Cicatrizes na pele podem surgir em várias texturas, cores e tamanhos, dependendo do tipo de lesão. Muitas delas desaparecem sozinhas ou se tornam muito pouco perceptíveis com o passar do tempo. Porém, algumas pessoas podem ter cicatrizes que em vez de diminuir, aumentam ao longo do tempo e se estendem muita além das feridas que deram origem a elas. Esse tipo de cicatriz é o queloide.
Os queloides se desenvolvem na pele a partir de uma cicatriz e às vezes até sem motivo aparente e tendem a aumentar de tamanho, principalmente se não forem tratados. Infelizmente, não basta remover o queloide cirurgicamente para resolver o problema, pois pode ser formada uma cicatriz maior ainda do que a anterior no local.
Além de conhecer melhor cada tipo de queloide, vamos indicar o melhor tratamento para que você cuide da sua pele da forma mais adequada e aprenda a lidar melhor com esse problema.
Queloide – O que é?
O queloide é uma cicatriz anormal que se desenvolve na pele e que atinge cerca de 10% da população, de acordo com estimativas da American Osteopathic College of Dermatology. Trata-se de uma cicatriz rígida que fica acima do nível normal da pele e que geralmente apresenta formato irregular. Os queloides podem ter coloração rosa, vermelha e até mesmo roxa. Podem ser observados também coceira e inchaço no local.
De acordo com publicação de 2013 do periódico Journal of Family Practice, os queloides preferem surgir em locais como orelhas, pescoço, mandíbula, clavícula e ombros. Apesar dessa “preferência”, eles podem se desenvolver também no abdômen, nas costas, nas mãos e no rosto como no queixo e no nariz.
O tamanho do queloide varia de pessoa para pessoa e pode apresentar tamanhos entre 2 até 30 centímetros.
Como o queloide é formado?
Quando a pele sofre uma lesão, um tecido fibroso (fibroblastos) responsável pela síntese de colágeno que é chamado de tecido cicatricial é formado sobre a ferida. Esse tecido serve para proteger a pele lesionada e reparar a lesão. No processo de cicatrização, o colágeno se concentra ao redor da ferida para ajudar na vedação do local e promover uma cicatrização eficaz e rápida. No entanto, em alguns casos os fibroblastos produzem muito mais colágeno do que é necessário para uma cicatrização normal, fazendo com que esse tecido cicatricial cresça demais e gere o que conhecemos como queloide.
Diferente de uma cicatriz normal, os queloides podem ser muito maiores do que a ferida original e se espalhar pelo corpo, e embora eles não sejam prejudiciais à saúde, a presença de queloides pode causar um desconforto estético especialmente quando surgem no rosto.
Apenas em alguns casos em que os queloides ficam em contato com as roupas ou surgem próximos de uma articulação como na região dos joelhos ou dos tornozelos, eles podem causar um pouco de irritação e coceira na pele ou um certo desconforto ou limitação no movimento. Mas, ainda assim, eles não fazem mal para à saúde.
Principais sinais de um queloide
Além de aumentarem de tamanho ao longo do tempo, os queloides costumam apresentar uma ou mais das seguintes características:
- Brilho;
- Dureza;
- Textura diferente da pele ao redor;
- Crescimento lento ao longo de semanas ou meses;
- Vermelhidão ou roxeado no início antes de se tornar marrom ou pálido;
- Inchaço acima do nível da pele ao redor.
Embora na maioria das vezes não cause nenhum tipo de dor, um queloide pode causar:
- Coceira;
- Ardência;
- Irritação na pele;
- Sensibilidade ao toque;
- Dor;
- Dificuldade de movimentar membros próximos as articulações.
Uma coisa importante para ressaltar é que os queloides são lesões benignas e não contagiosas ,e apesar de serem incômodos, não fazem nenhum tipo de mal para a saúde.
Tipos de queloide
Em teoria, todos os queloides são iguais. O que pode acontecer é uma certa confusão sobre outros tipos de cicatrizes com características parecidas, mas que não são queloides.
