Um estudo promovido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apontou quais dietas podem estar associadas a uma vida longa e saudável.

Os pesquisadores avaliaram quatro dietas mundialmente reconhecidas: Índice de Alimentação Saudável, Índice Alternativo de Alimentação Saudável, dieta mediterrânea e dieta vegana.
Entretanto, antes de mais nada, o estudo reforçou a importância de uma alimentação equilibrada, rica em grãos integrais, vegetais, frutas, legumes e nozes.
As dietas analisadas por Harvard
- Índice de Alimentação Saudável: O modelo prioriza alimentos saudáveis à base de plantas e frutos do mar, mas não encoraja o consumo de carne vermelha, açúcares e gorduras não saudáveis. O hábito alimentar reduz o risco de morte por qualquer causa em 19%.
- Índice Alternativo de Alimentação Saudável: Desenvolvido pela própria Universidade de Harvard, o método reduz o risco de morte em 20%. Essa dieta exige a ingestão diária de cinco porções de vegetais e quatro de frutas, além do consumo regular de peixes.
- Dieta Mediterrânea: Conhecida pelo seu alto consumo de frutas, vegetais, peixes, azeite de oliva, legumes, nozes e sementes, a dieta mostra redução de risco em 18%. O padrão alimentar está associado a benefícios para a saúde geral, especialmente a cardiovascular. Veja também: Especialistas elegeram dieta mediterrânea como a melhor para 2021
- Dieta vegana: O estilo alimentar que exclui qualquer produto com origem animal, o que inclui laticínios, ovos e produtos derivados, além da carne, apresenta uma redução de risco de aproximadamente 14%, ou seja, menor dentre as dietas estudadas. Mesmo assim, ainda se mostrou significativa para a prevenção de morte prematura.
A pesquisa, portanto, diz que as dietas ricas em vegetais são benéficas, mas uma abordagem restrita pode não ser eficaz comparada a uma alimentação que inclua, de maneira equilibrada, vegetais, carnes e produtos lácteos.
A diversificação dos alimentos pode ser o segredo para uma vida longa e saudável. “Esses padrões dietéticos são projetados para fornecer orientações dietéticas fundamentadas cientificamente que promovam a saúde e reduzam o risco de doenças crônicas”, explicou Frank Hu, nutricionista e autor correspondente do estudo.
Como o estudo foi conduzido
Mais de 100.000 homens e mulheres participaram da pesquisa, monitorados por um período de 36 anos. Por meio de questionários dietéticos preenchidos a cada dois/quatro anos, os pesquisadores avaliaram a adesão dos participantes a padrões alimentares saudáveis.
O estudo fez ajustes em variáveis como histórico familiar, tabagismo e consumo de álcool e, por fim, foi estabelecida uma correlação entre as dietas e o risco de morte por todas as causas.