Um homem chamado Henrique da Silva Chagas, 27 anos, morreu nesta última segunda-feira (3), após ser submetido ao procedimento estético peeling de fenol. O método é considerado invasivo.
Como o nome já diz, a técnica utiliza o fenol, um produto mais agressivo, provocando uma profunda escamação no rosto. Ele é usado para o rejuvenescimento das células da pele.
O paciente foi submetido a uma limpeza de pele e, logo após, à aplicação de anestésico para realizar o procedimento mais invasivo. A equipe do Instituto Médico Legal (IML) realizou um exame anatomopatológico para descobrir a quantidade de material tóxico utilizado na aplicação.
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“Resta definir qual o tipo de homicídio. Se é um homicídio culposo, que ocorreu por imperícia do profissional, que não é habilitado para fazê-lo ou até mesmo um provável homicídio doloso, quando o agente, muito embora não queira o resultado morte, acaba assumindo o risco de produzi-lo”, explicou o delegado responsável pelo caso à TV Globo
O procedimento foi realizado na clínica da esteticista e influencer Natalia Fabiana de Freitas Antonio, que se identifica nas redes sociais como Natalia Becker. A principal suspeita é de que Henrique tenha tido algum tipo de reação alérgica ao tratamento e morrido por choque anafilático.
Segundo o companheiro do paciente, Marcelo Camargo, que o acompanhou, a esteticista não pediu nenhum exame médico anterior para saber se a vítima era alérgica a algum medicamento.
Ao Bom Dia São Paulo, jornal da TV Globo, a médica Elisette Crocco, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, explicou: “É um procedimento que demanda, sim, que o paciente precisa fazer exames prévios laboratoriais, de sangue, exames de eletrocardiograma”.
Riscos do peeling de fenol
O tratamento não é indicado para todas as pessoas, tendo alguns riscos graves. O método, aliás, só pode ser feito em hospitais, justamente por apresentar esses perigos.
Os resultados são promissores, no entanto, o processo em si é bastante dolorido, já que nada mais é do que uma queimadura prolongada, na qual se remove toda a epiderme e parte da derme.
A pessoa passa de dois a três meses com o rosto vermelho e existem riscos altos do procedimento deixar cicatrizes e manchas. Podem ocorrer ainda alterações permanentes na cor da pele.
Assim que a aplicação é feita, o paciente deve ficar um mês sem sair de casa e uma semana sem nem abrir os olhos. Além disso, se todo o preparo durante e pós-tratamento não for seguido corretamente, ou se não houver a utilização de equipamentos adequados e uma boa equipe de profissionais, existe o risco alto de infecção por vírus, bactérias e fungos.
O procedimento é contraindicado para pessoas que têm problemas nos rins e fígado, devido ao alto grau de toxicidade para esses órgãos. Pessoas com problemas cardíacos e com peles mais escuras ou alta taxa de melanina também devem evitar o método.
A cicatrização para quem decide realizar o peeling de fenol pode levar até um ano e meio. É necessário ter acompanhamento diário no primeiro mês. Um apoio psicológico também é importante, devido às mudanças físicas bastante notáveis, com a pele queimando e necrosando.
Recomenda-se o uso de protetor solar todos os dias, mesmo em ambientes fechados, com retoques sempre que necessário. É necessário evitar a exposição ao sol direto no primeiro mês pós-aplicação.
Por isso, os especialistas acreditam que o melhor período para a realização do método seja no inverno. O frio também evita a dilatação dos vasos, fazendo com que o rosto fique menos inchado no período de recuperação.
Você já conhecia o peeling de fenol? O que achou do caso? Comente abaixo!
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