Nódulo na Tireoide – O Que é, Sintomas, Causa e Como Tratar

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Os problemas da tireóide já são conhecidos por muitos, mas o nódulo na tireóide é novidade para muitas pessoas. Abaixo, você descobrirá tudo o que você precisa saber sobre isso. Os sintomas, as causas, o diagnóstico e as várias formas de tratamento que existem para isso. Se você acha que está com esse problema, aqui você encontrará informações precisas que irão lhe ajudar com tudo isso.

A detecção de um nódulo na tireoide pode assustar no início. Mesmo com os avanços recentes na medicina, é comum que alguém diagnosticado com um nódulo na tireoide fique com muitas dúvidas e apresente insegurança em relação à condição.

Para te ajudar a entender o que é um nódulo na tireoide e como tratar o problema, preparamos uma lista dos principais sintomas da condição e as suas possíveis causas. Se você tem outras dúvidas no que diz respeito à gravidade da doença, você está no lugar certo. Continue lendo para compreender tudo sobre nódulos na tireoide e realizar o seu tratamento bem informado.

Antes de mais nada, é importante que você faça um exame de tireoide para saber qual é a sua situação diante desse cenário.

Nódulo na tireoide – O que é?

A tireoide é uma glândula localizada na base do pescoço responsável pela produção e liberação de diversos hormônios importantes para o metabolismo. Entender o que é a tireóide é parte importante do entendimento sobre o problema do nódulo na tireóide.

Muitas pessoas que têm esses nódulos já tem problemas com a tireóide e costumam tomar remédios para isso. Se você tem esses problemas e toma algum dos remédios mais usados para tireoide, saiba que você não está livre de ter o nódulo na tireóide.

Esses nódulos podem ser sólidos ou cheio de líquidos que são formados dentro da glândula tireoide e que podem ou não afetar o funcionamento da glândula.

Muita gente acha que um ter um nódulo na tireoide é perigoso e representa um grave risco à saúde, mas felizmente há diferentes tipos de nódulos e a maioria deles não são graves e nem chegam a causar sintomas. Grande parte desses nódulos que surgem no órgão são benignos e facilmente tratados.

Quando um nódulo tireoidiano é causado por um câncer, ele costuma apresentar um crescimento rápido e ser bem grande e visível. Mas pouquíssimos são os casos em que os nódulos na tireoide são causados por um câncer na glândula.

Embora nódulo e cisto possam ser usados como sinônimos em alguns lugares, um cisto na tireoide é, na verdade, um nódulo que está cheio de fluidos, enquanto que os nódulos são aqueles que são preenchidos por sólidos.

Apesar de a maioria dos casos não representar um risco à saúde, quando um nódulo ou cisto na tireoide é grave? Essa é uma das dúvidas mais comuns das pessoas que são diagnosticadas com essa condição e responderemos essa dúvida mais adiante.

Sintomas

Muitos nódulos são tão pequenos que não podem ser notados visualmente. Outros podem ficar grandes a ponto de ficarem visíveis no pescoço ou de dificultarem a respiração ou a deglutição do indivíduo. Apenas quando eles são maiores ou causam desconforto, é possível notar os sintomas abaixo:

  • Inchaço na região do pescoço, especialmente na base dele;
  • Falta de ar devido à pressão sobre a traqueia ou sobre o esôfago;
  • Dificuldade para engolir;
  • Rouquidão;
  • Nódulo visível ou que pode ser sentido ao toque.

Algumas vezes, o nódulo na tireoide dói, mas isso é devido ao inchaço e ao desconforto que ele causa e não por causa do nódulo em si. A dor, a rigidez ao toque e o desconforto tendem a ser mais comuns em casos de câncer na tireoide.

Em alguns casos em que os nódulos acabam causando uma produção extra de tiroxina, um hormônio que é liberado pela tireoide, sintomas de hipertireoidismo podem ser observados, como por exemplo:

  • Nervosismo;
  • Batimento cardíaco rápido ou irregular;
  • Tremores;
  • Dificuldade para dormir;
  • Perda de peso sem explicação plausível;
  • Aumento da transpiração.

