Doenças parasitárias são extremamente comuns em praticamente todos os países do mundo, podendo variar desde as mais simples e leves até enfermidades mais graves de saúde, como é o caso da toxocaríase humana.
Ela é mais comum em crianças, uma vez que a infecção normalmente se dá pela ingestão de ovos do parasita, que podem estar em superfícies contaminadas, no chão e na terra.
Assim, no artigo abaixo, vamos conhecer os sintomas da toxocaríase, os tratamentos disponíveis e formas de prevenção da doença, além de entender melhor como é o seu contágio.
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A toxocaríase humana, também conhecida como larva migrans visceral ou ocular, é uma zoonose, ou seja, uma doença que inicialmente só afeta animais, mas que em algumas situações pode atingir seres humanos.
Ela é causada por parasitas Toxocara sp., que, após saírem dos ovos, podem migrar para praticamente qualquer órgão do corpo, causando reações inflamatórias e sintomas bastante intensos.
Outro ponto a se levar em conta é existem diferentes agentes causadores da toxocaríase, que pode ser:
No entanto, apesar de serem espécies diferentes, a doença causada e os órgãos que podem ser atingidos são os mesmos.
Além disso, podemos dividir a toxocaríase em dois subtipos, dependendo do local atingido:
Como vimos logo acima, os parasitas causadores da toxocaríase normalmente infectam animais, e só causam a doença em humanos por “acidente”.
Isso ocorre porque os ovos de Toxocara são eliminados nas fezes dos animais, em geral cães e gatos domésticos, e só então podem infectar humanos. No entanto, essa infecção pode ser evitada com a adoção de algumas medidas simples, e ao final do artigo vamos conhecer algumas delas.
Assim, após esse contato com os ovos do parasita, ou seja, após a ingestão acidental, as larvas nascem no interior do sistema digestivo, e de lá podem migrar para outros órgãos, como pulmão, coração, fígado e olhos.
Após a migração das larvas, que causa uma reação imunológica intensa, os sintomas da toxocaríase começam a aparecer.
Além disso, podemos afirmar que o tipo de sintoma apresentado, bem como a sua intensidade, vai depender do local afetado, e podem incluir:
Como podemos notar, muitos desses sintomas podem ser confundidos com verminoses, doenças virais, bacterianas e mesmo alergias.
Por isso, é essencial procurar um médico para que o diagnóstico correto seja feito, e o tratamento iniciado o mais rapidamente possível.
O diagnóstico da toxocaríase pode ser algo desafiador, principalmente para profissionais que não tenham experiência com esse tipo de parasitose.
Mas, em geral, ele é realizado levando em consideração alguns aspectos principais:
O tratamento da toxocaríase deve ser feito apenas após o diagnóstico, realizado por um médico, e envolve o uso de diferentes medicamentos, a depender dos sintomas e da gravidade do quadro.
São eles:
Entretanto, nem todo mundo reage da mesma forma aos transtornos de saúde, e algumas pessoas podem necessitar de outros tratamentos, principalmente em casos mais severos ou em quando a pessoa já tenha o diagnóstico de alguma outra doença.
Você provavelmente já ouviu o termo “larva migrans” ser usado para outra parasitose, popularmente conhecida como Bicho Geográfico.
Mas, apesar do nome semelhante, a larva migrans visceral e ocular são causadas por parasitas diferentes da larva migrans cutânea.
No caso da doença visceral e ocular, como vimos, o agente causador é um parasita Toxocara sp., que pode ser de origem canina (T. canis) ou felina (T. cati).
Já a larva migrans cutânea é causada por outros parasitas: Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum.
Assim, podemos dizer que são doenças completamente diferentes, e que a única coisa que possuem em comum é a “migração” dos parasitas, que dá o nome da doença.
Como se trata de uma doença parasitária, transmitida pelo contato com fezes de animais infectados, ou com objetos e superfícies contaminadas, as formas de prevenção são relativamente fáceis de serem implementadas.
Assim, para prevenir a toxocaríase basta evitar o contato com o parasita, o que pode ser feito da seguinte forma:
No entanto, mesmo com todos os cuidados, é possível adquirir a doença através de alimentos infectados ou, no caso de crianças, durante brincadeiras ao ar livre.
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