A diferença entre uma cicatriz comum e um queloide é que o queloide tende a aumentar de tamanho gradualmente e a se espalhar pelo corpo. Ao contrário de algumas cicatrizes que vão desaparecendo ou se tornando menos nítidas ao longo do tempo, o queloide permanece na pele e não regride de tamanho, a menos que seja feita uma intervenção por meio de um tratamento específico.
Algumas lesões na pele que podem ser confundidas com um queloide são a cicatriz hipertrófica, a contratura e o dermatofibroma.
A cicatriz hipertrófica é uma cicatriz que fica avermelhada e que geralmente regride de forma espontânea após mais ou menos um ano mesmo sem tratamento estético.
A contratura é um tipo de cicatriz que costuma aparecer na pele quando alguém sofre uma queimadura grave, por exemplo.
Já um dermatofibroma é uma protuberância bem pequena na pele que, assim como o queloide, é pigmentada e muito rígida. Ela aparece com mais frequência nas pernas, mas diferente do queloide, não aumenta de tamanho.
Assim, o grande diferencial de um queloide é aumentar de tamanho e “invadir” áreas da pele que são saudáveis. A velocidade de crescimento não precisa ser rápida. Às vezes a lesão permanece na pele e cresce apenas cerca de 6 meses após o surgimento da cicatriz.
Em casos raros, o queloide também surge sem razão aparente sem a pessoa machucar a pele. São os tipos chamados de queloides espontâneos. Um estudo de revisão publicado em 2015 na revista científica Journal of Medical Investigations and Practice atesta que alguns queloides aparecem mesmo sem uma lesão na pele ou surgem anos após a pele ter sido lesionada.
Formas e tamanhos
O tamanho e a forma dos queloides também variam muito de acordo com a região. Quando ocorrem na orelha ou no nariz, por exemplo, o mais comum é o aparecimento de uma massa sólida e redonda. Nos ombros, nas costas ou no peito, a cicatriz tende a se espalhar pela pele sem adotar forma definida.
Podem ser rosas ou avermelhados ou mais escuros, regulares ou irregulares, lisos ou rugosos. Em geral, o queloide escurece quanto mais tempo for exposto ao sol.
Queloides, piercings e tatuagens
Algumas pessoas desenvolvem queloides após colocar um piercing ou fazer uma tatuagem. Nesses casos, o ideal é que a pessoa evite realizar tais procedimentos novamente.
Uma pesquisa publicada no periódico Australasian Journal of Dermatology em 2015 mostrou que o uso de brincos de metal causa mais queloides do que brincos feitos de outros materiais. Assim, os pesquisadores sugerem que as pessoas usem brincos em que ao menos a parte de trás que tem contato direto com o lóbulo da orelha não seja composta de metal para prevenir os queloides. Outra opção é usar brincos de pressão.
Outro estudo publicado na AAP News & Journals constatou que queloides são mais comuns em crianças que furaram as orelhas após os 11 anos de idade. Crianças que furam as orelhas antes dessa idade têm uma menor incidência de queloides na orelha. Os especialistas indicam que os pais furem as orelhas das crianças antes dessa idade e que evitem a prática se houver histórico de queloide na família.
Como as causas do queloide não são bem conhecidas, é impossível prever se ao colocar o primeiro piercing ou fazer a primeira tatuagem aparecerá um queloide na pele. A recomendação é evitar se houver um histórico familiar do problema.
Possíveis causas e fatores de risco
Os cientistas não sabem exatamente o porquê de algumas pessoas desenvolverem queloides. Existem casos em que eles surgem logo após uma lesão cutânea e outros em que aparecem anos depois de uma lesão ou sem motivo. O que se sabe é que pessoas que já tiveram um queloide alguma vez têm uma maior chance de desenvolver um novo queloide.
Os pesquisadores acreditam que alterações nos sinais celulares que participam dos processos de inflamação podem ter relação com a formação dos queloides, o que seria para eles uma cicatrização “defeituosa”.
Além de lesões não intencionais como queimaduras ou quedas, os queloides também podem surgir após:
- O aparecimento de acnes;
- Uma catapora ou varicela;
- Picadas de inseto;
- Cortes na pele;
- Alguns tipos de cirurgia;
- Ser vacinado;
- Colocar um piercing ou brinco;
- Fazer uma tatuagem.
