A cada dia que passa, mais e mais pesquisas demonstram que mudanças na alimentação podem ajudar no tratamento de uma série de problemas de saúde, como ocorre com o jejum intermitente e a síndrome do ovário policístico (SOP).
Mas essa relação, que à primeira vista pode não fazer sentido, é complexa, já que envolve questões de imunidade e metabolismo.
Assim, neste artigo vamos conhecer o papel do jejum intermitente na melhoria dos sintomas da SOP, como desequilíbrios hormonais, irregularidades menstruais e resistência à insulina.
Veja também: Jejum Intermitente passo a passo: Como funciona e variações
A síndrome do ovário policístico é um problema de saúde que atinge principalmente mulheres entre 30 e 40 anos, embora também possa afetar mulheres de outras idades.
Ela é caracterizada por algumas mudanças hormonais, que afetam principalmente os níveis de insulina e testosterona.
Por isso, é comum o aparecimento de alguns sintomas, como:
Além disso, a SOP também causa resistência à insulina, o que aumenta as chances de desenvolvimento de diabetes.
O jejum intermitente é uma estratégia nutricional que planeja períodos de jejum e janelas de alimentação.
Assim, durante os períodos de jejum, que podem variar de pessoa para pessoa, o corpo é forçado a usar os próprios estoques de gordura para obter energia.
Isso gera algumas mudanças metabólicas, como:
Por isso, muitos especialistas vêm indicando o jejum intermitente para tratar obesidade, sobrepeso e problemas metabólicos, entre eles, a síndrome do ovário policístico.
Como vimos, o jejum intermitente é uma excelente opção para quem precisa perder peso e melhorar seus parâmetros metabólicos.
Por isso, esse plano alimentar vem sendo cada vez mais indicado para tratar a síndrome do ovário policístico, uma vez que a SOP tem como principal característica a desregulação do metabolismo, principalmente a liberação e a sensibilidade à insulina.
Outro ponto importante é que a redução de peso, que é um dos resultados mais expressivos do jejum intermitente, também contribui para a melhora das taxas hormonais.
No entanto, é essencial conversar com seu médico sobre a possibilidade de realizar o jejum intermitente, para que ele possa avaliar o seu caso e entender qual a abordagem alimentar mais adequada para você.
O tratamento da síndrome do ovário policístico inclui duas abordagens principais, com o objetivo de aliviar os sintomas, melhorar os níveis hormonais e impedir o aparecimento de complicações.
Assim, temos:
Essa é a principal abordagem de tratamento da síndrome, já que pode regularizar a liberação de hormônios e melhorar os sintomas, sem causar efeitos colaterais.
Essas mudanças são feitas com o objetivo de reduzir a quantidade de gordura corporal, os níveis de açúcar no sangue e as taxas de colesterol, além de melhorar a sensibilidade à insulina.
As principais mudanças são:
No entanto, é importante iniciar o acompanhamento com um nutricionista, que é o profissional que irá montar um plano alimentar adequado às suas questões de saúde e preferências.
São indicados para mulheres com sintomas intensos, ou que não conseguem uma melhora do quadro apenas com as mudanças de estilo de vida. São eles:
Mas é essencial ter em mente que os medicamentos não curam a síndrome do ovário policístico, e que a melhor forma de tratar o problema é através da realização de exercícios físicos e acompanhamento nutricional.
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