Atualmente, a ideia de que o ovo é um vilão para a saúde já caiu, mas sabemos que tudo depende do preparo. Veja a seguir se ovo frito faz mal ou se podemos consumir sem problemas.
Há algum tempo, o ovo passou a ser visto como algo que pode fazer bem ao organismo, desde que consumido sem exageros e dentro dos padrões de segurança alimentar, respeitando as eventuais restrições de saúde de cada pessoa.
Por exemplo, você sabia que o ovo é considerado uma fonte de proteína completa e de alta qualidade por possuir os oito aminoácidos essenciais que o corpo não pode sintetizar e precisa obter por meio da dieta?
Aproveite para conferir todos os benefícios do ovo e suas propriedades e veja quais são as calorias do ovo em suas diferentes formas de preparo.
O alimento ainda fornece outros nutrientes importantes para o organismo como vitamina A, vitamina B2, vitamina B6, vitamina B12, vitamina D, vitamina E, vitamina K, selênio, zinco, ferro e cobre.
Mas será mesmo que podemos comer o ovo de qualquer forma?
Para quem luta contra a balança e precisa emagrecer ou para aqueles que simplesmente não querem adicionar calorias desnecessárias à dieta para manter o peso ideal, vale a pena saber que um ovo frito apresenta mais calorias do que um ovo cozido.
Enquanto um ovo frito carrega, em média, 107 calorias, o ovo cozido costuma possuir 75 calorias.
Além disso, fritar os ovos pode aumentar a sua quantidade de gorduras em aproximadamente 50%.
Os ovos podem ser consumidos como parte de uma dieta saudável, no entanto, o ideal é preparar o alimento cozido, escalfado ou mexido, sem acrescentar sal, manteiga ou creme.
Os ovos fritos ou mexidos (dependendo do óleo usado) são as maneiras menos recomendadas de consumir o alimento. Fritar os ovos ou fazê-los mexidos em óleo e manteiga adiciona gordura e, possivelmente, gorduras saturadas à dieta.
Se você quiser fritar ou fazer ovos mexidos, use uma pequena quantidade de óleo saudável para o coração como o azeite de oliva, que é rico em gorduras monoinsaturadas, que ajudam a melhorar o colesterol.
Outro ponto que pende para o lado da ideia de que o ovo frito faz mal é o efeito que a preparação pode ter em relação aos níveis de triglicerídeos.
Os ovos fritos devem ser evitados nas refeições de quem tem triglicerídeos elevados. Se você sofre com triglicerídeos elevados, diminua a utilização de óleo (ingrediente usado para fritar) e não use margarina ou manteiga na preparação de alimentos.
Além disso, uma publicação, revisada pelo médico cardiologista aposentado Richard Fogoros, explicou que as gorduras saturadas e as gorduras trans que podem ser encontradas em frituras e na margarina (ingrediente que também pode ser utilizado para fazer ovo frito) fazem parte do grupo de itens que podem provocar a elevação dos triglicerídeos.
Mesmo os óleos vegetais, ao serem usados na preparação do ovo frito, não são aliados na luta contra as taxas elevadas de triglicérides. Isso porque, ao serem submetidos a muito calor, o que acontece na hora de fritar o ovo, esses óleos são transformados em gorduras trans, que como vimos aacima, podem aumentar os triglicerídeos.
Os riscos de doença no coração podem estar mais associados aos alimentos que costumam acompanhar os ovos.
Isso inclui o sódio encontrado no bacon, na salsicha e no presunto e também refere-se à gordura saturada ou aos óleos com gorduras trans que são utilizados para fritar os ovos.
Vimos longo de todo o artigo que ingredientes utilizados para fritar o ovo podem adicionar gorduras saturadas e gorduras trans ao alimento, dando assim base para a afirmação que ovo frito faz mal. Então, que tal conhecermos melhor essas gorduras e o que elas podem causar no nosso organismo?
Segundo a Escola Médica da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma dieta rica em gorduras saturadas pode aumentar os níveis totais de colesterol e subir as taxas do colesterol ruim, também conhecido como LDL. A instituição também explicou que essa elevação do colesterol ruim incita a formação de obstruções (bloqueios) nas artérias do coração e de outras regiões do corpo.
A Associação Americana do Coração recomenda limitar a ingestão de gorduras saturadas e afirma que décadas de ciência sólida mostraram que essas gorduras podem elevar o colesterol ruim e aumentar o risco de desenvolver doença cardíaca.
No entanto, a Escola Médica da universidade americana destacou que uma pesquisa que analisou 21 estudos concluiu que não existem evidências suficientes para determinar que as gorduras saturadas aumentem o risco de doença no coração, porém, identificou que substituí-las pelas gorduras poli-insaturadas pode diminuir os riscos de doença cardíaca.
Dois estudos importantes concluíram que trocar as gorduras saturadas pelas poli-insaturadas e fontes de carboidratos ricas em fibras é a melhor aposta para diminuir os riscos de doença no coração, porém, substituir as gorduras saturadas por carboidratos altamente processados pode provocar o efeito contrário, completou a Escola Médica de Harvard.
Por sua vez, as gorduras trans foram apresentadas pela instituição como o pior tipo de gordura alimentar, que não possui nenhum tipo de benefício conhecido para a saúde.
O consumo de alimentos ricos em gorduras trans aumenta a quantidade do colesterol ruim (LDL) na corrente sanguínea e diminui o teor do colesterol bom (HDL), alertou a Escola Médica de Harvard.
De acordo com a instituição, as gorduras trans também criam inflamação, que está associada a doença cardíaca, acidente vascular cerebral (AVC), diabetes e outros problemas crônicos.
Essas péssimas gorduras também contribuem com a resistência à insulina, outro fator que aumenta o risco de desenvolvimento da diabetes do tipo 2, completou a Escola Médica de Harvard, que ressaltou ainda que mesmo baixas quantidades de gorduras trans podem fazer mal: para cada 2% de calorias vindas de gorduras trans ingeridas diariamente, o risco de ter doença cardíaca cresce em 23%.
É verdade! Veja como fazer o ovo “frito” apenas com a água, sem utilizar outros ingredientes: basta colocar uma quantidade correspondente à metade de um dedo de água na frigideira e, quando ela começar a ferver, quebrar o ovo e “fritar” do jeito normal.
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