Colocar piercings no rosto e nas orelhas, por exemplo, é uma das principais causas de queloide na orelha e queloide no nariz.
Há também teorias sobre a ocorrência de queloide devido a:
- Uma deficiência ou a um excesso do hormônio melanocítico no organismo;
- Quantidades reduzidas de colágeno maduro e maiores de colágeno solúvel;
- Bloqueio dos vasos sanguíneos muito pequenos resultando em falta de oxigenação.
Fatores de risco
Foi observado que pessoas com tons de pele mais escuros ou de ascendência asiática têm maior predisposição a desenvolver queloides.
Eles podem ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, mas são menos comuns em idosos e crianças. Em alguns casos, é observada uma tendência de pessoas da mesma família desenvolverem queloides, o que indica uma relação com a genética que ainda não foi bem estabelecida nos estudos científicos.
Assim, os principais fatores de risco associados à formação de queloides são:
- Estar grávida;
- Ter menos de 30 anos de idade;
- Apresentar um histórico familiar de queloide;
- Ser de ascendência asiática ou latina;
- Ser afrodescendente.
Além disso, um crescimento extremamente descontrolado pode ser sinal de câncer de pele. Nesses casos, o médico deve fazer uma biópsia do tecido para descartar a presença da doença.
Tratamento
O tratamento pode auxiliar na redução de sintomas como coceira e dor e pode ajudar na recuperação de algum movimento que foi prejudicado pelo desenvolvimento do queloide. Por não se tratar de um problema que realmente afeta a saúde, o tratamento para queloide consiste em tratamentos estéticos ou intervenções cirúrgicas.
Existem basicamente 3 opções de tratamento para o tratamento de queloides, que incluem:
1. Intervenções não cirúrgicas
As intervenções não cirúrgicas consistem em aplicações de pomadas e outras técnicas não invasivas no tratamento do queloide. A terapia com interferon, um medicamento que atua no sistema imunológico, tem sido eficaz na redução do queloide, mas pode causar efeitos adversos como sintomas de gripe, náuseas, vômitos, depressão e toxicidade.
Métodos de compressão prolongada do tecido cicatricial também podem amolecer e romper os queloides, mas a eficácia desse método depende da localização do queloide. Outras intervenções não cirúrgicas incluem o uso de vitaminas, anti-histamínicos e ácidos retinoicos.
2. Tratamentos combinados
Outra opção são os tratamentos combinados que usam duas ou mais técnicas. É o caso da remoção cirúrgica combinada com injeções de esteroides ou com radioterapia. Ambas interferem na produção de colágeno e reduzem os queloides, além de prevenir a sua reincidência.
3. Remoção cirúrgica
A cirurgia é a forma mais eficaz de se livrar de um queloide. No entanto, o método não é garantia de resultado permanente, já que a taxa de recorrência do queloide é de aproximadamente 50%. Isso acontece porque na cirurgia, uma nova cicatriz é formada e o corpo pode responder produzindo colágeno demais para reparar a lesão, causando um novo queloide no mesmo lugar, que pode ser ainda pior que o primeiro.
Como já dito, alguns médicos cirurgiões conseguem melhores resultados na cirurgia através de um tratamento combinado que envolve o uso de esteroides injetáveis ou de compressas de pressão no local da ferida ou algumas sessões de radioterapia. Vários estudos na literatura científica mostram que a radioterapia é eficaz no tratamento dos queloides, mas embora essas combinações de técnicas com a cirurgia possam trazer melhores resultados, é importante atentar para os efeitos colaterais da radiação e dos esteroides que podem ser graves.
Alguns tratamentos com laser também estão sendo testados, mas os resultados ainda não são 100% confiáveis e várias sessões podem ser necessárias. Soma-se a essa incerteza o fato de o tratamento não ser dos mais baratos.
Qual é o melhor tratamento para queloide?
Não existe até o momento um tratamento considerado o melhor entre todos. Os dermatologistas devem considerar caso a caso para determinar o melhor tratamento.
