Elle Macpherson, top model dona de um dos rostos mais conhecidos da década de 90, comentou a sua luta contra o câncer de mama. A musa recebeu o diagnóstico há sete anos e a doença se encontra em remissão.
A modelo falou pela primeira vez sobre o assunto na biografia “Life, Lessons, and Learning to Trust Yourself” (“Vida, Lições e Aprendendo a Confiar em Si Mesma”, em tradução livre).
A australiana, que está atualmente com 60 anos, ignorou os conselhos de seus familiares e de nada menos que 32 médicos. Ela recusou o tratamento quimioterápico, optando por uma abordagem holística para tratar a doença.
“Foi um choque, foi inesperado, foi confuso, foi assustador de muitas maneiras e realmente me deu a oportunidade de cavar fundo em meu senso interior para encontrar uma solução que funcionasse para mim”, explicou.
Elle descobriu o câncer de mama ao fazer uma tumorectomia, que trouxe o diagnóstico de carcinoma intraductal receptor de estrogênio HER2 positivo. Os médicos, então, aconselharam a modelo a se submeter a uma mastectomia com radiação, quimioterapia, terapia hormonal e reconstrução de mama.
Na época, a modelo namorava o ex-médico e guru antivacina Andrew Wakefield e decidiu ignorar a abordagem tradicional à doença, alegando que era “um exercício maravilhoso de ser fiel a mim mesma, confiar em mim mesma e confiar na natureza do meu corpo e no curso de ação que eu havia escolhido”.
Foi pautado, portanto, um tratamento alternativo que abria mão de qualquer produto farmacêutico, mas a modelo defendeu buscar “uma abordagem intuitiva, guiada pelo coração e holística”.
“Dizer não às soluções médicas padrões foi a coisa mais difícil que já fiz na minha vida. Mas dizer não ao meu próprio senso interior teria sido ainda mais difícil”, afirmou.
Para ela, a quimioterapia e cirurgia eram muito “extremas”. Macpherson admitiu que foi considerada “louca” por algumas pessoas.
É importante lembrar que abandonar as recomendações médicas baseadas em métodos e tratamentos reconhecidos e estabelecidos pode colocar a saúde e vida em risco. Isso, diante de qualquer doença, especialmente de condições graves como o câncer.
Nesse período, a top model alugou uma casa em Phoenix, no estado do Arizona, Estados Unidos, durante oito meses. Ela ficou sob a supervisão de seu médico principal, um naturopata, um dentista holístico, um osteopata, um quiroprata e dois terapeutas.
Elle está atualmente em “remissão clínica”, o que prefere chamar de “bem-estar total”. A modelo contou ter recebido o apoio do filho mais novo, Cy, 21 anos, por acreditar que a quimioterapia era “um beijo da morte”. O filho mais velho, Flynn, 26 anos, por outro lado, teve suas dúvidas.
“Flynn, sendo mais convencional, não se sentia confortável com minha escolha. Ele é meu filho, portanto, me apoiaria em qualquer coisa e me amaria em minhas escolhas, mesmo que não concordasse com elas”, explicou. O pai dos meninos, Arpad Busson, com quem a modelo foi casada até 2005, não concordou com a decisão, mas elogiou a coragem da ex em encarar a doença.
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