Insulina basal alta ou baixa – O que é, sintomas, exame e dicas

atualizado em

Muitas vezes, durante um check-up médico, alguns exames são solicitados, e nem sempre sabemos exatamente o que seus resultados significam, como no caso da insulina basal alta ou baixa demais.

A insulina é um hormônio muito importante para o funcionamento de nosso organismo, e alterações em seus níveis podem causar grande preocupação.

Por isso, a seguir vamos entender melhor o que é a insulina basal e o que causa o seu aumento ou diminuição, além de conhecer algumas dicas de como manter esse hormônio em níveis adequados.

O que é insulina?

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, que age diretamente nos níveis de açúcar no sangue. Ela funciona como uma “chave”, que permite a entrada da glicose nas células do organismo, onde ela será usada como fonte de energia.

exame de glicose

O que é insulina basal?

O nosso pâncreas libera a insulina de duas maneiras: 

  • Basal, que é feita de forma constante, para manter o metabolismo do açúcar funcionando corretamente;
  • Bolus, que acontece após as refeições ou quando ingerimos uma grande quantidade de carboidratos.

Assim, podemos dizer que os níveis de insulina em nosso sangue variam de acordo com a nossa ingestão de alimentos, e quando estamos em jejum, a insulina que está no sangue é apenas a basal, que pode ser medida em exames.

Exame de insulina basal

Através de um exame de sangue é possível entender como anda a produção de insulina pelo pâncreas.

Isso é importante porque o aumento do nível de insulina no sangue pode ser o reflexo de diversas condições de saúde, desde resistência até uma produção exagerada.

Mas apenas o resultado deste exame não é o suficiente para se fazer um diagnóstico, e por isso, o ideal é procurar um endocrinologista para entender a causa deste aumento.

Como é a coleta do sangue para fazer o teste basal de insulina?

Para a realização do exame, é necessário que o paciente esteja em jejum por 8 horas antes da coleta do sangue. Mas é importante que esse jejum não seja maior que 14 horas, para que o resultado seja confiável.

Outro pré-requisito para o exame é que a pessoa não tenha realizado atividade física no dia anterior. Então o sangue é colhido e encaminhado para o setor de análise.

Valores de referência

Os valores de normalidade vão variar de acordo com a idade da pessoa, uma vez que o metabolismo vai se modificando com o passar dos anos.

  • Entre 6 e 19 anos: 2,2 a 49,6 microUI/mL;
  • Entre 20 e 59 anos: 2,0 a 25 microUI/mL;
  • Acima de 60 anos: 6,0 a 35 microUI/mL. 

O que acontece se eu tiver insulina basal alta?

Os níveis anormalmente altos de insulina no organismo ocorrem quando o corpo produz mais desse hormônio do que seria normalmente necessário.

Isso ocorre por dois principais motivos:

  • Quando o pâncreas produz uma quantidade exagerada de insulina, sem que haja um aumento dos níveis de glicemia. Esse problema é comumente chamado de hiperinsulinemia e que pode ser causado por outros problemas de saúde, como o insulinoma e a esteatose hepática;
  • Ou quando as células do organismos não respondem adequadamente ao hormônio, e o pâncreas se vê obrigado a produzir e secretar mais. Esse problema é chamado de resistência à insulina.

Mas a causa mais comum é a resistência à insulina, que normalmente está ligada à síndrome metabólica, à obesidade e ao sobrepeso, e pode evoluir para a diabetes tipo 2.

açúcar na mão da mulher

Sintomas mais comuns da insulina basal alta

O aumento da insulina basal por si só não causa sintomas. Mas, devido ao fato de ela estar ligada a alguns problemas de saúde, podem ocorrer alguns sintomas, como:

Aumento da insulina causado pelo aumento da glicemia:

  • Vontade frequente de comer açúcar;
  • Ganho de peso;
  • Fome constante e excessiva;
  • Dificuldade para se concentrar;
  • Agitação;
  • Cansaço.

