Um estudo realizado pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, sugeriu que uma maior quantidade de proteína nas refeições pode modificar de forma positiva a composição da microbiota intestinal.
A pesquisa, apresentada durante o encontro anual da Sociedade Americana de Microbiologia (ASM), diz que as proteínas podem facilitar a perda de peso e reduzir a fome.
O estudo foi conduzido em ratos, com o objetivo de testar a eficácia de duas dietas diferentes ao longo de quatro semanas. Os animais foram alimentados por meio de uma dieta padrão e, em seguida, foram submetidos a um cardápio que continha suplementos enriquecidos com proteínas.
Os cientistas queriam comparar amostras fecais, medidas de massa muscular e gordura dos animais para compreender como o enriquecimento de proteínas poderia afetar a saúde digestiva.
O resultado foi positivo: a microbiota dos animais passou por uma alteração após o aumento do consumo de proteínas, enquanto as bactérias do intestino se tornaram mais diversas. Portanto, o organismo absorveu melhor os nutrientes dos alimentos, o que provocou uma maior saciedade.
Uma proteína específica se destacou: os aminoácidos aromáticos. O grupo é formado por alimentos fontes de fenilalanina, triptofano e tirosina. Estes compostos são as bases para formar proteínas e estão presentes em frutas como banana e abacate, leguminosas, leveduras, laticínios e castanhas.
A pesquisa também teve resultados satisfatórios com uma dieta enriquecida com os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA). Esta proteína é encontrada comumente em derivados do leite, frango, ovos, carne bovina, suína e peixes.
Entretanto, é preciso levar em conta que o estudo foi conduzido em animais, não em seres humanos. Portanto, é preciso aguardar os resultados de pesquisas realizadas com pessoas.
Além disso, antes de aumentar a ingestão diária de proteínas é fundamental consultar um médico, uma vez que o excesso de proteínas pode fazer mal.