Salmão é Remoso?

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Veja a seguir se salmão é remoso ou se não há possibilidade deste peixe causar problemas ao nosso organismo em alguma circunstância de consumo.

Reconhecido como uma fonte de ômega-3, o salmão é um peixe originário do Hemisfério Norte, que é atualmente cultivado abaixo da linha do Equador, especialmente no Chile. Ele faz parte da família dos salmonídeos – a qual a truta também pertence – que fez parte da alimentação dos vikings e dos esquimós.

O alimento também fornece os benefícios da vitamina B2, proteínas, vitamina B1, , vitamina B3, vitamina B5, vitamina B6, vitamina B9, vitamina B12, potássio, selênio e do antioxidante astaxantina (da família dos carotenoides) para a dieta. Aproveite e conheça todos os benefícios do salmão para a saúde e boa forma.

Mas será que quando comemos o salmão não precisamos nos preocupar se ele não pode fazer mal para a saúde? Será que o salmão é remoso?

Porém, antes, o que são alimentos remosos?

Para que tenhamos propriedade para concluir se o salmão é remoso ou não, a gente precisa saber o que são alimentos remosos, não é verdade?

Pois bem, a expressão remoso significa “capaz de prejudicar a saúde, que faz mal à saúde, especialmente ao sangue […]”. O termo ainda pode sofrer uma pequena variação e ser chamado de reimoso.

O termo reimoso não se trata de uma classificação científica, mas é uma expressão antiga, associada à sabedoria popular, que também pode definir os alimentos que podem provocar inflamação na pele, em decorrência de uma reação alérgica.

Chama-se popularmente de reima algo que pode ser considerado um alergênico e que causa reações como coceira, diarreia e intoxicações mais sérias em algumas pessoas.

Os alimentos remosos ou reimosos também são conhecidos pela alcunha de “alimentos carregados” e comidas costumam apresentar quantidades elevadas de proteína e gordura animal. Além disso, os alimentos remosos também podem interferir no processo de cicatrização.

E então, será que o salmão é remoso?

O salmão é classificado como uma das melhores opções de peixes fonte de ômega-3 – uma gordura conhecida por sua ação anti-inflamatória.

Segundo alguns nutricionistas, para acelerar o processo de cicatrização da pele (que é afetado pelos alimentos remosos ou reimosos), é importante consumir alimentos antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, como o ômega-3.

Especialistas também classificam o salmão dentro do grupo de alimentos anti-inflamatórios, ao lado de outros itens como castanhas, abacate, atum, sardinha, azeite, amendoim, linhaça, chia e gergelim.

Alergia ao salmão

As alergias ao peixe configuram um dos tipos de alergias alimentares mais comuns em adultos e o salmão é classificado como uma das espécies mais alergênicas de peixe. Ou seja, é possível apresentar uma reação alérgica ao salmão.

Embora a alergia ao salmão geralmente apareça durante a infância, alguns casos da condição também podem ser desenvolvidos em pessoas adultas. Ainda que adultos que nunca passaram mal ao comer peixe, podem atingir tamanho nível de sensibilização, que desencadeiem sintomas de alergia toda vez que a pessoa afetada consome o salmão.

Falando nos sintomas, a alergia ao salmão pode provocar sinais de alergia na pele, nos olhos, no nariz ou no trato digestivo quando há a exposição ao peixe.

Tocar o salmão pode causar coceira e irritação na pele e inalar o vapor do cozimento ou comer um peixe alergênico pode resultar em coceira e inchaço nos olhos, lábios e garganta, congestão nasal e problemas digestivos como vômito e diarreia.

Além disso, o Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia (ACAAI, sigla em inglês) aponta que uma alergia ao peixe ainda pode provocar sintomas como náusea, cólicas estomacais, indigestão, dores de cabeça, espirros, asma e anafilaxia.

A anafilaxia é uma emergência médica potencialmente fatal, que pode fazer com que o corpo entre o choque e envolver sintomas como perda de consciência, queda na pressão, dificuldade grave em respirar, erupção cutânea, vertigem, náusea, vômito e pulso rápido e fraco.

Se você apresentar qualquer um desses sinais ou algum outro sintoma de reação alérgica depois que comer o salmão ou qualquer outro tipo de peixe, procure rapidamente um hospital, ainda que o problema em questão não aparente ser grave.

Isso é necessário para verificar a seriedade da reação, receber o tratamento apropriado, descobrir se realmente sofre com a alergia ao salmão ou outro peixe e saber que cuidados deve ter em relação ao alimento, caso a condição seja confirmada.

A questão do mercúrio

Você provavelmente já deve ter ouvido falar que uma das preocupações em relação ao consumo de peixe é o perigo de que eles sejam contaminados por mercúrio e outros metais pesados como cobre, chumbo, arsênio e cádmio.

Por exemplo, a ingestão frequente de alimentos contaminados com essas substâncias pode sobrecarregar o trabalho do fígado e atrapalhar o funcionamento equilibrado do organismo.

Em particular, o acúmulo de mercúrio no corpo já foi associado a problemas como alterações no sistema nervoso central como delírios, alucinações e pensamentos suicidas, baixa na imunidade e alterações renais.

O consumo exagerado também pode estar associado ao desenvolvimento de algumas doenças degenerativas.

Crianças pequenas e mulheres em idade de engravidar, principalmente as gestantes e as que amamentam, precisam tomar um cuidado ainda mais especial – e evitar – o consumo de peixes com mercúrio.

Entretanto, segundo a Associação Americana da Gravidez, o salmão é classificado como um peixe com baixo teor de mercúrio.

De qualquer maneira, fica evidente aí a importância de consumir o salmão com moderação, sem cometer exageros, e de certificar-se de que o salmão comprado é de boa procedência e que não existe a possibilidade de que ele esteja (mais) contaminado.

Referências Adicionais:

Você já tinha ouvido falar que o salmão é remoso? Consome com frequência esse peixe em sua dieta? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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