Por nem sempre apresentar sintomas, é importante realizar exames de rotina para monitorar a função tireoidiana pelo menos uma vez por ano.

Causas

Diversas podem ser as causas de um nódulo na tireoide. Os principais fatores que podem levar à formação de um nódulo na glândula incluem:

– Deficiência de iodo

A ausência ou falta de iodo na dieta pode levar ao desenvolvimento de nódulos na tireoide. No entanto, tal deficiência pode ser evitada ao incluir alimentos ricos em iodo em sua alimentação como, por exemplo, os peixes, os ovos e as batatas. O uso de sal fortificado com iodo com moderação nas suas receitas também ajuda a evitar a deficiência nesse mineral.

– Inflamação crônica da tireoide ou tireoidite

Doenças como a doença de Hashimoto podem causar uma inflamação na tireoide – chamada também de tireoidite – levando ao aumento nodular. Normalmente, essa inflamação está associada a sintomas de hipotireoidismo que ocorrem quando a atividade da glândula tireoide é reduzida.

– Supercrescimento do tecido tireoidiano normal ou adenoma da tireoide

Não se sabe as causas disso, mas o supercrescimento do tecido tireoidiano normal – chamado também de adenoma da tireoide – pode ser a causa do nódulo tireoidiano. Tal crescimento não é considerado nem grave nem canceroso, mas deve ser observado mais de perto em caso de surgirem sintomas.

Alguns adenomas podem ser autônomos ou hiperfuncionantes, o que significa que eles produzem hormônios da tireoide em excesso, podendo causar sintomas de hipertireoidismo.

– Cisto tireoidiano

Ao se deparar com a palavra cisto, a reação do indivíduo é querer logo saber se ter um cisto na tireoide é perigoso.

Um cisto na tireoide na verdade é um nódulo preenchido com líquidos que é formado depois que um adenoma da tireoide é degenerado. Geralmente, eles são benignos, mas alguns deles podem conter componentes sólidos malignos advindos dos adenomas.

– Tireoidite de Hashimoto

Um nódulo na tireoide pode ser formado por causa da tireoidite de Hashimoto, uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, prejudicando a sua função normal.

– Bócio multinodular

O bócio é um termo usado para descrever qualquer aumento de tamanho na glândula tireoide que pode ser causada por deficiência de iodo ou por problemas na tireoide. No caso de um bócio multinodular, existem vários nódulos diferentes dentro de um único bócio, mas as suas causas ainda não são conhecidas.

– Câncer de tireoide

Segundo a American Thyroid Association, mais de 90% dos nódulos na tireoide são benignos. Apesar de ser bem raro, existe a possibilidade de um nódulo ser causado por um câncer de tireoide.

Fatores de risco que podem contribuir para o surgimento de um câncer desse tipo são ter um familiar que já sofreu de câncer de tireoide, ter menos de 30 anos ou mais de 60 anos de idade, ser homem e ter sido exposto a altos níveis de radiação especialmente na região da cabeça e do pescoço.

Complicações de saúde

– Hipertireoidismo

Quando nódulos causam a superprodução hormonal pela glândula tireoide, a pessoa pode desenvolver hipertireoidismo. Tal condição pode causar sintomas desagradáveis como fraqueza muscular, perda de peso, intolerância ao calor, irritabilidade e ansiedade.

É por isso que muitas pessoas acreditam que ter um cisto na tireoide emagrece. A perda de peso ocorre quando o problema desencadeia a produção de mais hormônios do que o organismo necessita.

– Dificuldades para respirar ou para engolir

Nódulos grandes ou presença de bócio multinodular podem interferir negativamente na deglutição e na respiração, o que pode causar desconforto e sérias complicações de saúde.

– Problemas relacionados ao câncer na tireoide

Pessoas diagnosticadas com câncer na tireoide geralmente se submetem a uma cirurgia para remoção do nódulo. Junto com o nódulo, boa parte da glândula tireoide também precisa ser removida, o que requer uma terapia de reposição hormonal para o resto da vida do paciente.

Como diagnosticar

Apesar de a maioria dos nódulos na tireoide serem benignos e não causem problemas sérios, é importante ir a um médico ao notar qualquer inchaço incomum no pescoço, principalmente se outros sintomas são observados.

