planos, definitivamente tendo a escolher atividades que não envolvam comida, como ir a um museu de arte, dar um passeio ou convidar pessoas para uma noite de pintura”, refletiu.

Caroline explicou como o MCAS funciona a nível biológico: “(…) Os mastócitos tornam-se hiperresponsivos a fatores desencadeantes, como estresse, certos alimentos, medicamentos ou fatores ambientais. Quando acionados, esses mastócitos liberam várias substâncias inflamatórias, causando os sintomas associados ao MCAS”.

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O médico da jovem, Dr. Gupta, disse que o tratamento normalmente envolve “uma combinação de identificação e prevenção de gatilhos, medicamentos como anti-histamínicos ou estabilizadores demastócitos para reduzir os sintomas e, em casos graves, imunossupressores ou produtos biológicos para controlar a atividade dos mastócitos”. 

No caso de Caroline, ela toma injeções quinzenais de Xolair, infusões semanas de Hizentra, Cromolyn Sodium e 10 pílulas anti-histamínicas/anti-inflamatórias diferentes. Ainda não se sabe se a moça poderá voltar a comer outros alimentos.

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