A farmacêutica Eli Lilly, que produz o Mounjaro, realizou uma pesquisa para saber se o medicamento era tão, menos ou mais eficaz que o Ozempic para o emagrecimento.
O estudo concluiu que a tirzepatida – princípio ativo do Mounjaro conseguiu reduzir o peso dos pacientes em 47%, em comparação com a semaglutida – molécula usada no Ozempic e no Wegocy.
A empresa explica que “o objetivo principal do estudo foi avaliar a superioridade de tirzepatida em comparação com semaglutida na mudança percentual do peso corporal em relação ao valor basal ao longo de 72 semanas”.
Ambos princípios ativos são análogos de GLP-1, no entanto, a tirzepatida combina a ação dos dois hormônios intestinais: GLP-1 e GIP.
“Isso significa que o medicamento tem a capacidade de estimular a ação tanto do GLP-1, quanto do GIP, aumentando a produção de insulina pelo pâncreas para manter o controle do açúcar no sangue”, declara a endocrinologista Tarissa Petry, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Os resultados apontaram que a tirzepatida pode ser mais eficaz do que a semaglutida em estudos de longo prazo. Já com relação a metodologia da pesquisa, a empresa chamou cerca de 750 voluntários dos Estados Unidos e Porto Rico que tivessem obesidade ou sobrepeso em conjunto a outras comorbidades, como hipertensão.
No estudo, dois grupos receberam os medicamentos; um deles recebeu a dose máxima de tirzepatida (10 mg ou 15 mg) e o outro, a maior dose da semaglutida (1,7 mg ou 2,4 mg).
A tirzepatida promoveu uma perda de peso média de 20,2% em adultos com obesidade, enquanto a semaglutida alcançou apenas 13,7%.
Com relação aos efeitos colaterais, a farmacêutica ressalta que ambos medicamentos apresentaram reações semelhantes, como já foi visto em outros testes clínicos feitos no passado. As principais reações envolvem náuseas, vômitos e diarreias, de forma leve a moderada.
A Eli Lillu anunciou que o Mounjaro será lançado no Brasil dia 7 de junho.
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