Uma simples selfie mudou a vida de Megan Troutwine. A norte-americana curtia uma viagem em família, quando notou que seu olho esquerdo estava um pouco caído, diferente de como costumava ficar.
A situação aconteceu oito anos atrás, quando a jovem passeava com o primo. “Olhei para a foto e minha pálpebra estava caída. Achei estranho, então, quando voltei para casa, mencionei isso ao meu neurologista”, disse a mulher.

O médico pediu uma ressonância magnética e, pouco depois, Troutwine recebeu uma ligação dizendo que havia sido encontrada uma massa maligna em seu cérebro e que estava crescendo em um ritmo agressivo. “Descobri que tinha um meningioma. Esse diagnóstico é difícil”, lamentou, referindo-se à forma comum de câncer no cérebro.
Megan começou o tratamento no Moffitt Cancer Center of Tampa. Primeiro, foi realizada uma cirurgia para a retirada do tumor. Entretanto, logo foi descoberto um outro tumor cerebral primário, este, um glioma.
Os médicos informaram que o câncer continuava crescendo lentamente e que ela provavelmente precisaria de monitoramento vitalício para sua condição. Infelizmente, os diagnósticos não pararam por aí: foi descoberto que Megan carrega a mutação do gene PTEN, que a coloca em risco maior de desenvolver outros tipos de câncer.
Desde 2017, quando foi submetida a uma craniotomia, Troutwine foi diagnosticada e tratada tanto para câncer de mama, quanto de útero, disse ela ao site Post. Mesmo com a dura jornada de tratamentos, Megan afirmou ter tido a sorte de conhecer “algumas das pessoas mais genuínas e inspiradoras”.
“O câncer não foi a minha primeira escolha, mas eu não trocaria onde estou ou o que passei na vida”, declarou. Atualmente, Megan trabalha como coordenadora da unidade de saúde em Moffitt e disse que, por meio de sua profissão, consegue ajudar “pessoas nos momentos mais difíceis de suas vidas. Muitas pessoas que passam por isso não têm esse sistema de apoio, então ser um veículo para isso é uma bênção”, explicou.
Ela pretende cursar uma segunda graduação, desta vez, em saúde pública. “Tenho um coração voltado para as pessoas e tento ajudá-las de todas as maneiras que posso”, falou.
Megan perdeu o primo, Tony Martinez, que estava ao seu lado no dia da descoberta, devido a um câncer de pâncreas. O rapaz morava em Harlem. “Nós nos divertimos muito, apenas tirando fotos e vendo os locais. Quando você tem família morando lá, seu coração bate nas ruas de forma diferente”, declarou.