Uma suplementação diária de vitamina D poderia ter impedido mais de três milhões de pessoas por ano de terem ficado doentes com um resfriado ou algo similar, segundo um estudo do NHS.
Os cientistas afirmam que é “inegável” que todos devem se fortalecer com a vitamina do “sol” depois que uma pesquisa mostrou que isso poderia reduzir pela metade o risco de doenças respiratórias.
Até agora, as campanhas do Governo que pedem maior consumo de vitamina D têm focado no benefício para a saúde dos ossos das pessoas. Mas segundo o que está sendo tratado como um “grande passo à frente”, a nova pesquisa agora mostra que a vitamina D também desempenha um papel significativo na prevenção de doenças corriqueiras.
Publicado no British Medical Journal, o estudo explica como os pesquisadores examinaram dados de quase 11.000 participantes de todo o mundo em relação ao efeito da vitamina D sobre doenças respiratórias agudas, que podem incluir dor de ouvido, bronquite, pneumonia e resfriado comum.
O grupo de infecções é responsável por cerca de 300.000 internações hospitalares a cada ano.
A análise mostrou que suplementos regulares resultaram em uma redução de 12% no número de pessoas que sofrem de uma infecção aguda do trato respiratório. Enquanto isso, para pessoas com os níveis mais baixos da vitamina D, eles cortaram seu risco em 50%.
O professor Adrian Martineau, que liderou o estudo na Universidade Queen Mary de Londres, disse: “Esta pesquisa colaborativa forneceu a primeira evidência definitiva de que a vitamina D realmente protege contra infecções respiratórias”.
O motivo pelo qual a vitamina D parece proteger contra infecções respiratórias por aumentando os níveis de peptídeos antimicrobianos – substâncias naturais como antibióticos – nos pulmões.
Por muitos anos, os cientistas vêm tentando estabelecer uma ligação entre as infecções respiratórias e vitamina D, considerando que estas doenças são mais comuns no inverno, quando os níveis da vitamina são mais baixos devido à luz solar fraca.
Dados de estudos anteriores mostravam resultados contraditórios, mas agora está claro que isso ocorreu porque muitos dos participantes destes estudos estavam recebendo seus suplementos em grandes doses mensais, uma prática agora entendida como ineficaz. Os suplementos são eficazes quando administrados diária ou semanalmente, em vez de em doses mais amplamente espaçadas, concluiu o novo estudo.
Enquanto certos alimentos, como peixes oleosos, contêm vitamina D, a maior parte dessa vitamina é obtida através da exposição à luz solar sobre a pele, e as recomendações atualmente afirmam que todos devem “considerar” tomar suplementos durante o outono e os meses de inverno para proteger a saúde musculoesquelética.
“Ao demonstrar este novo benefício da vitamina D, nosso estudo reforça a importância de se introduzir na alimentos para melhorar os níveis de vitamina D, principalmente em países como o Reino Unido, onde a deficiência de vitamina D é mas comum”, disse o professor Martineau.
Martineau acrescentou que os mesmos benefícios preventivos podem vir da suplementação diária ou semanal da vitamina.
Um editorial vinculado no BMJ afirmou que os novos dados só equivalem a uma “hipótese… exigindo confirmação”.