O diagnóstico geralmente consiste em primeiro avaliar a presença do nódulo através de um exame físico em que o médico – provavelmente um endocrinologista – apalpa a sua tireoide em busca de alterações. O profissional da saúde também deve perguntar sobre seus sintomas, se existirem.

Depois dessa análise inicial, alguns exames podem ser solicitados. Alguns deles são:

– Testes de função tireoidiana

Esses testes são feitos por meio de uma coleta de sangue normal a partir da qual são medidos os níveis de hormônios produzidos pela tireoide como a tiroxina e a tri-iodotironina e os níveis de hormônio estimulante da tireoide que é excretado pela glândula pituitária (hipófise).

Tais exames podem identificar se a tireoide e a hipófise estão funcionando como deveriam ou se estão produzindo hormônios em escassez ou em excesso.

– Ultrassonografia

A ultrassonografia é um exame de imagem que utiliza ondas sonoras de alta frequência para produzir imagens. Esse exame pode oferecer informações úteis sobre a forma e a estrutura da tireoide e dos nódulos presentes nela.

Também é possível observar a quantidade de nódulos presentes e o exame ainda serve como um guia durante a realização de uma biópsia no órgão, por exemplo.

– Biópsia por aspiração com agulha fina

Quando um nódulo é um pouco maior e causa sintomas, o médico pode solicitar uma biópsia para garantir que não está de frente para um câncer. A biópsia por aspiração com agulha fina ajuda a definir se o nódulo é benigno ou não. A biópsia é feita por meio da inserção de uma agulha extremamente fina no nódulo para que uma amostra de células do tecido seja removida para análise.

Normalmente, a biópsia é muito simples e não apresenta riscos ao paciente. Além disso, o procedimento dura apenas 20 minutos.

– Tomografia da tireoide

Uma tomografia serve para obter imagens mais detalhadas sobre a tireoide e o nódulo presente nela. Nesse exame, um isótopo de iodo radioativo é injetado em uma veia do braço para servir de contraste. Em seguida, o paciente deve se deitar no equipamento para que uma câmera especial passe pela região da tireoide para produzir a imagem.

Os nódulos que causam produção excessiva de hormônios da tireoide aparecem no exame como pontos “quentes” (imagens vermelhas) pois eles absorvem mais radiação, enquanto aqueles que absorvem menos radiação são os chamados nódulos “frios” (imagens azuis).

Ainda que a tomografia dê mais informações sobre os nódulos, o exame não é capaz de distinguir um nódulo benigno de um canceroso.

Como tratar

O tratamento depende do tipo de nódulo que o paciente apresenta.

Os nódulos benignos, por exemplo, podem ser de 2 tipos. O tipo em que o nódulo é benigno e não causa nenhuma alteração significativa no funcionamento da tireoide e o nódulo benigno que faz com que a tireoide produza mais hormônios do que o normal (hipertireoidismo).

O tratamento nesses casos vai variar dependendo da presença ou não de sintomas de hipertireoidismo. Assim, o tratamento de nódulos benignos que não causam nenhum sintoma ou alteração na tireoide consiste nas seguintes opções:

Tratamento de nódulos benignos sem sintomas

– Monitoramento constante

Quando um nódulo na tireoide é benigno e não causa sintomas, é bem comum que o médico apenas indique que você monitore a condição por meio de exames periódicos que podem variar de 6 meses a 1 ano ou de acordo com orientação médica.

Também é importante notar através do tato se o nódulo está crescendo ou não, mas geralmente tais nódulos são pequenos e crescem muito lentamente e apenas a realização de exames de forma regular já é o suficiente para monitorar a função tireoidiana e detectar problemas precocemente.

– Terapia de supressão de hormônios tireoidianos

Em alguns casos, o médico pode sugerir o uso do remédio levotiroxina, que é uma forma sintética do hormônio tiroxina. Alguns profissionais acreditam que o excesso de tiroxina pode sinalizar a hipófise – responsável por produzir o hormônio estimulante da tireoide, que induz a produção dos hormônios tiroxina e tri-idotironina pela tireoide – para produzir o hormônio estimulante da tireoide em menor quantidade.

