Trombose – Causas, tipos e tratamento

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Trombose é o bloqueio nos vasos sanguíneos causados por coágulos de sangue. Aqui, você vai encontrar os principais tipos, causas e tratamento para a trombose.

A formação de coágulos sanguíneos (ou trombos) é um importante mecanismo para evitar a perda excessiva de sangue.

Assim, ao sofrer um corte ou lesão, o sangue forma coágulos sanguíneos para evitar o sangramento excessivo. Na maioria dos casos, eles são temporários e úteis para reduzir ou parar o sangramento.

Aliás, para saber se o seu sangue está coagulando de uma forma saudável, vale a pena fazer um coagulograma completo.

Na trombose, o coágulo bloqueia o fluxo sanguíneo nas veias e artérias por bastante tempo e, assim, prejudica a saúde. Outro tipo de bloqueio perigoso para a saúde é aquele observado em casos de embolia gordurosa.

A fim de evitar a trombose e suas complicações, veja a seguir quais as causas e o tratamento. disponível.

Tipos

trombose

Existem vários tipos de trombose, mas os principais são:

Trombose venosa

Ocorre o bloqueio de uma veia que transporta o sangue de volta para o coração. Há também a trombose venosa profunda em que o coágulo sanguíneo é formado na veia femoral da perna.

Trombose arterial

O bloqueio acontece na artéria que leva o sangue do coração para o resto do corpo. 

Outros tipos

  • Trombose pulmonar: o coágulo sanguíneo afeta os pulmões;
  • Trombose cerebral: o coágulo viaja até o cérebro.

Há ainda outros exemplos como a trombose que afeta os braços, o abdômen, o coração, etc.

Causas

Existem muitas causas possíveis e fatores de risco para a trombose.

Primeiramente, para a trombose venosa, as causas podem ser:

  • Fratura óssea;
  • Obesidade;
  • Imobilidade física;
  • Doença ou lesão nas veias das pernas;
  • Distúrbios hereditários;
  • Distúrbios autoimunes que aumentam o risco de coagulação;
  • Uso de remédios que aumentam a coagulação, como os anticoncepcionais.

Por outro lado, a principal causa de uma trombose arterial é o endurecimento das artérias (ou arteriosclerose) – que aumenta o risco de um coágulo de sangue se formar no local.

Só para exemplificar, as complicações que podem surgir incluem um ataque cardíaco ou um AVC.

Fatores de risco

Embora a maioria seja igual, alguns fatores de risco variam segundo o tipo de trombose. Na trombose venosa, os fatores de risco podem ser:

  • Histórico pessoal ou familiar de trombose venosa profunda;
  • Gravidez;
  • Ausência de movimento após durante a recuperação de uma lesão, doença, cirurgia ou durante uma viagem longa;
  • Idade;
  • Tabagismo;
  • Lesões na veia causadas por cirurgias, ossos quebrados ou traumas;
  • Uso de cateter;
  • Doenças hereditárias de coagulação do sangue;
  • Obesidade;
  • Doenças como o câncer, doenças pulmonares, doença de Crohn ou doença cardíaca.

Além disso, pessoas com as seguintes condições ou características podem ter um risco maior de desenvolver trombose arterial:

  • Tabagismo;
  • Diabetes;
  • Hipertensão e colesterol alto;
  • Inatividade física e obesidade;
  • Dieta pobre em nutrientes;
  • Idade;
  • Histórico familiar de trombose arterial;
  • Falta de movimento por tempo prolongado.

Tratamento

remédio para trombose

O tratamento da trombose depende de vários fatores. A equipe médica deve considerar:

  • Idade, saúde geral e histórico médico do paciente;
  • Se há alguma doença ou complicação de saúde sendo tratada ao mesmo tempo;
  • Uso de remédios;
  • Se há risco de piora.

Logo após a análise clínica, o médico vai decidir a melhor abordagem terapêutica que pode ser com o uso de:

  • Anticoagulantes para diluir o sangue como a heparina e a varfarina, por exemplo;
  • Remédios para dissolver os coágulos sanguíneos como a altplase, a estreptoquinase e a tenecteplase;
  • Remédios que afinam o sangue como a aspirina;
  • Cateteres inseridos para ampliar os vasos sanguíneos afetados e garantir o fluxo de sangue adequado;
  • Stent ou estente (tubo expansível) que mantém o vaso sanguíneo aberto e impede seu fechamento.

Aliás, algumas pessoas acreditam que tomar aspirina ajuda a prevenir problemas cardíacos como o infarto. Confira se a aspirina pode prevenir um infarto e se o seu uso durante o incidente traz algum benefício.

Além disso, em casos mais graves, uma cirurgia para remoção de um coágulo sanguíneo pode ser necessária.

Tratamento complementar

Por fim, além de usar os remédios, é provável que o médico te oriente a:

Usar meias de compressão

As meias que comprimem as pernas ajudam a prevenir o inchaço associado à trombose e também ajudam na circulação do sangue.

Evitar longos deslocamentos

Voar de avião ou se deslocar em longas viagens de carro ou de ônibus é contraindicado para quem sofre de trombose, pois isso pode formar novos coágulos ou causar complicações.

Praticar exercícios físicos

Se movimentar e praticar atividades físicas como caminhadas e corridas leves é indispensável para melhorar a circulação sanguínea e evitar a formação de coágulos no sangue.

Elevar as pernas ou os braços

A depender do local em que seu coágulo está localizado, o médico pode sugerir que você dedique alguns momentos do seu dia para manter o membro elevado para o sangue a circular melhor.

Sinais de alerta

Por fim, é essencial estar atento a sintomas de emergência de trombose, como por exemplo:

  • Falta de ar repentina;
  • Tosse com sangue;
  • Pressão no peito;
  • Batimento cardíaco acelerado;
  • Dificuldade para respirar;
  • Dificuldade para enxergar ou falar.

Além disso, é importante conhecer os seus fatores de risco, seguir hábitos diários mais saudáveis e realizar exames de rotina.

Fontes e Referências Adicionais

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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