Sarcopenia: o que é, sintomas, como tratar e como evitar

A sarcopenia é caracterizada pela perda progressiva de massa e força muscular, um fenômeno que pode afetar significativamente a qualidade de vida e a autonomia de uma pessoa.

Essa perda muscular ocorre de forma gradual e pode começar a ser mais evidente a partir da meia-idade. A sarcopenia afeta não apenas a capacidade física de uma pessoa, mas também impacta a sua saúde geral, uma vez que traz consigo um aumento do risco de quedas e fraturas.

Resumidamente, a sarcopenia é resultado do desequilíbrio entre a síntese e a degradação das proteínas musculares. À medida que envelhecemos, nosso corpo se torna menos eficiente na reconstrução de músculos após o desgaste natural do dia a dia.

Esse fenômeno não tem a ver somente com a perda de músculos, mas também envolve uma redução na funcionalidade desses músculos, afetando a mobilidade, a força e a resistência.

Mas, ela não é apenas um sinal inevitável do envelhecimento, é uma condição complexa que pode ser influenciada por diversos fatores, que vão desde a nutrição até o nível de atividade física de uma pessoa.

Causas

Envelhecimento natural: Conforme envelhece, o corpo experimenta uma redução natural na capacidade de regenerar tecido muscular. A partir dos 30 anos, podemos começar a perder de 3% a 5% de massa muscular por década. Este declínio é exacerbado após os 60 anos.
Alterações hormonais: Com a idade, também ocorrem mudanças nos níveis de hormônios, como estrogênio, testosterona e hormônio do crescimento, que podem afetar a massa muscular.
Doenças crônicas: Condições como doenças cardíacas, câncer, doença renal crônica e outros distúrbios inflamatórios ou hormonais podem influenciar a perda muscular.
Fatores genéticos: A predisposição genética também pode desempenhar um papel na velocidade e intensidade da perda muscular.
Inatividade física: A falta de exercício físico regular leva a uma diminuição na força muscular e massa. Saiba mais sobre as consequências ruins do sedentarismo para a saúde.
Desnutrição e dieta de baixa qualidade: Uma dieta pobre em proteínas, que são necessárias para a construção e manutenção dos músculos, e outros nutrientes essenciais contribui para o desenvolvimento da sarcopenia.

Sintomas

Uma pessoa com sarcopenia pode apresentar os seguintes sintomas:

Perda de força muscular, que pode ser percebida em atividades cotidianas, como dificuldade em levantar objetos, subir escadas ou levantar-se de uma cadeira.
Diminuição da massa muscular, especialmente nos braços e pernas, com músculos que podem parecer menos tonificados e mais flácidos.
Fadiga e fraqueza para realizar atividades diárias, o que pode ser um reflexo da perda de eficiência muscular.
Dificuldade de equilíbrio e coordenação, o que leva a um aumento no risco de quedas.
Redução da velocidade ao caminhar, tornando os movimentos mais lentos e menos ágeis.
Diminuição da resistência física para atividades prolongadas, como caminhadas ou tarefas domésticas.

A sarcopenia pode progredir silenciosamente, portanto, a atenção aos primeiros sinais é essencial para um tratamento eficaz. Portanto, se você ou alguém da sua família está apresentando um ou mais desses sintomas, consulte um médico rapidamente.

Como tratar

Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o tratamento para sarcopenia deve ser individualizado, levando em consideração a saúde geral, condições médicas existentes e o estilo de vida do indivíduo.

Além disso, um plano de tratamento eficaz muitas vezes requer uma abordagem multidisciplinar, envolvendo médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais de saúde.

Com isso, as abordagens de tratamento para a doença incluem:

Exercício físico: Exercícios de resistência, como levantamento de peso, podem aumentar a massa e a força muscular. Exercícios aeróbicos também são importantes para melhorar a resistência e a saúde cardiovascular.
Nutrição adequada: Uma dieta rica em proteínas é essencial para reparar e construir tecido muscular. Além de proteínas, é importante garantir uma ingestão suficiente de vitaminas e minerais, especialmente vitamina D e cálcio, que são necessários para a saúde muscular e óssea.
Suplementação: Em alguns casos, a suplementação pode ser recomendada para apoiar a nutrição e a saúde muscular. Por exemplo, o médico pode indicar suplementos de proteína, aminoácidos como a leucina, e de outros nutrientes como ômega 3.
Terapias hormonais: Para alguns pacientes, especialmente aqueles com deficiências hormonais, as terapias de reposição hormonal podem ser consideradas sob supervisão médica.
Controle de condições crônicas: Tratar doenças crônicas que podem acelerar a sarcopenia é uma parte importante do tratamento. Isso pode envolver ajustes na medicação, dietas especiais ou outras intervenções médicas.
Acompanhamento médico regular: Consultas regulares com profissionais de saúde permitem monitorar a progressão da sarcopenia e ajustar o plano de tratamento conforme necessário.

Como evitar

Idosa forte — É importante manter uma rotina de exercícios de resistência para fortalecer os músculos

Uma vez que prevenir é melhor do que remediar, vale a pena colocar as seguintes estratégias em prática para evitar a sarcopenia:

Alimentação saudável: Não é preciso esperar um diagnóstico de sarcopenia para buscar manter uma alimentação saudável, que seja composta por proteínas de qualidade.
Exercícios: Da mesma forma, os exercícios de resistência podem fazer parte do tratamento da condição, mas também são uma estratégia de prevenção. Veja por que todo idoso deve fazer musculação, segundo a ciência.
Hidratação adequada: Manter-se hidratado é importante para a saúde muscular e para o funcionamento geral do corpo.
Controle do peso: Manter um peso corporal saudável é importante para reduzir o estresse sobre os músculos e as articulações.
Estilo de vida: Mudanças no estilo de vida, como parar de fumar e reduzir o consumo de álcool, podem ter um impacto positivo.
Manter as consultas médicas em dia: É fundamental consultar o médico regularmente, informar sobre as mudanças na sua saúde e realizar todos os exames solicitados pelo profissional de saúde.