Dores, desconforto e o aparecimento de inchaço nas áreas afetadas podem ser alguns sintomas de fratura por estresse. Descubra a seguir o que é, suas causas, seus efeitos e como evitar sofrer esse tipo de fratura.
A fratura por estresse representa 10% de todas as fraturas esportivas, conforme informou a mestra em ortopedia e traumatologia, Ana Paula Simões.
Entre os grupos que possuem mais chances de sofrer com este problema estão os militares e pessoas que submetem-se a altas cargas de treinamento, como corredores, bailarinos e atletas que praticam saltos, como jogadores de vôlei e basquete.
Mas antes mesmo de começarmos a falar desse mal, seria interessante que você conhecesse alguns alimentos primordiais para a o fortalecimento dos ossos. Você aprenderá que alguns laticínios, principalmente o leite, não fornecem a quantidade ideal de cálcio para o fortalecimento dos ossos e isso pode ser um problema.
Outros alimentos primordiais para a sua saúde também são riquíssimos em cálcio., como os 18 alimentos ricos em cálcio. Você perceberá que comidas triviais como o ovo, aveia, couve e até sardinha podem te ajudar a manter as quantidades ideais de ingestão diária de cálcio.
O que é fratura por estresse?
De acordo com o fisioterapeuta Evaldo Bosio, trata-se de um desgaste dos ossos que acontece por conta da sobrecarga e de exercícios repetitivos de grande intensidade, que exigem bastante esforço do corpo.
O que ocorre é que o tecido ósseo tem a sua resistência máxima ultrapassada. Os ossos são submetidos a uma carga de trabalho muito alta, sem ter tempo para repouso. Além disso, nesses casos não há a chamada progressão da atividade, em que o corpo é trabalhado de maneira crescente, com a mudança do nível de esforço físico aos poucos.
O resultado disso é o desenvolvimento de uma fratura nas partes internas dos ossos. Se a fratura por estresse não for diagnosticada e tratada, ela pode evoluir para uma fratura completa.
Isso porque os ossos adaptam-se gradualmente ao aumento de carga de trabalho por meio de um processo natural chamado de remodelação. Durante este processo, o tecido ósseo é destruído para ser, então, reconstruído.
Quando os ossos são submetidos a uma força à qual não estão habituados sem que haja tempo suficiente para que as células que foram destruídas sejam reconstruídas, eles ficam mais propensos a sofrerem com a fratura por estresse.
Causas
A origem do problema pode estar associada a diversos fatores. Eles estão divididos em dois grupos extrínsecos (exterior) e intrínsecos (interior). Os extrínsecos referem-se ao tipo de treino, ao ritmo de treinamento, aos calçados e equipamentos esportivos utilizados, ao local de treinamento e à temperatura do ambiente onde as atividades são praticadas.
Os fatores intrínsecos estão relacionados à idade, ao sexo, à raça, à densidade e estrutura óssea, ao equilíbrio hormonal, menstrual, metabólico e nutricional, ao ritmo de sono e a doenças associadas aos colágeno.
De acordo com informações do Mayo Clinic, organização sem fins lucrativos da área de serviços médicos e pesquisas médico-hospitalares dos Estados Unidos, as fraturas por estresse também podem ser desenvolvidas pelo uso normal dos ossos que se encontram enfraquecidos em decorrência de condições como a osteoporose.
Os ossos afetados pela fratura por estresse
A condição pode atingir todos os tipos de ossos, entretanto, os mais atingidos são aqueles que suportam o peso corporal, com destaque para os membros inferiores.
A mestra em ortopedia e traumatologia, Ana Paula Simões, relatou que pesquisas realizadas com corredores indicaram que os ossos que mais sofrem com o problema são: a tíbia, os metatarsos, a fíbula, o fêmur e o navicular.
Sintomas da fratura por estresse
A condição apresenta os seguintes sintomas:
- Dor que piora com o tempo e aumenta com a atividade física e diminui mediante repouso;
- Aparecimento de inchaço ao redor da área atingida após esforço;
- Dor forte quando o local atingido é apalpado;
- Queda de desempenho no treinamento.
Ao experimentar esses sintomas, principalmente caso a dor já tenha se tornado severa e continue mesmo nos momentos de repouso, é fundamental buscar auxílio médico o mais depressa que conseguir.
O diagnóstico pode ser determinado por meio de exames físicos, histórico médico, exames de raio-X, escaneamento ósseo e exames de imagem por ressonância magnética.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar os riscos de que fratura por estresse seja desenvolvida. São eles:
- A participação em atividades como atletismo, basquete, ginástica, tênis ou dança;
- O aumento abrupto da intensidade na prática de atividades físicas. Por exemplo: quando a pessoa sai de um estilo de vida sedentária direto para um treino regular com intensidade elevada;
- Mulheres que sofrem com ciclos menstruais ausentes ou anormais;
- Pessoas que possuem problemas no pé como pés chatos e arco rígido;
- A utilização de calçados desgastados;
- Ter ossos enfraquecidos;
- O fato de já ter sofrido uma ou mais vezes com a fratura por estresse;
- Distúrbios alimentares;
- Deficiência de nutrientes como vitamina D e cálcio.
É muito importante também que você saiba onde encontrar vitamina D. O sol, a alimentação e até mesmo a suplementação pode te ajudar na ingestão dessa vitamina tão importante para o seu corpo. Você aprenderá quais os melhores horários para tomar sol, quais os melhores peixes e carnes da sua dieta voltada para a absorção dessa vitamina e muitas outras coisas.
Tratamento para a fratura por estresse
Depois de diagnosticado e classificado o seu risco é que o médico poderá dar início ao tratamento. Para as fraturas de baixo risco, a imobilização não costuma ser necessária, porém, pode ser utilizada durante um curto período.
Além disso, há a interrupção das atividades de impacto. No entanto, exercícios na água e atividade de alongamento e fortalecimento são permitidas com o objetivo de manter a condição muscular e cardiorrespiratória do paciente.
Dependendo do caso, o médico ainda pode recomendar a utilização de muletas para proteger as fraturas. Nos casos em que a dor causada pela fratura incapacita o paciente, o médico também pode indicar o uso de analgésicos e anti-inflamatórios durante períodos curtos de tempo.
Já nas fraturas de alto risco, o tratamento costuma ser mais rigoroso. O paciente tem a área que foi afetada imobilizada e precisa fazer repouso absoluto conforme as orientações do médico que acompanha o caso.
Se, ainda assim, não houver boa evolução, o médico provavelmente indicará a realização de um procedimento cirúrgico.
O tratamento deve ser seguido adequada e exatamente como recomendado pelo médico. Quando a fratura por estresse não é curada adequadamente, as dores crônicas podem surgir como consequência.
Além disso, é importante que o tratamento leve em conta e enfrente as causas subjacentes. Caso contrário, a pessoa terá maiores riscos de sofrer outra fratura por estresse.
Não deixe de conferir também essa lista de alimentos anti-inflamatórios que podem te ajudar no tratamento das fraturas. Peixes gordos, grãos integrais e folhas verdes escuras são apenas alguns exemplos poderosos. Vale a pena dar uma olhada.
Ola estou com fratura de stress no colo da tibia proximal prato externo sem desvio.contusao medular ossea..e o medico so aconselhou descarga do joelho.gostava de saber se e grave se nao e.se posso caminhar por casa …nada me disse e estou desejoso de saber mais.