Dispneia paroxística noturna: causas e como tratar

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A dispneia paroxística noturna (DPN) é a sensação de falta de ar repentina que ocorre durante o sono, fazendo com que você acorde ofegante. Em muitos casos, ocorre após 1 ou 2 horas do início do sono. O termo “dispneia” significa dificuldade respiratória e “paroxística” se refere à rapidez com que os sintomas podem aparecer e desaparecer.

Se você já teve um ou mais episódios de DPN, este é um sinal de que você pode estar com uma doença respiratória ou circulatória. A principal causa de DPN é a insuficiência cardíaca, e seus sintomas incluem tosse ou chiado repentinos, frequência cardíaca elevada, dor no peito e falta de ar intensa. Inclusive, todos esses sintomas podem surgir em qualquer hora do seu dia.

Após a ocorrência de DPN, talvez seja necessário sentar na cama ou ficar de pé para conseguir aliviar a falta de ar e melhorar a dificuldade respiratória. Em casos mais graves, pode até mesmo ser necessário chamar um serviço de atendimento de urgência.

Depois de ter o primeiro episódio de dispneia paroxística noturna, a pessoa pode sentir ansiedade e insônia antes de dormir, portanto, conviver com esse sintoma se torna angustiante. Os tratamentos dependem da causa do problema, podendo ser recomendado tratamentos medicamentosos, cirurgias ou mudanças no estilo de vida.

O que causa?

Asma
A asma é uma das possíveis causas dessa condição

A falta de ar noturna pode ser um sinal de um problema no sistema circulatório ou respiratório. Entre as condições de saúde que podem provocar a dispneia paroxística noturna, estão:

  • Insuficiência cardíaca: ocorre quando o músculo cardíaco não consegue trabalhar adequadamente para bombear sangue para o corpo. Isso pode gerar um edema pulmonar, ou seja, o acúmulo de líquido nos pulmões que causa a dificuldade respiratória. 
  • Asma: uma inflamação crônica dos brônquios, resultando na obstrução das vias aéreas.
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): um conjunto de doenças pulmonares que bloqueiam a respiração progressivamente. As doenças mais comuns que compõem a DPOC incluem a bronquite e o enfisema.
  • Apneia do sono: uma condição que causa junção das paredes da faringe, resultando em uma parada respiratória momentânea durante o sono. Um dos principais sintomas para essa condição é o ronco. 
  • Embolia pulmonar: ocorre quando há a obstrução das artérias do pulmão.
  • Doença pulmonar restritiva: doença caracterizada pela diminuição do volume do pulmão, decorrente de problemas na caixa tórax ou perda de elasticidade do pulmão.
  • Ansiedade: nervosismo intenso e persistente, que pode causar palpitação cardíaca e respiração acelerada.

Como chegar a um diagnóstico?

Se você teve um ou mais episódios de dispneia paroxística noturna, é recomendado procurar um médico para que a causa possa ser investigada. É provável que o profissional lhe solicite diversos exames para avaliar sua saúde e, principalmente, sua capacidade respiratória e cardíaca.

Os exames solicitados podem incluir:

  • Exames de sangue
  • Broncoscopia
  • Eletrocardiograma
  • Tomografia do tórax
  • Raio-X do tórax
  • Angiografia da artéria pulmonar
  • Exame de espirometria
  • Ecocardiograma
  • Toracoscopia

Como tratar?

Parar de fumar
Evitar o hábito de fumar é uma das medidas mais importantes no tratamento

O tratamento para dispneia paroxística noturna depende da causa do problema. Em casos de problemas cardiopulmonares, o tratamento pode incluir medicamentos diuréticos, hipertensivos, broncodilatadores, opioides e corticoides. 

Para tratamento de condições respiratórias, podem ser prescritas terapias para asma a longo prazo, a fim de reduzir a dificuldade respiratória durante o sono. Além da terapia medicamentosa, problemas mais complexos podem necessitar de cirurgia.

Em algumas condições de saúde, são essenciais as mudanças no estilo de vida para melhorar a função cardíaca e pulmonar, como:

  • Praticar exercícios físicos com frequência.
  • Evitar o hábito de fumar.
  • Evitar consumir bebidas alcoólicas.
  • Melhorar a qualidade de sono incluindo a higiene do sono na rotina.
  • Manter horários regulares para dormir e acordar.
  • Diminuir a ingestão de comidas salgadas e gordurosas, pois representam maior risco para doenças circulatórias.
  • Evitar situações que geram picos de estresse.

Leia também: Dormir bem diminui 42% o risco de insuficiência cardíaca, diz pesquisa 

Fontes e referências adicionais

Você já sofreu com a dispneia paroxística noturna? Quando foi diagnosticada a condição e o que tem feito para tratar? Comente abaixo!

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Sobre Dr. Lucio Pacheco

Dr. Lucio Pacheco é Cirurgião do aparelho digestivo, Cirurgião geral - CRM 597798 RJ/ CBCD. Formou-se em Medicina pela UFRJ em 1994. Em 1996 fez um curso de aperfeiçoamento em transplantes no Hospital Paul Brousse, da Universidade de Paris-Sud, um dos mais especializados na Europa. Concluiu o mestrado em Medicina (Cirurgia Geral) em 2000 e o Doutorado em Medicina (Clinica Médica) pela UFRJ em 2010. Dr. Lucio Pacheco é autor de diversos livros e artigos sobre transplante de fígado. Atualmente é médico-cirurgião, chefe da equipe de transplante hepático do Hospital Copa Star, Hospital Quinta D'Or e do Hospital Copa D'Or. Além disso é diretor médico do Instituto de Transplantes. Suas áreas de atuação principais são: cirurgia geral, oncologia cirúrgica, hepatologia, e transplante de fígado. Para mais informações, entre em contato.

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