Jejum intermitente aumenta risco de diabetes tipo 2 em ratos, diz estudo

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O jejum intermitente é alvo de críticas de especialistas e agora um novo problema de saúde foi atribuído a ele. Segundo recente pesquisa, o método de alimentação pode aumentar o risco de desenvolver diabetes tipo 2.

Praticantes do jejum intermitente precisam ficar horas do dia sem se alimentar

O estudo, liderado por Ana Cláudia Munhoz Bonassa, pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), foi realizado em ratos. Os resultados mostraram que o jejum intermitente pode atacar diretamente o metabolismo, prejudicando a atividade normal do pâncreas e a produção de insulina.

Pesquisas anteriores já sugeriram que o jejum intermitente pode auxiliar positivamente a saúde do coração, mas também que o método aumenta o estresse oxidativo e a produção de radicais livres, acelerando o processo de envelhecimento e danificando o DNA.

Para descobrir se, de fato, o jejum intermitente gera radicais livres, Bonassa e seus colegas de pesquisa fizeram com que ratos adultos saudáveis seguissem essa forma de alimentação por um período de três meses. Foram monitorados os níveis de insulina dos roedores, seu peso corporal e níveis de radicais livres.

No fim da dieta, os ratos tinham perdido peso, como já era esperado. Entretanto, a distribuição de gordura corporal mudou inesperadamente: a quantidade de tecido adiposo no abdômen aumentou.

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Paciente diabético medindo a glicose
Estudo levantou alerta quanto à possível relação entre o jejum intermitente e a diabetes tipo 2, mas foi conduzido em ratos

A associação entre a gordura da barriga e diabetes tipo 2 tem sido feita em estudos recentes, com alguns deles sugerindo até mesmo um mecanismo molecular pelo qual o primeiro pode levar ao segundo.

Além disso, foram encontrados danos nas células pancreáticas secretoras de insulina, bem como níveis bem elevados de radicais livres e sinais de resistência à insulina, que é considerada um fator precursor da pré-diabetes e até mesmo da diabetes tipo 2.

Entretanto, como o estudo foi conduzido em animais, é necessário aguardar os resultados de pesquisas realizadas em seres humanos para confirmar qual é a relação entre o jejum intermitente e a diabetes tipo 2.

O jejum intermitente

O jejum intermitente envolve ficar longos períodos do dia, normalmente 8h, 10h ou 16h, sem ingerir alimentos, apenas água, chás (sem açúcar) ou café (também sem açúcar).

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Os alimentos consumidos no período permitido, assim como as quantidades, variam para cada um. É indispensável a orientação de um nutricionista. Saiba mais: Jejum Intermitente passo a passo – Como funciona e variações.

O jejum intermitente foi relacionado a vários problemas de saúde, como, por exemplo, a um risco 91% maior de morte por doença cardiovascular para quem segue este tipo de dieta. Pode ocorrer ainda desnutrição, desidratação, hipoglicemia (que causa náuseas, sudoreses e até desmaios), fraqueza muscular e dificuldades de concentração.

O jejum intermitente também pode aumentar a tendência a transtornos alimentares, como bulimia, anorexia e compulsão alimentar periódica. 

Este modelo de alimentação é proibido para crianças, idosos, gestantes e mulheres que estão amamentando, pacientes com diabetes tipo 1 e dependentes da insulina, pacientes com infecções ou sistema imunológico deficiente, pacientes anêmicos e pessoas em uso de medicação controlada.

Você já realizou o jejum intermitente? Sofreu alguma consequência negativa na sua saúde? Comente abaixo!

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