Forma Mais Comum de Cozinhar o Arroz pode Trazer Riscos à Saúde

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A maneira que você cozinha o seu arroz diariamente pode estar colocando a sua vida e as das pessoas que consumirem o seu arroz em risco. Isso segundo Andy Meharg, professor da Universidade de Queens, no Reino Unido, que revelou que o arroz pode liberar uma substância chamada arsênico quando é utilizado um método comum de cozimento.

Se você utiliza a proporção de duas partes de água para uma de arroz e ferve o alimento até que todo o líquido evapore, saiba que está dentro do grande número de pessoas que utiliza tal método que pode estar trazendo riscos à saúde. Isso porque após realizar esse processo, Meharg descobriu vestígios de arsênico no arroz, um elemento químico associado a uma série de doenças, como câncer e diabetes.

O arsênico é encontrado naturalmente no solo. Por isso, pequenas quantidades desse composto podem infectar um alimento. Normalmente, os níveis tóxicos são tão baixos que não causam preocupação às autoridades, mas no caso do arroz, a história parece ser diferente.

Isso ocorre pois o cultivo grão é feito em plantações inundadas, o que torna mais fácil a penetração do arsênico nos grãos. Para nível de comparação, o arroz tem cerca de 10 a 20 vezes mais arsênico do que outras culturas de cereais.

O que preocupa Meharg não é a quantidade de arroz que um adulto come, mas quantas porções do grão crianças ou bebês ingerem. “Sabemos que os baixos níveis de arsênico podem impactar o desenvolvimento imunológico, o crescimento e o desenvolvimento do QI.”

Em 2014, a FDA (Food and Drug Administration) apresentou uma pesquisa que revelou que os níveis de arsênico em mais de 1.300 amostras de arroz não oferecem risco imediato ou a curto prazo para a saúde. Contudo, o órgão disse que continuaria a investigar se o consumo do grão poderia causar doenças crônicas.

Alternativas

No programa, o professor também apresentou duas outras maneiras de cozinhar o alimento para ficar parcialmente livre do arsênico.

  1. Usar uma proporção de cinco partes de água para uma parte de arroz e ainda tirar o excesso de água. Com isso, os níveis do produto tóxico foram reduzidos quase pela metade.
  2.  Deixar o arroz de molho durante a noite e depois drenar a água. Assim, o grau da substância é reduzido em 80%.

Ou seja, apesar de a pesquisa ser importante para que mais estudos sejam feitos sobre o assunto, isso não significa que você precisa parar de comer arroz. Apenas tome cuidado com o excesso do consumo na forma de preparo mais convencional do grão.

Você tem o costume de preparar o seu arroz desta forma convencional citada acima? Pretende mudar o modo de preparo para se livrar desta substância que pode trazer riscos? Comente abaixo!

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Sobre Dra. Patricia Leite

Dra. Patricia é Nutricionista - CRN-RJ 0510146-5. Ela é uma das mais conceituadas profissionais do país, sendo uma referência profissional em sua área e autora de artigos e vídeos de grande sucesso e reconhecimento. Tem pós-graduação em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é especialista em Nutrição Esportiva pela Universidad Miguel de Cervantes (España) e é também membro da International Society of Sports Nutrition.

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