Isso seria útil no tratamento do nódulo na tireoide porque o hormônio estimulante da tireoide estimula o crescimento do tecido, o que deixaria o nódulo cada vez maior. No entanto, não existem evidências claras sobre esse tipo de tratamento com a levotiroxina.

– Intervenção cirúrgica

A cirurgia em casos de nódulos benignos só é indicada quando o nódulo está muito grande e atrapalhando funções como a deglutição e a respiração. Nódulos sob suspeita de serem cancerosos também podem ser removidos cirurgicamente.

Tratamento de nódulos benignos que resultam em hipertireoidismo

No caso de nódulos benignos que levam ao hipertireoidismo, o tratamento pode incluir:

– Medicamentos antitireoidianos

Se sintomas de hipertireoidismo forem notados, é provável que o médico recomende o uso de um remédio como o metimazol (Tapazol) para diminuir tais sintomas. Porém, o tratamento com esse tipo de medicação é de longo prazo e pode causar efeitos colaterais que impactam o bom funcionamento do fígado.

Dessa forma, é importante discutir sobre os benefícios e riscos do tratamento com um médico antes de tomar uma decisão.

– Iodo radioativo

O iodo radioativo é frequentemente utilizado por médicos para tratar adenomas hiperfuncionantes ou bócios multinodulares.

Disponível na forma líquida ou em cápsulas, o iodo radioativo é absorvido pela glândula tireoide e faz com que os nódulos reduzam de tamanho. Os sintomas de hipertireoidismo também tendem a ser reduzidos em torno de 2 a 3 meses após o início do tratamento.

– Cirurgia

Quando os 2 tratamentos anteriores não surtem efeito, a cirurgia de nódulo na tireoide pode ser necessária para removê-lo. Após a remoção do nódulo ou de toda a glândula tireoide, é indispensável seguir uma terapia de reposição hormonal para suprir as funções da tireoide removida.

Tratamento de nódulos cancerosos

Já os nódulos cancerosos geralmente são tratados através de intervenção cirúrgica para remover o nódulo ou por uma técnica conhecida como ablação com álcool.

– Cirurgia de nódulo na tireoide

A remoção cirúrgica é o tratamento mais usual quando falamos em nódulos cancerosos. Nesse procedimento chamado de tireoidectomia quase total, parte do tecido da tireoide ao redor do nódulo também é removido para garantir que todo o nódulo canceroso foi eliminado do local.

Dessa forma, há alguns riscos associados à cirurgia que podem incluir danos ao nervo laríngeo, que controla as cordas vocais, e danos as glândulas paratireoides, que auxiliam no controle dos níveis de cálcio no sangue.

Além disso, depois de se submeter a uma cirurgia desse porte, o paciente provavelmente precisará tomar levotiroxina por toda a vida para repor os hormônios que a glândula tireoide não será mais capaz de produzir ou produzira quantidades insuficientes.

– Ablação alcoólica

Esse método pode ser útil em casos em que pequenos nódulos cancerosos são observados. Nessa técnica, uma pequena quantidade de álcool é injetada no nódulo. Geralmente, várias sessões são necessárias até que o tratamento surta o efeito esperado.

A ablação é muito utilizada quando o nódulo não está em um local de fácil acesso para uma intervenção cirúrgica.

Tem como prevenir?

Não existe uma forma de prevenir o desenvolvimento de um nódulo na tireoide. O indicado é realizar exames periódicos para que você e seu médico possam identificar qualquer tipo de problema na tireoide precocemente, o que vai facilitar muito o tratamento.

Muitos dos nódulos identificados precocemente são tão pequenos que nem causam sintomas e não precisam de tratamento. Apenas o monitoramento contínuo é o suficiente para manter sua saúde em dia. Nos casos em que o tratamento é necessário, basta seguir as orientações médicas e manter a calma, já que a grande maioria dos casos de nódulos na tireoide costumam ser benignos e não representam um risco à vida.

Fontes e Referências Adicionais:

Você já foi diagnosticado com nódulo na tireoide? Qual foi o tratamento recomendado pelo seu médico? Comente abaixo!

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Sobre Felipe Santos e Dra. Patrícia Leite

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