O óleo de coco está cada vez mais em voga. Ele rapidamente foi colocado como um superalimento, capaz até de ajudar a emagrecer. Será que ele só traz coisas boas ou na verdade o óleo de coco faz mal?
O aumento dos índices de excesso de peso e obesidade é visível em todas as camadas da população e em muitos países ao redor do mundo. O crescimento destes índices está bastante relacionado ao consumo alimentar inadequado e ao sedentarismo, que aumentam em função dos hábitos modernos na sociedade.
Percebendo este quadro, muitas empresas buscam desenvolver e lançar novos produtos todos os anos com a promessa de que estes podem auxiliar no processo de emagrecimento e no controle da obesidade. A oferta de opções para quem precisa perder peso só aumenta e muitos destes produtos também oferecem benefícios para melhorar a saúde física e mental.
Esta busca frenética por uma solução milagrosa para emagrecer leva muitos consumidores a buscarem alternativas de alimentos, dietas e suplementos que possam ajudar na redução da gordura localizada e do peso corporal de forma mais rápida e efetiva.
O óleo de coco vem se destacando bastante no mercado de perda de peso e está na lista dos produtos mais citados quando o assunto é emagrecimento, ganhando grande destaque em revistas, programas de televisão e em sites sobre boa forma e saúde. Muitas pesquisas alegam que o óleo de coco possui diversas propriedades, entre elas ação antibacteriana, antiviral e antifúngica, prevenindo muitas doenças.
Além disso, algumas pesquisas mostraram que o óleo de coco também possui efeito termogênico, atuando na redução da gordura localizada, sendo um dos principais benefícios deste produto em relação ao controle de peso e à redução de medidas corporais, principalmente na região do abdômen.
No entanto, por também ser rico em gorduras, quando consumido em excesso, o óleo de coco faz mal. Portanto, é necessário se ter cautela em relação aos novos produtos lançados pelo mercado de emagrecimento, já que muitos deles não foram completamente pesquisados e avaliados em relação aos benefícios de saúde para os quais são tão famosos.
Por este motivo, muitas pessoas questionam se o óleo de coco faz mal para a saúde mesmo e se todos os benefícios relacionados a este produto são reais. É importante, portanto, que se entenda quais são os fatos em torno deste produto para que haja um consumo consciente do mesmo.
O coqueiro é uma árvore da família das palmeiras e é chamada de Cocos nucifera. Esta planta pode crescer até 30 m de altura e alguns cientistas acreditam que sua origem seja na região do Sudeste Asiático ou que também seja no nordeste da América do Sul. Esta planta tem grande importância econômica ao redor do mundo, principalmente no Brasil, e seu fruto é utilizado tanto como alimento quanto como matéria-prima para a produção de inúmeros produtos.
O óleo de coco é extraído a frio a partir da polpa do coco e este processo pode ser feito de forma artesanal ou pode ser realizado de maneira industrializada. O produto final do óleo de coco pode ser vendido de forma refinada, hidrogenada, fracionada ou em seu estado natural. Para cada tipo de processo utilizado na preparação é possível se obter um produto final com características diferentes e com utilizações diversas.
O óleo de coco refinado, por exemplo, é mais utilizado para fins industriais e comerciais. Já quando este produto é fracionado, ocorre a remoção dos ácidos graxos que estão contidos naturalmente no óleo de coco. Se este passa pelo processo de hidrogenação, o óleo de coco final pode ter um prazo de validade maior, porém, neste caso, ele passa a ter maior quantidade de gorduras trans. E, por fim, o óleo de coco virgem é aquele feito de forma mais artesanal e mais natural.
O óleo de coco pode ser utilizado na culinária no preparo de diversas receitas ou pode ser utilizado de forma industrial para a fabricação de biodiesel, na produção de resinas para a indústria química ou na produção de sabão. O óleo de coco usado como alimento contém diversos nutrientes e muitos estudos avaliam se este produto pode realmente trazer benefícios à saúde em função da sua composição.
Durante algum tempo, porém, cientistas começaram a questionar se de fato o óleo de coco é bom para a saúde ou não. É inegável que este alimento possui uma quantidade considerável de nutrientes e que estes podem atuar de forma positiva no organismo. No entanto, será que realmente este alimento é saudável? Será que o óleo de coco faz mal à saúde?
