As petéquias são pequenas manchas avermelhadas, que normalmente aparecem agrupadas na pele. O surgimento desses pequenos pontos ou manchas vermelhas se dá por algum sangramento que ocorre nos capilares sanguíneos sob a pele ou nas mucosas.
As petéquias podem aparecer em qualquer parte do corpo, sendo mais frequentes nas pernas, nos braços e na barriga. As causas mais comuns são traumas físicos, inflamações nos vasos sanguíneos, infecções, alergias, doenças autoimunes e efeitos colaterais de medicamentos.
Caso você note o aparecimento de petéquias pelo seu corpo, procure um/uma clínico geral para uma avaliação. Dependendo da causa do problema, você pode receber um encaminhamento para um/uma especialista.
Veja quais são as principais características das petéquias, as possíveis causas de seu aparecimento e como são feitos os tratamentos.
Características das petéquias
Você sabe que está com petéquias na pele, quando observa o aparecimento de pequenos pontos vermelhos embaixo da pele, que medem em torno de 1 a 2 mm. Normalmente, esses pontos ficam próximos uns dos outros, formando um aglomerado.
Os locais onde as petéquias são mais comumente observadas são as pernas, os braços e a barriga. Mas também podem aparecer nos olhos (pálpebra), na boca e nos glúteos.
Dependendo da causa das petéquias, é possível surgirem outros sintomas além dos pontos avermelhados na pele:
- Febre
- Dor de cabeça
- Dor muscular
- Náuseas
- Sangramentos
As petéquias se diferenciam de outras manchas avermelhadas na pele por não ficarem mais claras e nem sumirem, quando se aplica uma pressão sobre elas.
Ao avaliar os sintomas apresentados, o médico ou a médica é capaz de levantar hipóteses acerca da possível causa das petéquias e, assim, solicitar exames para confirmá-las.
Possíveis causas das petéquias
Várias doenças, infecções e outros tipos de problemas de saúde podem levar ao aparecimento de petéquias pelo corpo, os principais são:
- Infecções virais: diversas infecções causadas por vírus têm como característica a formação de petéquias no corpo, como a dengue, a febre amarela, H1N1, mononucleose (doença do beijo), assim como as infecções causadas pelo citomegalovírus e hantavírus.
- Infecções bacterianas: febre maculosa, sífilis, escarlatina, tifo, endocardite e faringite.
- Vasculite: este termo significa “inflamação de vasos sanguíneos”. Numa resposta inflamatória, há a invasão de células do sistema imunológico, o que pode causar estenose (estreitamento), oclusão (bloqueio), aneurisma (dilatação anormal) e hemorragias no vaso sanguíneo afetado.
- Trombocitopenia: redução do número de plaquetas no sangue, o que prejudica a coagulação e aumenta os riscos de hemorragia.
- Leucemia: um tipo de câncer que afeta os glóbulos brancos, com acúmulo de células imaturas (blastos) na medula óssea.
- Reações alérgicas e sepse
- Doenças autoimunes, como a púrpura trombocitopênica idiopática. Nesta doença, há uma deficiência na produção de plaquetas, o que deixa o organismo mais propenso a sangramentos, que podem se manifestar com petéquias sob a pele e nas mucosas.
- Anemia aplástica: é uma doença caracterizada pela diminuição da produção das células sanguíneas, que pode incluir todas as linhagens (glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas), ou apenas um ou dois tipos. A redução na contagem de plaquetas é a principal responsável pelas petéquias.
- Escorbuto: doença provocada pela falta de vitamina C.
- Reação adversa de alguns medicamentos: diversas classes de medicamentos podem produzir petéquias como uma de suas reações adversas, dentre elas estão os antibióticos, os antidepressivos e sedativos, os anticoagulantes, os anticonvulsivantes e anti-inflamatórios.
- Trauma físico: qualquer lesão na pele causada por pancada, mordida, picada ou fricção pode causar petéquias na pele. Episódios de tosse severa, vômito e de choro prolongado podem provocar petéquias no rosto.
Tratamentos das petéquias
Na verdade, os tratamentos não são direcionados para as petéquias, mas para a doença, infecção ou problema que causou o seu aparecimento na pele ou na mucosa.
Por exemplo, se as petéquias tiverem sido causadas por algum medicamento, elas irão desaparecer somente quando a pessoa suspender o uso de tal remédio. Caso o medicamento seja de uso contínuo, deve-se comunicar ao médico ou médica que o prescreveu, para que ele seja substituído por outro que produza o mesmo efeito terapêutico, sem causar as petéquias.
Se a causa das petéquias for uma infecção bacteriana, então o tratamento é direcionado ao combate da bactéria causadora da infecção com o antibiótico apropriado, e ao alívio dos sintomas, com analgésicos e anti-inflamatórios.
Caso as petéquias tenham sido causadas por uma infecção viral, então o tratamento requer repouso, aumento da ingestão de água e analgésicos para a dor.
Já as petéquias causadas por doenças autoimunes e processos inflamatórios requerem tratamento específico para tais condições, que pode incluir os mais variados tipos de imunossupressores, imunomoduladores e corticoides.
Nos casos em que as petéquias tenham sido causadas por traumas físicos, você pode experimentar colocar uma compressa fria no local, por 15 a 20 minutos, pois o frio ajuda a diminuir a inflamação. Somente tenha o cuidado de enrolar o gelo em um pano antes de colocá-lo na pele, caso contrário você pode sofrer queimaduras.
Fontes e referências adicionais
- Trombocitopenia induzida por heparina: do diagnóstico ao tratamento, Revista de Medicina, 2018; 97(2): 160-164.
- Manifestações orais da leucemia no momento do diagnóstico, Revista Brasileira de Cancerologia, 2018; 64(2): 227-235.
- Púrpura trombocitopênica idiopática: uma doença subdiagnosticada, Revista Sustinere, 2021; 9(1): 50-64.
- Transplante de medula óssea em anemias aplásticas, Medicina (Ribeirão Preto), 2000; 33(3): 219-231.
Fontes e referências adicionais
- Trombocitopenia induzida por heparina: do diagnóstico ao tratamento, Revista de Medicina, 2018; 97(2): 160-164.
- Manifestações orais da leucemia no momento do diagnóstico, Revista Brasileira de Cancerologia, 2018; 64(2): 227-235.
- Púrpura trombocitopênica idiopática: uma doença subdiagnosticada, Revista Sustinere, 2021; 9(1): 50-64.
- Transplante de medula óssea em anemias aplásticas, Medicina (Ribeirão Preto), 2000; 33(3): 219-231.