Um estudo de 2013 publicado no Journal of Family Practice indica que as injeções de corticosteroides têm sido eficazes para muitos pacientes, mas que ainda assim outras opções podem ser melhores dependendo do caso. Há injeções de cortisona, por exemplo, que podem ser utilizadas para tratar as inflamações em locais específicos ou que podem ser aplicadas para tratar inflamações generalizadas, indicadas em casos em que o queloide já se espalhou por várias regiões do corpo.
Como qualquer outro tipo de cicatriz, os queloides são um desafio clínico contínuo. Embora as injeções de esteroides sejam uma das abordagens mais simples e seguras, é importante que o paciente entenda que o queloide dificilmente irá desaparecer por completo e que é possível que ele cresça novamente.
Apesar das dificuldades, um acompanhamento dermatológico e cuidados diários como uso de filtro solar podem reduzir os sintomas e melhorar a aparência do queloide. A remoção cirúrgica deve sempre ser considerada com muita cautela devido ao risco relacionado com qualquer tipo de procedimento invasivo e devido as grandes chances de o queloide surgir novamente.
Cremes e outros tratamentos
Não há nenhuma maneira comprovada realmente eficaz de remover os queloides. Porém, é possível tomar algumas medidas para melhorar o aspecto da lesão e prevenir o surgimento de novos queloides. Algumas delas incluem:
1. Folhas de silicone ou gel
O silicone é muito utilizado em remédios para cicatrizes e pode ser útil também para reduzir cicatrizes elevadas na pele como o queloide. As grandes vantagens de aplicar folhas de silicone ou gel sobre as cicatrizes é que elas praticamente não apresentam efeitos colaterais e são muito fáceis de usar.
Segundo estudos de revisões publicados nos periódicos Aesthetic Plastic Surgery e Journal of Aesthetic and Cutaneous Surgery, a utilização de silicone ou gel auxilia na redução de cicatrizes existentes e também na prevenção de novas cicatrizes.
Essas folhas permitem a passagem do ar e ajudam a manter o local úmido, melhorando o processo de cicatrização. Além disso, elas atuam diminuindo a dor e a coceira e evitando a formação de novos queloides.
É recomendado que essas folhas sejam aplicadas no local e só retiradas após 10 ou 14 dias de uso, podendo higienizar a região normalmente até a troca por uma folha nova.
Não é totalmente comprovado que elas funcionam para todos os queloides, mas não custa tentar, já que elas não causam efeitos adversos.
2. Cremes contendo lanolina, vaselina, tretinoína ou imiquimode
É possível usar um creme ou uma pomada para queloide contendo componentes como a lanolina ou a vaselina. De acordo com uma revisão publicada na revista científica International Journal of Cosmetic Science, produtos que contêm esses ingredientes ajudam a melhorar a aparência da cicatriz.
Já segundo estudo de 2010 publicado no Journal of Clinical and Aesthetic Dermatology, os cremes ou pomadas contendo tretinoína em suas composições podem reduzir o tamanho e amenizar a aparência dos queloides. A tretinoína também é um ingrediente muito procurado por pessoas com acne grave e que querem combater os sinais de envelhecimento.
Cremes de imiquimode são usados para o tratamento de lesões na pele, incluindo verrugas e cânceres superficiais na pele. Ele é especialmente útil para prevenir o retorno de um queloide após o tratamento ou remoção cirúrgica. Uma revisão publicada no Journal of Oral and Macillofacial Surgery mostrou que o creme é capaz de reduzir a reincidência dos queloides.
3. Injeções de corticosteroides
Apesar de doerem um pouco, as injeções de corticosteroides são seguras e ajudam a reduzir o tamanho dos queloides e até mesmo eliminá-los. Tais injeções costumam ser aplicadas a cada 4 ou 8 semanas, de acordo orientações médicas.
Cerca de 70% dos queloides tendem a se achatar após 4 injeções de corticosteroides. Quando não há nenhuma melhora após essas 4 sessões iniciais, o médico sugere outro tratamento ou a remoção cirúrgica.
