O nutricionista e fisiculturista Rodrigo Góes, 37 anos, é um dos famosos adeptos do jejum. O atleta também se dedica à musculação e costuma mostrar sua rotina fitness aos milhões de seguidores nas redes sociais.
O influenciador digital ficou famosos após falar abertamente sobre o combate no uso de esteroides anabolizantes entre jovens. Atualmente, o atleta tem apenas 13% de gordura corporal.
Quando ainda era adolescente, aos 17 anos, Goés fez um intercâmbio para os Estados Unidos e integrou um time de luta greco-romana. Neste período, decidiu iniciar a musculação.
“Eu era muito fraquinho. Estava perdendo as lutas não por falta de técnica, mas por força. Aí decidi a começar a fazer a academia e me interessei muito pelo fisiculturismo”, contou à revista GQ.
Ele passou mais três anos treinando até sua primeira competição, em 2010. Aos 30, no entanto, se rendeu ao uso de anabolizantes.
“Para todo participante de musculação, ligado na estética, uma hora o esteroide anabolizante bate na porta. Você quer experimentar”, avaliou.
A experiência, entretanto, não foi aprovada: “Eu decidi procurar um médico para fazer um acompanhamento com ele. Mas eu não me sentia um atleta. É até pesado falar, mas eu me sentia como se estivesse me drogando”.
O nutricionista sofreu com os efeitos colaterais, como sensação de calor, calvície e alterações nos exames. Portanto, sua experiência com os anabolizantes acabou sendo breve.
Rodrigo Góes ainda compete, mas na categoria natural. “Minha missão é conscientizar a nova geração para ficar longe disso, porque também vicia. A sua força aumenta, seu físico muda muito rápido. O fator psicológico é muito afetado, e é muito difícil parar”, garantiu.
O fisiculturista pratica musculação entre quatro e cinco vezes na semana. Quando necessário, opta pela corrida.
“Cardio eu não estou fazendo, prefiro usá-lo mais como uma ferramenta. Por exemplo, se eu estou estagnado, ou não estou secando, ao invés de diminuir a comida, prefiro correr”, ressaltou.
Seus treinos são montados por sua esposa e personal trainer, Barbara Maltez, e são divididos assim: costas e bíceps, peito e tríceps, um dia só para ombro; pernas, quadríceps e glúteos, para finalizar.
“Quero ter qualidade vida, poder respirar um pouco após o trabalho, tirar o estresse, e claro que quero ficar com o físico maravilhoso. A gente pensa sempre em estética, mas o mais importante é a saúde”, decretou.
Góes sempre se interessou pela nutrição, por sofrer com dietas restritivas no passado. “Cada coach falava uma coisa, que não podia isso, não podia aquilo, condenavam o sal… Fiz nutrição para descobrir a verdade por trás das falácias, mitos e poder comer melhor”, justificou.
Rodrigo costuma montar os próprios planos alimentares e faz três refeições por dia: almoço, lanche e jantar. O nutricionista é adepto ao jejum, iniciando o dia apenas com uma xícara de café preto.
“O número de refeições vai de pessoa para pessoa, você não precisa comer de três em três horas, e nem precisa fazer jejum, cada dieta tem que ser personalizada”, explica.
“Mas, para mim, o jejum funciona bem. Eu treino em jejum, mas garanto que na noite anterior, a minha refeição seja completa em quantidade de carboidrato, proteína e gordura”, salientou.
O atleta costuma comer o mesmo no almoço e no jantar: arroz, feijão (apenas durante o dia), salada e uma proteína grelhada. Já nos lanches, ele gosta de comer sanduíches naturais, focando na quantidade de proteína.
Rodrigo Góes foge de dietas restritivas e condena o terrorismo alimentar. O nutricionista até se permite comer “besteiras”, às vezes.
“Durante a semana, nossa alimentação é rica em fibras, vitaminas minerais, bastante fruta, salada… Mas não abro mão de um hambúrguer, de comer uma pizza ou um doce com as minhas filhas. A vida é equilíbrio, então a gente cria nossa família assim, com flexibilidade, mas sempre focado em qualidade nutricional, e é claro, atividade física”, concluiu.
Deixe um comentário