Erva-de-São-João: Para que serve, benefícios e efeitos colaterais

A Erva-de-São-João (hypericum perforatum) é uma planta nativa da Europa, mas que pode ser encontrada em várias partes do mundo, geralmente em beiras de estrada, campos e matas. Possui flores amarelas, que são usadas junto com as suas folhas para fazer medicamentos.

O uso dessa planta como medicamento data dos gregos antigos, quando Hipócrates registrou o seu uso medicinal.

Para que serve

Um dos usos mais comuns da Erva-de-São-João é no tratamento da depressão, ansiedade, cansaço, perda de apetite e problemas para dormir.

Também é muito usada como anti-inflamatório para tratar espasmos musculares, cãibras e a tensão que resulta da dor muscular. Além disso, pode diminuir palpitações, mau humor, sintomas da menopausa e do transtorno de déficit de atenção (TDA).

Outros usos incluem o combate a exaustão, ajuda para parar de fumar, tratamento de fibromialgia, fadiga crônica, enxaqueca, dores de cabeça, musculares e nos nervos.

Benefícios da Erva-de-São-João

1. Depressão

Estudos sugerem que a Erva-de-São-João é eficaz no tratamento de curto prazo de depressão leve a moderada.

Ainda, comprovou-se que ela melhora o humor e diminui a ansiedade e insônia relacionadas ao quadro depressivo. Por isso, algumas diretrizes sugerem a Erva-de-São-João como opção de tratamento conjunto com os medicamentos.

Entretanto, a Erva-de-São-João não é eficaz na depressão severa. Embora alguns especialistas considerem os estudos inadequados, até que surjam novas evidências, a Erva-de-São-João não deve substituir os tratamentos convencionais.

2. Problemas de pele

O óleo da Erva-de-São-João é um remédio popular para ferimentos de pele, dores nos nervos, queimaduras e hemorroidas. Isso acontece porque alguns componentes da planta possuem ação anti-inflamatória, antibacteriana e ajudam a aliviar irritações e melhorar a cicatrização.

3. Tabagismo

A Erva-de-São-João pode diminuir os sintomas causados pela retirada da nicotina. Além disso, ajuda a controlar a ansiedade. Por isso, pode fazer com que deixar o cigarro seja mais fácil.

Por outro lado, as taxas de pessoas que voltam a fumar depois de parar com a ajuda da Erva-de-São-João são as mesmas de pessoas que não usam nenhum suplemento.

4. Perda de peso

A Erva-de-São-João tem potencial no auxílio da perda de peso. Como diminui a ansiedade, pode ajudar pessoas que comem quando se sentem estressadas ou ansiosas. Entretanto, pode interagir com outros medicamentos e causar efeitos indesejados.

Assim, o uso não é recomendado sem indicação ou conhecimento do médico, por qualquer razão que seja.

Outros benefícios

O uso da Erva-de-São-João como ajuda no tratamento de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), tensão pré-menstrual (TPM), depressão sazonal, enxaqueca, dor nos nervos, fibromialgia, fadiga crônica, câncer, gastrite, tétano, e outras doenças também vem sendo estudado. No entanto, as evidências de eficácia ainda são poucas.

Efeitos colaterais da Erva-de-São-João

A Erva-de-São-João é segura se tomada pela via oral por pouco tempo. Todavia, seu uso em doses grandes pode causar problemas para dormir, sonhos vívidos, inquietação, ansiedade, irritabilidade, irritação estomacal, fadiga, boca seca, tontura, dor de cabeça, maior sensibilidade ao sol, irritação na pele, diarreia e formigamento.

Uso na gravidez e amamentação

Há sinais de que a erva causa má formação fetal em ratos. Não se sabe o efeito em humanos, mas é melhor evitar o uso.

No caso da amamentação, a Erva-de-São-João pode causar cólicas, sonolência e apatia no bebê. Portanto, mulheres grávidas ou em amamentação não devem utilizá-la.

Outros casos não indicados

Além disso, a Erva-de-São-João pode causar infertilidade. Desta forma, quem está tentando engravidar ou já tem problemas de fertilidade não deve tomá-la.

Pessoas com esquizofrenia e Mal de Alzheimer também não podem usar a Erva-de-São-João. Por fim, o uso não é indicado para pacientes em quimioterapia ou que vão fazer cirurgia.

Interações medicamentosas

A Erva-de-São-João interage com medicamentos para ansiedade, aqueles que aumentam a sensibilidade da pele ao sol, os que aumentam a quantidade de serotonina no cérebro, anticoncepcionais com estrogênio, medicamente para HIV/AIDS, analgésicos, sedativos, ou qualquer um metabolizado pelo fígado, entre muitos outros.

Consulte seu médico antes de começar a tomar a Erva-de-São-João para ter certeza de que seu uso é seguro.

Como tomar Erva-de-São-João

Tome o extrato de Erva-de-São-João de forma oral. A dose não deve passar de 200 a 300 mg por dia.

Entretanto, lembre-se que a segurança a longo prazo não foi comprovada, portanto não se deve tomar o extrato por muito tempo.

Além disso, quando for parar o uso, diminua a dose em etapas. Parar de uma vez pode causar efeitos indesejados.

Fontes e referências adicionais

• Jornal da USP – Entenda quais são as propriedades medicinais da erva-de-são-joão.

Você já conhecia o extrato de Erva-de-São-João? Conhece relatos de casos em que essa suplementação funcionou? Comente abaixo!