A palavra osteoporose significa “ossos porosos”. Trata-se de uma doença que se desenvolve quando o corpo perde muitos ossos e/ou produz poucos ossos. O resultado disso é que os ossos se tornam fracos e podem quebrar quando houver uma queda.
Em casos mais graves, pode ocorrer a quebra dos ossos após pancadas pequenas ou até mesmo um espirro.
Para entender melhor a condição, é importante saber que, vistos por meio de um microscópio, os ossos saudáveis se parecem com um favo de mel. Já quando há a osteoporose, os buracos e espaços nos tais favos de mel são muito maiores do que nos ossos saudáveis.
Isso acontece porque os ossos com osteoporose perdem sua massa ou densidade e ficam com uma estrutura anormal do tecido. Conforme os ossos tornam-se menos densos, eles se enfraquecem e ficam mais propensos a quebrar.
Por isso, para quem tem a partir de 50 anos de idade e quebrou um osso, recomenda-se pedir um teste de densidade óssea ao médico. Há estudos que sugerem que uma em cada duas mulheres e um entre cada quatro homens com 50 anos ou mais vai quebrar um osso em decorrência da osteoporose. As informações são da Fundação Nacional da Osteoporose (NOF) dos Estados Unidos.
Os sintomas da osteoporose
Segundo a Mayo Clinic, organização da área de serviços médicos e pesquisas médico-hospitalares dos Estados Unidos, geralmente a condição não apresenta sintomas nos primeiros estágios da perda óssea.
Porém, de acordo com a organização, quando os ossos já foram enfraquecidos pela doença podem aparecer sinais como:
- Dor nas costas, provocada por uma vértebra fraturada ou colapsada;
- Perda de altura ao longo do tempo;
- Postura inclinada;
- Fratura óssea que ocorre com muita mais facilidade do que o esperado.
A Mayo Clinic também recomenda conversar sobre a osteoporose com o médico para quem passou pela menopausa precoce, usou corticosteroides durante vários meses de uma vez ou quem tem um pai ou mãe que sofreu fraturas no quadril.
6 opções de remédio para osteoporose
Uma vez que a condição foi diagnosticada, é fundamental seguir todas as orientações do médico em relação ao tratamento, o que inclui as recomendações do profissional em relação ao remédio para osteoporose mais adequado para o quadro em questão.
Vamos apresentar abaixo uma lista com alguns remédios para osteoporose. Entretanto, antes de utilizar qualquer um deles, você deve conversar com o médico que acompanha o seu caso para ter certeza de que o medicamento em questão é realmente o melhor para o seu quadro e que não é contraindicado para você.
Tenha em mente que este artigo serve simplesmente para informar; jamais pode substituir o diagnóstico ou o tratamento prescrito por um médico para o quadro de osteoporose particular de cada paciente.
Agora que as precauções foram dadas, vamos conhecer algumas opções de remédio para osteoporose:
1. Bisfosfonatos
Conforme a Mayo Clinic, para quem possui um risco elevado de sofrer fraturas, os remédios para osteoporose mais indicados são os bisfosfonatos como Fosamax (Alendronato Sódico), Actonel (Risedronato Sódico), Ibandronato de Sódio e Aclasta (Ácido Zoledrônico).
De acordo com a organização, os efeitos colaterais desses medicamentos incluem: náusea, dor abdominal e azia, porém, eles são menos prováveis de ocorrer quando o remédio é tomado apropriadamente.
Há ainda a versão intravenosa dos bisfosfonatos, que não provocam perturbação estomacal, porém podem causar febre, dor de cabeça e dor muscular durante três dias, completou a Mayo Clinic.
O uso dos bisfosfonatos por mais de cinco anos já foi associado a um problema raro, em que o meio do fêmur é rachado ou pode se quebrar por completo, alertou a organização, que também ressaltou que essa classe de medicamentos ainda pode afetar o maxilar.
A Mayo Clinic afirmou que o paciente deve fazer uma avaliação dental antes de começar o tratamento com os bisfosfonatos.
Os bisfosfonatos são as drogas mais frequentemente associadas a um problema chamado osteonecrose nos maxilares induzidas por medicamento, condição que envolve a perda óssea na região maxilo-facial.
Entretanto, a incidência na osteonecrose é menor em pacientes com osteoporose. Porém, o uso dos bisfosfonatos via oral por mais de três anos aumenta o risco de que o medicamento cause problemas e que quando a utilização do remédio é pela via venosa, esse prazo é mais baixo.
