O cantor Netinho, 58 anos, contou aos seguidores que irá passar por um transplante de medula óssea após finalizar as sessões de quimioterapia. Ele está internado no Hospital Aliança Star, em Salvador, onde se trata de um linfoma raro, tipo de câncer que surge no sistema linfático.
O artista entrou em mais detalhes sobre seu tratamento: “Terminando a segunda fase da minha quimioterapia. Serão seis fases no total e no final haverá um transplante de medula sem doador. Um transplante de mim para mim mesmo. Está tudo indo muito certo, vamos que vamos!”.
O transplante de medula óssea é feito para o tratamento de enfermidades que afetam as células sanguíneas, como leucemia e linfomas. Em alguns casos, o processo consiste na substituição de uma medula óssea doente por células normais de medula óssea.
Existem dois tipos de transplante: o autólogo, como é o caso de Netinho, e o alogênico. No primeiro, as células da medula vem do próprio paciente e, no segundo, de um doador.
No transplante de medula óssea autólogo, as células são tiradas do próprio paciente e congeladas. Elas são utilizadas posteriormente para recuperar a medula óssea.
Já no caso da modalidade alogênica, são realizados testes específicos de compatibilidade, onde são analisadas amostras do sangue do receptor e do doador. Isso minimiza o risco de a medula ser rejeitada pelo organismo do receptor.
Quando há compatibilidade, o doador é submetido a um procedimento em centro cirúrgico, sob anestesia, com duração de aproximadamente duas horas. São realizadas diversas punções com agulhas nos ossos posteriores da bacia e na aspiração da medula. A ação não compromete a saúde do doador.
O receptor, por sua vez, passa por um tratamento antes do procedimento, onde cuida das células doentes e destrói a própria medula. Passada essa etapa, o paciente receberá a medula sadia em um processo considerado simples, como uma transfusão de sangue. Conforme as células da nova medula circulam pela corrente sanguínea, elas se alojam na medula óssea, onde se desenvolvem.
O transplante de medula óssea é recomendado para as seguintes doenças: leucemia mieloide aguda, leucemia linfoide aguda / linfoma linfoblástico, leucemia linfoide aguda Ph+, anemia aplástica grave adquirida ou constitucional, síndrome mielodisplásica – incluindo a leucemia mielomonocítica crônica, imunodeficiência celular primária, talassemia, mielofibrose primária em fase evolutiva, linfoma não Hodgkin indolente e Doença de Hodgkin quimiossensível.
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