Estudo reforça ligação entre gordura abdominal e hipertensão; entenda

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O acúmulo de gordura na região abdominal está diretamente ligado às alterações metabólicas relacionadas ao aumento do risco cardiovascular.

Um estudo feito por pesquisadores da China publicado no periódico científico Nutrition Journal avaliou dados de mais de 47 mil indivíduos. Ao todo, foram três grandes estudos: o China Health and Nutrition Survey (CHNS), o China Health and Retirement Longitudinal Study (CHARLS) e o National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES).

Os trabalhos monitoram o estado nutricional e outros aspectos do estilo de vida das populações da China e dos Estados Unidos. Foram selecionados 9.445 voluntários para serem acompanhados durante quase quatro anos.

Dentre outros aspectos clínicos, os cientistas avaliavam as medidas do abdômen e da pressão arterial. Foi observado que, quanto maior a circunferência da barriga, mais alta a incidência de hipertensão.

Diferente do Índice de Massa Corporal (IMC),amedida da circunferência abdominalajuda a apontara distribuição de gordura. “Embora o IMC ainda colabore para a classificação da obesidade,cada vez mais a ciência mostras que são necessários outros critérios”, salienta a endocrinologista Cláudia Schmidt, do Hospital Israelita Albert Einstein, ao site Metrópoles.

Um artigo publicado no periódico The Lancet Diabetes & Endocrinology indica que esse índice seja usado apenas como uma medida substituta do risco à saúde em nível populacional, para estudos epidemiológicos ou triagem, ao invés de uma medida individual de saúde.

“O excesso de adiposidade deveria ser confirmado por meio da medição direta da gordura corporal, quando disponível, ou por ao menos um critério antropométrico (como circunferência da cintura, relação cintura-quadril ou relação cintura-altura), além do IMC, utilizando métodos validados e pontos de corte apropriados para idade, sexo e etnia”, apontaram os autores.

O acúmulo excessivo degordura na região abdominal é considerado um tecido endócrino,ou seja, que produz diversas substâncias, inclusive algumas pró-inflamatórias. “Ao disparar pequenas e constantes inflamações, pode haver alterações na função endotelial”, explica Schimidt, referindo-se ao revestimento celular envolvido na dilatação eno relaxamento das artérias. Assim, a pressão tende a se elevar.

Alguns dos problmas associados são: diabetes,esteatose hepática (popularmente conhecida como gordura no fígado), aumento dos níveis de colesterol e triglicérides. Ainda existem indícios de maior risco de Alzheimer.

“A gordura visceral é diferente dasubcutânea, aquela que se concentra nos quadris e nos braços e que costuma trazer menos prejuízos à saúde”, pontua a profissional.

Existem várias formas de evitar o acúmulo de gordura, como manter-se ativo com a prática de exercícios; priorizar o consumo de alimentos saudáveis, como vegetais, frutas e verduras; consumir carboidrato com equilíbrio; evitar ultraprocessados; reduzir gorduras saturadas e trans; e ter um sono de qualidade.

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