Você já imaginou como seria a sua vida se você tivesse mais alguns centímetros de altura? Um tiktoker americano não apenas imaginou, como também colocou isso em prática.
O homem, identificado como Mr Broken Bonez (Senhor Ossos Quebrados, em tradução para o português) viralizou nas redes sociais ao compartilhar a sua jornada de cirurgias radicais feitas nos ossos das pernas e tratamentos para aumentar a altura.

Depois de seis meses, em maio de 2023, ele alcançou o seu objetivo: aumentar a sua altura de 1,65 m para 1,82 m, atingindo um crescimento de 17 cm. Por falar nisso, sabia que um estudo apontou que a alimentação pode influenciar a altura?
O americano, que passou por duas cirurgias para alongar o fêmur e a tíbia, contou ao LADbible que o procedimento envolve cortes nos ossos das pernas para a colocação de uma haste de metal dentro delas. Ele também admitiu que o processo é doloroso.
Mr Broken Bonez ainda detalhou que todos os dias, a chave da haste de metal fora da sua perna é girada, o que aciona a haste interna para que os ossos e músculos sejam alongados lentamente todos os dias.
Após chegar à altura desejada, o dispositivo de metal externo é retirado e a haste interna permanece intacta até que o osso volte a crescer, completou o tiktoker. Então, os cirurgiões a removem, disse o homem.
Além disso, conforme vídeos publicados nas redes sociais do americano, ele também faz sessões de fisioterapia e reforço muscular para se adaptar às mudanças do corpo.
O procedimento e seus riscos
O nome Broken Bonez não é à toa: o procedimento como o do tiktoker americano envolve quebrar o fêmur ou a tíbia e, com o auxílio de uma armação de metal, afastar gradativamente as duas metades do osso, forçando-o a cicatrizar mais longo do que era anteriormente.
Primeiramente, o paciente é submetido a uma cirurgia em que o médico faz um corte em um dos ossos da perna. Pode ser o fêmur ou a tíbia, mas isso geralmente ocorre no fêmur, pois ele possui maior capacidade de alongamento.
Além disso, o médico coloca um fixador, que pode ser externo, interno ou tanto externo quanto interno. Acionado diariamente pelo paciente, o fixador tem a função de separar os ossos lentamente e gerar o alongamento. A distância é de aproximadamente 1 mm por dia.
No entanto, esse processo só começa 15 dias depois da operação. O organismo produz novo tecido ósseo para preencher a lacuna crescente.
O processo dói, o período de recuperação é longo e o procedimento de alongamento ósseo envolve uma série de riscos.
Além dos perigos presentes em qualquer cirurgia, como infecção, as possíveis complicações incluem: embolia pulmonar, problemas de regeneração óssea, lesões vasculares, neurológicas e funcionais (limitação de mobilidade), deformação e diferença de comprimento entre as pernas.
O procedimento traz ainda mais risco para os pacientes obesos e com problemas de coagulação. Entretanto, a única contraindicação absoluta para realizar o procedimento para fins estéticos é o tabagismo.
Mas, não é só isso: a complexidade do procedimento e a demora na recuperação também fazem com que ele seja caro. Por exemplo, cada fixador custa aproximadamente R$ 40 mil. É preciso incluir ainda os gastos com equipe médica, internação, medicamentos e fisioterapia.
Estima-se que o valor inicial do procedimento seja R$ 100 mil, quantia que o paciente precisa pagar integralmente caso a finalidade seja estética. Os planos de saúde e o Sistema Único de Saúde (SUS) arcam somente com os custos de alongamentos ósseos para correção de deformidades. As informações são de O Globo.