Aumento da insulina não relacionado ao aumento da glicemia:

  • Hipoglicemia, ou baixo nível de açúcar no sangue.

O que acontece se eu tiver insulina basal baixa?

Já a diminuição da quantidade de insulina no sangue pode estar ligada à redução da sua produção pelo pâncreas. Por isso, ela pode causar sintomas de hiperglicemia, que são:

  • Micção frequente;
  • Sede excessiva;
  • Visão embaçada;
  • Fadiga no corpo;
  • Dor de cabeça.

Geralmente, portadores de diabetes tipo 1 apresentam pouca ou nenhuma insulina no corpo, pois seu pâncreas pode não ser mais capaz de produzir esse hormônio.

Dicas alimentares que contribuem com a insulina basal

A seguir veremos algumas dicas alimentares que irão ajudar a melhorar o controle da glicemia e da insulina basal.

Mas é importante lembrar que essas dicas não substituem a orientação de um profissional especializado.

1. Carboidratos

Os carboidratos costumam ter um efeito direto sobre os níveis de açúcar no sangue, o que demanda a produção de insulina. Mas, apesar disso, eles não devem ser eliminados da dieta, pois são macronutrientes importantes para o funcionamento do organismo.

Então, o que se deve fazer é escolher fontes naturais de carboidratos, de preferência dos complexos, que são absorvidos de forma mais lenta.

2. Evite alimentos processados ​​e açúcares ocultos

Os alimentos processados, sobremesas açucaradas, cereais prontos, enlatados, refeições prontas congeladas, entre outros, devem ser evitados sempre que possível, pois são repletos de açúcares adicionados ou escondidos.

Por isso, é importante criar o hábito de ler os rótulos dos alimentos, para saber exatamente o que está consumindo. 

3. Escolha as gorduras e proteínas saudáveis

Limitar a gordura saturada e evitar as gorduras trans são outra maneira de prevenir algumas complicações da diabetes. 

Além disso, investir em proteínas magras também ajuda tanto a controlar o peso quanto a melhorar os níveis de açúcar e insulina no sangue.

4. Bebidas doces

As bebidas também costumam ter um efeito importante no nível de açúcar no sangue, uma vez que contém grandes quantidades de açúcar adicionado.

Então, evite o refrigerante, o suco de caixinha já pronto, as bebidas energéticas, o chá doce e outras bebidas açucaradas da sua dieta. E sempre que possível, escolha versões sem açúcar dessas bebidas.

Fontes e referências adicionais

Você já foi diagnosticado(a) com insulina basal alta ou baixa após um exame? Que sintomas teve? Comente abaixo!

Foi útil?
1 Estrela2 Estrelas3 Estrelas4 Estrelas5 Estrelas
Loading...
Sobre Marcela Gottschald

Marcela Gottschald é Farmacêutica Clinica - CRF-BA 8022. Graduada em farmácia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em 2013. Residência em Saúde mental pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB). Experiência em pediatria e nefrologia, com ênfase em unidade de terapia intensiva. Ela faz parte da equipe de redatores do MundoBoaForma.

Deixe um comentário

31 comentários em “Insulina basal alta ou baixa – O que é, sintomas, exame e dicas”

  1. Minha glicemia está em aproximadamente em 200 mg/ml. Não sinto fome excessiva ou sede. Sinto apenas muito cansaço mesmo sem qualquer esforço.

    Responder
  2. Olá! Bem,eu posso ter dito algumas coisa mas não disse exatamente tudo o que disse. Fui!!!!

    Responder
  3. Olá! Bem,fiz uso durante 5 anos de Corticoide; então, desde 2018 venho fazendo picos de glicosúria. Agora, em 2022, quando estou em acompanhamento nutricional ( depois de perder peso( anteriormente havia perdido mas recuperei) não estou conseguindo engordar e minha INSULINA deu 1,8. Eu sei que estou ficando diabética( acabei de tomar conhecimento de que a hemo glicada e a glicemia em jejum) não querem dizer nada. Quem manda na parada é a INSULINA. Obrigada pelas informações!

    Responder