A perda considerável de cabelo após o parto é uma realidade para muitas mulheres, e a famosa atriz Claudia Raia não é exceção. Recentemente, ela compartilhou sua experiência pessoal, mencionando a considerável perda de fios devido ao estresse gestacional vivenciado durante a gravidez.
Mas o que exatamente é essa condição que leva à queda de cabelo?
Denominado eflúvio telógeno, este quadro é uma resposta do corpo a eventos estressantes que alteram o ciclo natural do cabelo. E, surpreendentemente, não se restringe apenas ao estresse vivenciado durante a gravidez.
Fatores do dia a dia como perda de peso súbita, infecções, estresse emocional, deficiência de ferro, cirurgias, febre alta, interrupção do uso de anticoncepcionais e dietas extremamente rígidas podem desencadear essa reação.
Normalmente, essa queda de cabelo começa a ser notada cerca de três meses após o evento estressante. Assim, não é incomum encontrar uma quantidade significativa de fios em suas roupas, no ralo do banheiro, na escova e até no chão.
Mas, qual a ciência por trás disso?
O couro cabeludo humano abriga aproximadamente 100 mil fios. Em uma situação padrão, cerca de 10% destes estão na fase chamada telógena, que dura por volta de 100 dias. Por isso, a queda diária de 100 a 150 fios é considerada normal. No entanto, em condições de eflúvio telógeno, um número atípico de fios entra na fase telógena simultaneamente, resultando em uma queda mais acentuada.
Para entender melhor, é essencial saber que cada fio de cabelo passa por três etapas em seu ciclo de vida:
- Anágena: Esta é a fase de crescimento, abrangendo entre 85 a 90% de todos os fios.
- Catágena: Representa uma fase transitória de regressão e compreende cerca de 1% dos fios.
- Telógena: É a etapa preparatória para a queda, envolvendo aproximadamente 10 a 15% dos fios.
E quanto ao tratamento?
Para aqueles que enfrentam o eflúvio por razões associadas à gravidez, a boa notícia é que, na maioria dos casos, não é necessário qualquer tratamento farmacológico. Com o tempo e a recuperação do corpo, o ciclo capilar tende a se normalizar.
No entanto, se a queda persistir por mais de 6 meses, é imperativo procurar um dermatologista. Esse especialista poderá avaliar se a condição está relacionada a algum outro problema de saúde e indicar o tratamento mais adequado.