A erisipela é uma infecção bacteriana que causa queimação na pele e outros sintomas. Veja então o que é, os sintomas, as causas e o tratamento dessa infecção.
Apesar de não ser uma doença da pele muito comum, a erisipela pode causar complicações quando não é tratada com antibióticos.
Para diferenciar a erisipela de outros problemas na pele – como a herpes zoster ou o cobreiro, por exemplo – vale lembrar que a infecção é mais comum nas pernas ou nos braços.
Além disso, por ser uma infecção, é comum que os primeiros sintomas da erisipela sejam calafrios ou febre. Aproveite e confira também o que pode ser um calafrio.
O que é erisipela
Erisipela é o nome de uma infecção muito séria na pele. A infecção afeta a camada mais externa da pele e também os gânglios linfáticos locais.
Essa infecção bacteriana costuma aparecer em pessoas que têm algum corte na pele ou que têm uma inflamação no tecido gorduroso abaixo da pele.
Além disso, os diabéticos são os mais propensos a desenvolver esse tipo de infecção – já que a diabetes dificulta a cicatrização de feridas e aumenta o risco de infecção generalizada.
Sintomas
O primeiro sintoma da erisipela é uma lesão na pele que é sensível e quente ao toque. Além disso, é possível observar outros sintomas como:
- Inchaço nos linfonodos;
- Febre;
- Mal-estar geral;
- Perda de apetite;
- Dores musculares;
- Escurecimento local da pele;
- Formação de bolhas;
- Manchas escuras na pele;
- Vômitos;
- Queimação na pele;
- Pele quente e avermelhada.
Embora seja mais comum nas pernas ou nos braços, as feridas características da erisipela também podem aparecer nas mãos, nos pés ou no rosto.
Outro ponto importante a saber é que a erisipela não é uma doença contagiosa. Assim, você não precisa se isolar e nem evitar o contato com pessoas que estão com a infecção.
Causas
Geralmente, a infecção se desenvolve por conta de uma ferida anterior – como um machucado ou uma incisão cirúrgica, por exemplo.
De fato, qualquer fissura na pele pode favorecer a entrada de bactérias que causam a erisipela. Por isso, os fatores de risco para o surgimento de erisipela incluem:
- Eczema na pele;
- Psoríase;
- Doença autoimune;
- Úlceras na pele;
- Escoriações na pele;
- Queimaduras;
- Picadas de insetos;
- Infecções fúngicas como as micoses;
- Diabetes.
Em 80% dos casos, a bactéria responsável pela erisipela é do tipo Streptococcus, mas em alguns a Staphylococcus também causa essa infecção.
Tratamento da erisipela
O tratamento é normalmente feito com um antibiótico da classe das penicilinas. O antibiótico oral é suficiente para a maioria das infecções, mas se a infecção for grave ou se espalhar, pode ser necessária a administração intravenosa de antibióticos.
A saber, entre os remédios mais indicados para o tratamento da erisipela estão:
- Penicilina;
- Amoxicilina;
- Eritromicina;
- Azitromicina;
- Ciprofloxacino.
Também é possível combinar o antibiótico com um anti-inflamatório para ajudar a lidar com a dor e o inchaço.
Os diabéticos têm maior risco de infecção e, por isso, devem buscar atendimento médico imediatamente após observar uma ferida na pele.
Além do tratamento medicamentoso, você pode usar algumas estratégias extras para reduzir o desconforto, como por exemplo:
- Repousar;
- Elevar o membro infeccionado;
- Usar meias de compressão;
- Aplicar compressas frias.
Apesar de ser séria, a erisipela é relativamente fácil de tratar – desde que você procure rapidamente um médico ao notar os primeiros sintomas.
Por fim, a erisipela pode surgir novamente mesmo depois de seguir o tratamento completo. Dessa maneira, cuide bem da sua pele para reduzir as chances de fissuras que possam servir de portas de entrada para bactérias.
Fontes e referências adicionais
- Assessment of Antibiotic Treatment of Cellulitis and Erysipelas: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Dermatol. 2019;155(9):1033–1040
- Erysipelas. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021
- Erysipelas: a clinical study of 35 pacients hospitalized at the São Paulo Central Hospital of Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, An. Bras. Dermatol. 79 (3), 2004
- Clinical and epidemiological assessment of patients hospitalized for primary and recurrent erysipelas. Przegl Epidemiol. 2016;70(4):575-584
- Erysipelas, a large retrospective study of aetiology and clinical presentation, 2015, BMC Infect Dis 15, 402
- Erysipelas in breast cancer patients after the radical mastectomy, Central European Journal of Medicine, 7(2), 2012, 149-153
- Impetigo, Erysipelas and Cellulitis. In: Streptococcus pyogenes : Basic Biology to Clinical Manifestations [Internet]. Oklahoma City (OK): University of Oklahoma Health Sciences Center; 2016
- MedlinePlus – Erysipelas
- NORD: National Organization for Rare Disorders – Erysipelas
- DermNet NZ – Erysipelas
Fontes e referências adicionais
- Assessment of Antibiotic Treatment of Cellulitis and Erysipelas: A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA Dermatol. 2019;155(9):1033–1040
- Erysipelas. In: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2021
- Erysipelas: a clinical study of 35 pacients hospitalized at the São Paulo Central Hospital of Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, An. Bras. Dermatol. 79 (3), 2004
- Clinical and epidemiological assessment of patients hospitalized for primary and recurrent erysipelas. Przegl Epidemiol. 2016;70(4):575-584
- Erysipelas, a large retrospective study of aetiology and clinical presentation, 2015, BMC Infect Dis 15, 402
- Erysipelas in breast cancer patients after the radical mastectomy, Central European Journal of Medicine, 7(2), 2012, 149-153
- Impetigo, Erysipelas and Cellulitis. In: Streptococcus pyogenes : Basic Biology to Clinical Manifestations [Internet]. Oklahoma City (OK): University of Oklahoma Health Sciences Center; 2016
- MedlinePlus – Erysipelas
- NORD: National Organization for Rare Disorders – Erysipelas
- DermNet NZ – Erysipelas