Muitas pessoas se matriculam em academias em busca de mais saúde, disposição e qualidade de vida, mas uma pesquisa recente mostrou que é preciso tomar cuidado ao usar os aparelhos nesses ambientes, que favorecem o desenvolvimento de bactérias extremamente nocivas à saúde. Saiba mais neste artigo.

As academias costumam disponibilizar panos e álcool para a higienização de cada aparelho após seu uso. Entretanto, por pressa, vergonha ou ignorância, nem todos limpam os equipamentos após seu uso ou antes de usá-lo, o que é um erro enorme e pode trazer sérias consequências.
Mesmo que com a pandemia de COVID-19, muitas pessoas começassem a fazer essa higienização, alguns deixaram de adotar ou nunca realmente adotaram esse cuidado.
Os equipamentos das academias de ginástica possuem diferentes superfícies, que são manipuladas por mãos sujas e entram em contato com corpos suados.
Um recente estudo trouxe uma nova preocupação em relação à higienização adequada desses equipamentos. Isso porque foi identificada nos itens a presença de bactérias prejudiciais à saúde.
Bactérias como firmicutes e actinobactérias foram encontradas em abundância: elas são conhecidas como comensais e são encontradas em humanos, presentes nos mais diversos ambientes e com grande capacidade de colonizar diferentes habitats.
A preocupação com a higiene não se limita à academia apenas, já que essas bactérias podem se esconder também em roupas de ginástica sujas, que entraram em contato com os aparelhos.
Além disso, o fato de terem sido encontradas bactérias mais preocupantes e nocivas, conhecidas por causar doenças graves como a salmonella e a klebsiella, associadas a intoxicações alimentares e pneumonia, ligou um alerta sobre os perigos escondidos nas academias.
Segundo o estudo, bactérias foram encontradas em esteiras, halteres, aparelhos de musculação, bicicletas ergométricas, tapetes, piscinas e chuveiros.
O problema também acontece enquanto se pratica os exercícios, pois o momento é propício para a proliferação das bactérias, principalmente nas roupas, já que entram em contato direto com os aparelhos da academia.
A umidade e a temperatura mais elevada acabam criando um terreno fértil para bactérias potencialmente prejudiciais como Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes.
Cuidados recomendados
De acordo com o neurocientista da Universidade de Bristol, Dan Baumgardt, em artigo publicado pelo site The Conversation, a indicação é fazer uma limpeza nos aparelhos antes e após seu uso.
Esse cuidado deve se estender à garrafinha de água, companheira constante da maioria de quem costuma treinar. Vale usar até cotonetes, caso a garrafinha tenha fendas. Além disso, recomenda-se lavar a garrafinha todos os dias.
Se não forem higienizadas corretamente, as garrafas de água, podem conter micróbios, como Cladosporium, Penicillium, Aspergillus, Stachybotrys e até fungos, podendo causar sintomas como vômitos e diarreia.
Mas, se você acha que os perigos ao fazer exercícios param por aí, a triste notícia é que mesmo que resolva fugir das academias e investir em uma corridinha, ouvindo suas músicas preferidas, saiba que nem mesmo os fones de ouvido são inocentes. Afinal, também foram encontradas bactérias neles, que podem gerar infecções de ouvido.
Porém, não é preciso abandonar os fones e suas músicas prediletas, basta sempre higienizá-los, umedecendo um pano com álcool e passando levemente sobre a superfície da saída de áudio. Depois, limpe as borrachas, só com água corrente, sem aplicar nenhum produto químico.