Confira se o melão dá gases ou se esse não é um dos efeitos colaterais esperados ao consumir essa fruta em sua dieta.
Por mais que estejamos cansados de saber que as frutas são importantes para a saúde, não é todo mundo que gosta de todos os tipos de frutas. Tomemos como exemplo o melão. Você gosta do alimento ou não?
Se a resposta foi positiva, muito bom. Se foi negativa, que tal dar uma chance a ele? Isso porque o alimento serve como fonte de nutrientes como a vitamina C, carboidratos, fibras, cálcio, potássio, vitamina A e vitaminas do complexo B. Por conta disso é que existem tantos benefícios do melão para a saúde e boa forma.
No entanto, será que mesmo fornecendo essas substâncias benéficas ao corpo humano, o melão não pode provocar uma espécie de efeito colateral como a flatulência ao ser consumido?
Bem, o melão está classificado dentro do grupo de alimentos que podem provocar a flatulência exagerada.
Segundo informações, o melão é uma das frutas fermentativas que devem ser evitadas pelas pessoas que sofrem com problemas com os gases. Até mesmo um documento do Hospital Pró-Cardíaco o indicou como uma das frutas que podem estar associadas à produção da flatulência.
A Fundação Internacional para Distúrbios Gastrointestinais (IFFGD), apresentou o melão cantalupo – uma variedade da fruta que pode ser conhecida ainda pelo nome de meloa – como um dos alimentos com menor propensão para causar os gases.
Já de acordo com informações de um documento da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, intitulado “Dicas úteis para controlar os gases”, o melão cantalupo ou melão faz parte do grupo de alimentos que provoca uma quantidade normal de gases.
Existem pessoas que acreditam que o melão deve ser consumido de maneira isolada ou somente na companhia de outras frutas frescas.
Os melões são muito fáceis de serem digeridos graças ao fato de serem ricos em água.
Em cima disso, foi levantada a hipótese de que quando uma pessoa consome a fruta juntamente com outros tipos de alimentos como grãos integrais, produtos laticínio ou carne – conhecidos por demorarem mais para serem digeridos – o melão é obrigado a passar um tempo ali no estômago, enquanto os outros alimentos passam pelo processo de digestão.
Qual o problema disso? De acordo com a publicação, acredita-se que esse circuito de espera faça com que o melão fermente e, consequentemente, provoque a desagradável flatulência.
No entanto, informações neste sentido foram encontradas em páginas na internet a respeito da combinação de alimentos e nem tanto em dados científicos. Portanto, não temos como concluir que essa hipótese seja realmente verdadeira.
Precisamos lembrar que cada organismo é diferente – ou seja, se o melão dá gases para uma pessoa, isso não significa que ele vai necessariamente provocar a flatulência em outra. Os alimentos que estimulam os gases podem variar de indivíduo para indivíduo.
É aconselhável que você converse com um médico e/ou um nutricionista para se certificar de que você realmente deve fazer isso. Tal cuidado é importante para que ao cortar o alimento, você não deixe de fornecer ao seu organismo as doses dos nutrientes encontrados na composição da fruta.
Se o profissional de saúde indicar que realmente vale a pena fazer isso, ele saberá indicar um alimento que possa servir como um substituto do melão no ponto de vista nutricional.
Lembre-se de que este artigo serve unicamente para informar e jamais pode substituir as recomendações qualificadas de um médico e de um nutricionista.
Mais do que saber se o melão dá gases, é importante que a gente conheça quais outros fatores – não apenas aquilo que a gente come e bebe durante as nossas refeições – podem interferir na produção de gases no organismo.
O PhD e professor clínico associado de nutrição da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, Charles Mueller explicou que os gases que soltamos não são produzidos somente pelos alimentos que consumimos, mas também pelo ar que engolimos, que acaba passando pelo trato gastrointestinal.
No mesmo sentido, o gastroenterologista, professor clínico associado de medicina da Universidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e PhD David Poppers esclareceu que os gases são uma combinação entre dois fatores: o ae que engolimos, ao comer rápido demais, e o alimento que consumimos.
A nutricionista Abby Langer explicou ainda que doenças gastrointestinais sérias também podem ser a principal causa dos gases. Eles ainda podem estar relacionados ao uso de alguns medicamentos e a problemas na flora intestinal, completou a especialista.
“Para aqueles que não têm um problema de fundo (para provocar os gases, como as doenças gastrointestinais), a quantidade de gases que nós temos está diretamente relacionada com a quantia de alimento e/ou ar não digerido no nosso cólon. Se estamos comendo coisas que o nosso corpo não está decompondo, nós vamos ter gases”, completou Langer.
Ainda que seja constrangedora, a flatulência é uma função normal do corpo, completou o PhD Charles Mueller. Ele alertou ainda que devemos nos preocupar mais quando não estivermos soltando gases do que quando a flatulência aparecer.
Mueller orientou também a procurar o auxílio médico quando ocorrerem mudanças nos hábitos intestinais que não se resolvem sozinhas como cólicas, inchaço, prisão de ventre, diarreia, não ter flatulência alguma ou o aparecimento de muitos gases
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