No organismo, os bisfosfonatos ligam-se aos ossos e demoram entre 10 a 12 anos para serem eliminados, o que prolonga os seus efeitos benéficos, porém, também prolonga os seus efeitos negativos.
Com isso, quem usa esse tipo de remédio para osteoporose deve informar ao dentista, principalmente antes de fazer procedimentos cirúrgicos como extrações, enxertos ou implantes.
2. Estrogênio
Segundo a Mayo Clinic, quando o uso do estrogênio começa logo depois da menopausa, o tratamento pode auxiliar a manter a densidade óssea. A organização explicou que a diminuição dos níveis de estrogênio em mulheres na menopausa é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Por outro lado, a terapia com estrogênio pode aumentar os riscos de coágulos sanguíneos, câncer endometrial, câncer de mama e, possivelmente, da doença no coração.
Conforme a organização, o estrogênio é geralmente indicado para a saúde óssea de mulheres mais novas ou para casos em que os sintomas da menopausa também exigem tratamento.
- Veja mais: Estrogênio engorda?
3. Evista (Raloxifeno)
Trata-se de outra opção de remédio para a osteoporose em mulheres após a menopausa. A Mayo Clinic explicou que Evista imita os efeitos benéficos do estrogênio nessas pacientes, sem trazer alguns dos riscos associados ao estrogênio.
De acordo com a organização, tomar esse medicamento diminui os riscos de desenvolvimento de alguns tipos de câncer de mama. Por outro lado, Evista pode aumentar as chances de ter coágulos sanguíneos e traz as ondas de calor como um de seus efeitos colaterais comuns.
4. Testosterona
Nos homens, a osteoporose pode estar conectada a um declínio gradual dos níveis de testosterona, associado à idade. A terapia de reposição de testosterona pode auxiliar a melhorar os sintomas dos baixos níveis do hormônio.
Entretanto, os medicamentos para osteoporose em homens são melhores estudados para o tratamento da doença e costumam ser recomendados sozinhos ou acompanhados do uso da testosterona.
- Veja mais: Como aumentar a testoterona naturalmente.
5. Prolia (Denosumabe)
Ainda segundo a Mayo Clinic, para os pacientes que não toleram os tratamentos comuns da osteoporose ou nos casos em que eles não são eficientes o suficiente, Prolia pode ser uma alternativa de remédio para osteoporose.
De acordo com a organização, em comparação aos bisfosfonatos, Prolia produz resultados similares ou melhores em relação à densidade óssea e diminui as chances de todos os tipos de fraturas.
Entretanto, o remédio é contraindicado para pessoas com hipocalcemia, que é a baixa quantidade de cálcio no sangue, informa a sua bula, disponibilizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O documento ainda alerta que não se deve fazer tratamentos dentários invasivos durante o tratamento com o remédio, que o medicamento não deve ser usado em mulheres grávidas e que sua utilização em mulheres que estejam amamentando deve ser avaliada pelo médico.
A bula também descreve que os efeitos colaterais muito comuns de Prolia são artralgia (dor articular; em homens com câncer de próstata sob terapia de privação androgênica) e dor nas costas.
6. Fortéo (Teriparatida)
Trata-se de um medicamento que estimula o crescimento de osso novo, informou a Mayo Clinic. Segundo a organização, depois de dois anos de tratamento com Teriparatida, outro remédio para osteoporose é dado para manter o crescimento de osso novo.
Entretanto, segundo a bula do remédio, disponibilizada pela Anvisa, ele não pode ser usado por mulheres que estejam grávidas ou no período do aleitamento, em pessoas que já tiveram diagnóstico de câncer de osso ou outros cânceres que espalharam para o osso (metástases), pacientes previamente submetidos a radioterapia externa ou por implante envolvendo os ossos, pacientes com doenças ósseas, com valores inexplicavelmente altos de fosfatase alcalina no sangue, crianças ou adultos jovens em crescimento; pacientes com alta concentração de cálcio no sangue (hipercalcemia) e pessoas com dificuldade de auto aplicação da injeção e que não tenham ninguém que possa ajudá-los.
Os efeitos colaterais comuns de Fortéo incluem: câimbras (contração involuntária do músculo), náusea e hiperuricemia (aumentos nas concentrações de ácido úrico no sangue), alerta a bula.
Foi muito bom essas informações obrigada,
Iniciando tratamento com Prolia para a osteoporose. Preocupada com os efeitos colaterais.
Farei acompanhamento com a ortopefista que indicou.