Sabe-se que todos os óleos são formados a partir de misturas de diferentes ácidos graxos, podendo conter, assim, uma mistura de ácidos graxos saturados, insaturados ou poli-insaturados. Os ácidos graxos considerados, de forma geral, como gorduras ruins, são os chamados de saturados.
O óleo de coco é um produto rico em ácidos graxos de cadeia média, correspondendo entre 70% e 80% da sua composição. Boa parte dos ácidos graxos presentes no óleo de coco são saturados e este é um dos grandes motivos para que se questione se este alimento é saudável ou não.
O óleo de coco contém muitos nutrientes, sendo rico em vitaminas, tais como as vitaminas E, K e D, contendo minerais como o ferro e possuindo altos teores de ácidos láurico, ácido cáprico, ácido palmítico, ácido mirístico e ácido caprílico, que são gorduras saturadas. Ele também possui ácidos graxos insaturados que são considerados saudáveis, como o ácido linoleico, linolênico e o ácido oleico.
Muitos estudos avaliam se as gorduras consideradas ruins, como as gorduras saturadas, causam realmente problemas à saúde, como, por exemplo, o aumento das taxas do colesterol LDL, que é considerado nocivo à saúde. No entanto, existe um equívoco em relação às propriedades do grupo das gorduras saturadas, pois estas são quimicamente diferentes entre si e sua ação no organismo não será sempre a mesma.
Algumas destas gorduras, por exemplo, são formadas por cadeias longas de carbonos e outras por cadeias menores de carbono. Pesquisas mostraram que nem todas as gorduras saturadas afetam as taxas de colesterol da mesma maneira, podendo haver variações no aumento ou na redução destas taxas.
O óleo de coco, por exemplo, contém maior quantidade de ácidos graxos de cadeia média, diferentemente de outras gorduras saturadas, mudando, assim, o seu comportamento metabólico em função das suas características estruturais. Isto significa que as gorduras saturadas presentes no óleo de coco não atuam da mesma forma que todas as outras gorduras também saturadas.
Este assunto gera muitas controvérsias no meio científico. Pesquisadores da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) observaram que as gorduras saturadas podem estar associadas a um aumento dos riscos de doenças cardiovasculares, devido ao aumento das taxas de colesterol ruim (LDL), e que se deve avaliar o consumo deste nutriente.
Outros estudos, porém, dizem que estas gorduras podem também estar associadas ao aumento do colesterol bom (HDL) e que esses ácidos graxos podem conter, inclusive, propriedades antifúngicas, antibacterianas e antivirais, trazendo inúmeros benefícios à saúde.
Uma pesquisa realizada com um grupo de pessoas que consumiram ácidos graxos de cadeia média durante oito semanas apresentou resultados significativos de redução de peso e de gordura corporal, mostrando ser mais eficiente do que outros ácidos graxos, como o ômega 6.
Da mesma forma que muitas pesquisas mostram que o óleo de coco pode contribuir consideravelmente para melhorar diversos aspectos da saúde, também existem muitos outros estudos que mostram que o óleo de coco faz mal e que também pode afetar de forma negativa o organismo.
A questão é que ainda não existem comprovações científicas que afirmem efetivamente os diversos benefícios associados ao óleo de coco, entre eles os da perda de peso, da redução de gordura corporal, além das diversas melhorias para a saúde, como o combate a micro-organismos nocivos, a ação antioxidante, a melhoria do aspecto de pele, cabelos e unhas, entre muitos outros.
Um fato relacionado ao óleo de coco é que este alimento realmente é bastante calórico, contendo em torno de 117 calorias em apenas uma colher de sopa, ou seja, ele contém mais calorias que uma colher de sopa de manteiga ou de azeite. Isto significa que o consumo em excesso deste alimento pode causar de fato o aumento de peso e maior acúmulo de gordura corporal em determinadas pessoas.
O recomendado é que se faça um uso moderado do óleo de coco e que se evite qualquer utilização de produtos sem a orientação de um profissional da saúde. O acompanhamento periódico do médico também é fundamental para garantir que se tenha taxas saudáveis de colesterol no organismo, evitando, assim, possíveis problemas de saúde.
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Resentimente postei em um grupo q tenho com minhas alunas para colocar olio de coco no pão de aveia e uma drlas disse q ele mata fiquei até sem grasa na verdade pq nunca ouvir falar isso vim aqui no mundo boa forma mi emforma e vi os beneficios q ele dar e sim so no exagero q faz mal.Vcs estão de parabéns ???????