A síndrome metabólica não é uma condição específica, mas sim um conjunto de fatores relacionados a uma maior chance de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
É necessária presença de cinco fatores específicos para o diagnóstico, incluindo o aumento da pressão arterial, níveis elevados de açúcar no sangue, excesso de gordura ao redor da cintura, altos níveis de triglicérides e baixos níveis de colesterol bom (HDL).
Mas, apesar dos riscos que o problema traz, ele é tratável, e de forma relativamente simples.
Vamos então conhecer um pouco mais sobre a síndrome metabólica, quais são os principais sinais e formas de tratamento.
O que é a síndrome metabólica?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a síndrome metabólica é um conjunto de problemas de saúde, todos ligados à resistência à insulina, e que aumenta o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.
Quem está mais predisposto a desenvolver a síndrome metabólica?
O desenvolvimento de síndrome metabólica está relacionado principalmente à obesidade e a resistência à insulina. Mas outros fatores também devem ser considerados, como:
- Idade;
- Pessoas na família diagnosticadas com a síndrome;
- Sedentarismo;
- Mulheres diagnosticadas com síndrome do ovário policístico.
Como é feito o diagnóstico?
Apesar de os critérios para o diagnóstico serem diferentes, a depender do país, no Brasil considera-se que a pessoa tem síndrome metabólica quando ela apresenta três desses cinco sinais:
- Hipertensão;
- Obesidade central, com circunferência da cintura acima de 88 cm para mulheres e de 102 cm para homens;
- Alteração na glicose sanguínea ou diagnóstico de diabetes;
- Níveis altos de triglicérides, acima de 150 mg/dl;
- HDL, o colesterol bom, abaixo de 40 mg/dl para homens e abaixo de 50 mg/dl para mulheres.
Alguns outros sinais podem auxiliar no diagnóstico e na definição de gravidade do risco cardiovascular, como os exames de marcadores inflamatórios. O principal é o PCR, que se altera quando há alguma inflamação no organismo.
Quais são as complicações da síndrome metabólica?
Alguns estudos mostram que a síndrome metabólica aumenta a chance de desenvolvimento de alguns problemas de saúde potencialmente sérios, como:
- Acúmulo de gordura nas artérias;
- Diabetes;
- Ataque cardíaco;
- Doença renal;
- Acidente vascular cerebral;
- Esteatose hepática, que é o acúmulo de gordura no fígado;
- Doença cardiovascular.
Tratamento
Antes de iniciar um tratamento com medicamentos, algumas mudanças no estilo de vida podem ser sugeridas para tratar a síndrome metabólica. Veja abaixo algumas dessas medidas:
- Perder peso;
- Incluir exercícios na rotina;
- Diminuir o consumo de álcool.
Alimentação saudável
Apesar de não existir uma dieta específica para o tratamento da síndrome metabólica, manter uma alimentação saudável e equilibrada pode facilitar o controle do problema.
Alimentos que devem ser evitados
- Alimentos industrializados e processados;
- Adoçantes artificiais;
- Refrigerante, independentemente de sua quantidade de açúcar;
- Gorduras trans;
- Carboidratos refinados, como o açúcar.
Alimentos que devem ser incluídos na dieta
- Peixes e alimentos que contenham ômega-3;
- Frutas;
- Leguminosas;
- Grãos integrais.
Medicamentos
O tratamento medicamentoso vai depender de quais fatores ligados à síndrome metabólica estão mais alterados.
- Caso a pessoa apresente diabetes, alguns medicamentos podem ser usados tanto para melhorar o quadro de resistência à insulina quanto para diminuir os níveis de açúcar no sangue;
- Medicamentos anti-hipertensivos podem ser usados para controlar a pressão arterial e evitar as complicações decorrentes do problema;
- Alguns suplementos podem ser usados para auxiliar no tratamento, como o ômega 3. Entretanto é sempre preferível o consumo de alimentos ricos no nutriente, ao invés de suplementos.
Dicas
- Como a síndrome metabólica é uma doença silenciosa, ou seja, não apresenta sintomas, é importante fazer check-ups de saúde anuais, mesmo que você não se encaixe em alguns dos fatores de risco;
- Tente incluir a prática de exercícios em sua rotina diária, mesmo que sejam sessões curtas;
- Durma bem: estudos mostram que noites mal dormidas, quando se tornam rotina, podem estar associadas ao desenvolvimento da síndrome metabólica.
Fontes e Referências Adicionais
- Metabolic syndrome: What you need to know
- Metabolic Syndrome
- The National Center for Biotechnology Information – Metabolic Syndrome
- Cleveland Clinic – Metabolic Syndrome
- Pomegranate: a fruit that ameliorates metabolic syndrome
- Avocado consumption is associated with better diet quality and nutrient intake, and lower metabolic syndrome risk in US adults: results from the National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES) 2001–2008
- Relationship between legumes consumption and metabolic syndrome: Findings of the Isfahan Healthy Heart Program
Fui diagnosticada agora com síndrome metabólica. Preciso iniciar o tratamento e o meu médico me encaminhou para um nutricionista.
Já enviei.
Gostei muito desta aula sobre síndrome metabólica. Tenho 70 anos e estou para realizar uma cirurgia de ernia ignal e estou passando por problemas em que tenho que fazer uma ressonância magnética,tentei por duas vezes e entrei em síndrome de pânico. Em uma consulta que fiz com uma Doutora aqui na cidade onde moro,ela declarou que eu poderia ter feito a cirurgia com a anestesia geral. O que vejo nos dias de hoje é que realmente faltam Médicos que procurem entender seus pacientes e não ficarem aborrecidos com o sistema de pagamentos do SUS. A condição financeira de nosso povo é muito baixa e osistema de saúde do nosso país é muito precário. Muito agradeço a todos vocês que sepreocupam e ensinam como podemos nos defender destes ataques químicos que complica nossa saúde,muito obrigado. Deus abençoe a todos vocês.