A ex-BBB Leka Begliomini, 50 anos, entrou em mais detalhes sobre o transtorno de imagem que sofreu. Agora, a empresária analisa a importância da autoaceitação e da desconstrução dos mitos que cercam a beleza.

A famosa sofreu com dismorfia corporal, compulsões e tem uma relação conturbada com o corpo desde muito nova. “A dismorfia me fazia enxergar imperfeições. Via imperfeições que, muitas vezes, só existiam na minha cabeça. A compulsão era uma forma de tentar preencher um vazio que a sociedade me dizia que eu tinha”, contou ela em entrevista à Quem.
Ela diz que o processo de ressignificar sua relação com o próprio corpo foi longo e, nesse período, ainda sofreu com a bulimia. “Aprendi que a cura não está em mudar o corpo, mas em mudar a forma como eu o enxergo. Comecei a me questionar: por que eu preciso caber em um padrão que não foi feito para mim? Aos poucos, fui entendendo que a beleza não está na perfeição, mas na autenticidade. Hoje, me olho no espelho e vejo uma mulher forte, que carrega suas marcas com orgulho porque elas contam a minha história”, refletiu.
Leka também passou por uma mudança na forma em que lida com a autoestima. “Aprendi que a autoestima não vem de fora para dentro. Ela nasce quando a gente para de se comparar e começa a se aceitar. Ainda há dias em que me sinto insegura, mas hoje eu sei que isso não me define. A verdadeira beleza está em se sentir bem com quem você é, independentemente do que o espelho ou os outros dizem”, explicou.
A empresária ainda ressalta a importância de quem tem distúrbios de imagem em buscar ajuda. “Não tem que ter medo de buscar ajuda e entenda que você não está sozinho. Esses transtornos são como labirintos: parecem não ter saída, mas sempre há um caminho. E esse caminho começa quando a gente decide olhar para dentro e se perguntar: quem eu sou além da imagem que vejo no espelho? A resposta está na sua essência, não no seu corpo”, declarou, por fim.