O italiano Valter Longo, 56 anos, pesquisador conhecido como evangelista do jejum, citou os cinco alimentos considerados tóxicos que ele cortou de seu cardápio. O ex-músico pretende chegar até aos 130 anos com seus novos hábitos.
O cientista tornou-se obcecado por estudo relacionados à longevidade ainda na adolescência e deixou sua carreira de músico para se dedicar à formação em Bioquímica. Nesses últimos anos, o pesquisador desenvolveu uma dieta que tem a premissa de “manter a juventude até o fim da vida”, conforme disse ao The New York Times.
No laboratório que dirige no Instituto de Oncologia de Milão (Ifom), Longo pesquisa genes que regulam o envelhecimento do corpo e, a partir desses dados, desenvolveu a dieta baseada em plantas e nozes.
O pesquisador explica que a proposta é uma imitação dos efeitos do jejum, a partir da ingestão periódica de suplementos e biscoitos de couve. A dieta promete permitir que as células se livrem de toxinas prejudiciais e, com isso, rejuvenesçam sem os efeitos negativos da fome.
Em março deste ano, o cientista divulgou outro estudo baseado em testes clínicos com centenas de idosos da Itália. Os resultados teriam mostrado que mesmo que praticada em curto período, a dieta de jejum simulado já reduz a idade biológica e previne doenças associadas ao envelhecimento.
O italiano, que também é professor de gerontologia e diretor do Instituto de Longevidade da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, decidiu patentear e comercializar seus kits de dieta mundo afora. Ele também é autor do livro “A Dieta da Longevidade” e é considerado um influente evangelista do jejum pela revista Time.
Inspiração
O pesquisador nasceu em Gênova, no noroeste da Itália, mas constantemente visitava os avós em Molochio, na Calábria, cidade famosa por seus cidadãos centenários. Portanto, desde muito cedo, o italiano desenvolveu interesse no assunto.
Aos 16 anos, ao mudar-se para Chicago, Longo observou os hábitos alimentares de seus tios e tias de meia-idade, com muitas salsichas e bebidas açucaradas. Os parentes do pesquisador desenvolveram diabetes e doenças cardiovasculares, diferente de seus familiares na Calábria.
Anos depois, após concluir o doutorado em Bioquímica na Universidade da Califórnia e um pós-doutorado em Neurobiologia do Envelhecimento na Universidade do Sul da Califórnia, ele retornou à Itália e assumiu uma posição no Instituto do Câncer em Milão.
O pesquisador começou a se inspirar nas dietas da Calábria, ricas em vegetais, e de Gênova, com o consumo de peixes.
Por outro lado, Longo também não considera certos hábitos italianos muito saudáveis, devido a seus pratos com carnes curadas, legumes fritos ou suas lasanhas e pizzas gordurosas.
O professor também desabafou sobre a falta de investimentos em pesquisas no país. “Lamento que a Itália tenha uma história e uma abundância de informações sobre o envelhecimento, mas praticamente não invista na pesquisa desse processo”, disse.
Mesmo com a falta de incentivos, o pesquisador reforçou seu compromisso em prolongar a juventude, mas também aponta que seu objetivo não é apenas com a finalidade de prolongar a vida, mas criar um ambiente saudável para uma experiência plena.
“Meu objetivo é viver até os 120, 130 anos. Isso nos deixa preocupados atualmente, porque muita gente afirma: ‘Claro, todo mundo deveria alcançar pelo menos os 100’. Mas não compreende como é desafiador chegar a essa marca”, conclui
Você seguiria o guia alimentar criado por Longo? Tem vontade de viver por mais de 100 anos? Comente abaixo!
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