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Fernanda Machado relata sintomas da TPM mesmo sem útero e inicia debate sobre transtorno hormonal

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Equipe MundoBoaForma

Fernanda Machado, 44 anos, compartilhou uma experiência que acabou gerando um debate nas redes sociais: a atriz contou que continua sentindo os sintomas do ciclo menstrual, como irritabilidade, dor de cabeça e inchaço, mesmo após a retirada do útero.

A artista postou um vídeo em seu perfil do Instagram: “Ainda tenho meus ciclos menstruais, e, por isso, ainda sofro de endometriose e de transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM). Sim, eu ainda sofro de endometriose, mesmo sem útero”.

A cirurgia de retirada do útero aconteceu após a segunda gestação de Fernanda. A atriz teve uma complicação grave durante o parto e, por recomendação médica, passou por uma histerectomia subtotal – ou seja, o útero foi removido, mas os ovários e o colo do útero foram preservados.

A menstruação envolve o sangramento do endométrio, tecido que reveste o interior do útero. No entanto, em casos como o de Fernanda Machado, é possível que os sintomas do ciclo ainda possam persistir. Isso porque os ovários continuam ativos e produzindo hormônios como o estrogênio e a progesterona, responsáveis pelo comando das fases do ciclo menstrual. A única coisa que muda com a histerectomia é que a paciente deixa de sangrar.

Fernanda Machado também mencionou a endometriose, condição que faz com que o tecido semelhante ao endométrio cresça fora do útero, como nos ovários, trompas ou bexiga. O tecido continua respondendo aos hormônios do ciclo, causando dor, inflamações e outros sintomas recorrentes, mesmo após a histerectomia.

Efeitos do TDPM

Por outro lado, o desabafo feito por Fernanda Machado acendeu um alerta a respeito do Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM), forma grave da Tensão Pré-Menstrual (TPM) que afeta cerca de 3% a 8% das mulheres em idade fértil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“O TDPM vai muito além da TPM. Trata-se de um transtorno cíclico e severo, com sintomas emocionais intensos, como ansiedade, depressão, irritabilidade extrema e até pensamentos negativos, que aparecem na fase lútea do ciclo menstrual, ou seja, na segunda metade do ciclo, após a ovulação”, explica a ginecologista e endocrinologista Maira Campos à revista Quem.

Como dito pela própria atriz, o transtorno pode afetar a rotina pessoal, profissional e social da mulher. “TDPM é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual, que é muito mais grave e debilitante do que a famosa TPM. Hoje também é chamada de síndrome pré-menstrual. […] TDPM é coisa séria”, declarou Machado, em um post feito recentemente.

“Quando descobri que sofria desse transtorno, foi um mix de emoções. Mas, sem dúvida nenhuma, o diagnóstico me trouxe um certo alívio por eu finalmente entender o que estava acontecendo no meu cérebro. E desde então comecei uma jornada de estudos intensa que tem me ensinado muito. Eu me matriculei em um curso de saúde hormonal feminina aqui nos Estados Unidos, que estou prestes a finalizar, e decidi que traria luz e atenção para esse transtorno tão sério, que se fala tão pouco e destrói a vida de milhares de mulheres”, acrescentou a atriz, por fim.

Este distúrbio costuma ocorrer uma a duas semanas antes da menstruação e melhora após o início do período. O TDPM leva a alterações de humor muito intensas, irritabilidade, extrema, assim como sintomas ansiosos e depressivos. Diferente da TPM, os sintomas aparecem de forma extrema.

Para os casos um pouco mais leves, a prática de atividades físicas, mudanças no estilo de vida e suporte nutricional podem ajudar. Nos quadros mais intensos, o tratamento pode envolver antidepressivos específicos, anticoncepcionais hormonais e até mesmo a supressão do ciclo ovulatório com medicamentos.

“O mais importante é que a mulher não se sinta sozinha ou pense que está exagerando. O TDPM é real, tem tratamento e deve ser levado a sério. A qualidade de vida melhora muito quando o diagnóstico é feito corretamente e a paciente recebe o cuidado adequado”, destacou a ginecologista.

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