Mesmo sendo um dos melhores tratamentos para queloide, nem sempre ele é totalmente removido, e mesmo quando é, acaba ficando uma marca na pele. A região pode ficar avermelhada devido ao estímulo à formação de vasos sanguíneos superficiais, que ajudam na cicatrização, e a pele dificilmente fica exatamente igual à pele ao redor.
Ainda assim, vários estudos, como o publicado no Journal of Medical Investigations and Practice, indicam que os esteroides injetáveis são uma ótima maneira para diminuir o tamanho e melhorar a aparência dos queloides. Já o periódico American Family Physician sugere que o tratamento é mais eficaz contra queloides recentes e quando combinado com outras técnicas como a remoção cirúrgica e a crioterapia.
4. Crioterapia
A crioterapia é um método em que se usa nitrogênio líquido para temporariamente congelar o queloide. A técnica consiste em pulverizar nitrogênio líquido no queloide por 10 a 30 segundos até 3 vezes seguidas. O congelamento dos tecidos faz com que o queloide diminua após algumas sessões, que podem ser feitas uma vez ao mês.
Estudo publicado no Journal of Cutaneous and Aesthetic Surgery mostra que a crioterapia pode reduzir o tamanho dos queloides em até 50% e que o método é mais eficaz em queloides pequenos que surgiram a menos de 3 anos.
As desvantagens dessa técnica é que algumas pessoas que têm baixa tolerância ao frio podem sentir dores intensas durante a terapia e a pele da região do queloide pode ficar mais escura ou mais clara após o tratamento, principalmente se a pele do paciente for mais escura.
5. Interferon
Trata-se de uma proteína produzida pelo sistema imune que ajuda a combater a ação de vírus, bactérias e outros micro-organismos nocivos à nossa saúde. De acordo com estudos recentes, injeções de interferon podem ajudar a diminuir o tamanho dos queloides.
Porém, por ser um método recente, ainda não se sabe se os efeitos são duradouros e nem o mecanismo por trás disso.
6. Fluorouracil e bleomicina
Algumas pessoas optam por usar injeções de substâncias como o fluorouracil e a bleomicina, que são agentes quimioterápicos. As injeções devem ser aplicadas diretamente sobre os queloides para bloquear a replicação dos fibroblastos e, consequentemente, inibindo a progressão do queloide.
No entanto, é um tratamento arriscado por se tratar de compostos quimioterápicos que podem causar diversos efeitos colaterais como o surgimento de úlceras no local. Além disso, cerca de 50% das pessoas apresentam reincidência dos queloides após o fim do tratamento.
Como prevenir
Não é possível prever a formação de um queloide a menos que você já tenha tido um. O ideal é evitar cirurgias desnecessárias principalmente nas regiões mais propensas à formação de queloides e evitar realizar cortes ou fazer qualquer tipo de procedimento que “machuque” a pele como tatuagens e piercings, especialmente se você ou alguém da sua família já teve um queloide.
Recomendações gerais
Em alguns casos, os queloides melhoram sem tratamento ao longo do tempo. Porém, na maioria dos casos o médico deve recomendar algum tratamento com injeções de esteroides, folhas de silicone ou compressas que devem ser aplicadas com uma frequência determinada por ele.
Quando o queloide é muito grande ou está sobre a pele há mais de 3 anos, pode ser feita a remoção cirúrgica com ou sem o uso de terapias combinadas, mas não há garantia de que o queloide não irá se desenvolver novamente.
Para reduzir o risco de queloides após colocar brincos ou piercings, é indicado usar um brinco especial de pressão para comprimir o lóbulo da orelha, por exemplo, logo após a perfuração para evitar o desenvolvimento de um queloide no local.
Apesar de os queloides não representarem um risco para a saúde, eles podem causar danos emocionais dependendo do local afetado. Se o queloide surgir em uma área como o rosto, por exemplo, e o paciente ficar muito incomodado com o problema, a remoção cirúrgica deve ser considerada uma opção.
É preciso ter ciência de que os tratamentos disponíveis não funcionam da mesma forma para todos. Os resultados vão depender muito do tipo, do tamanho e do tempo de existência do queloide. Assim, é necessário ter paciência e seguir as orientações médicas para que o tratamento seja o mais efetivo possível.