Os exercícios trazem uma série de benefícios. Por exemplo, eles podem ajudar a controlar o peso e os níveis de açúcar no sangue, a reduzir os riscos de doenças cardiovasculares, de alguns tipos de câncer e de diabetes, a melhorar o sono, o colesterol e até mesmo melhorar a sua vida sexual.
Além disso, a atividade física pode auxiliar a controlar a pressão arterial, a manter as habilidades de pensamento, julgamento e aprendizado com clareza, a fortalecer os ossos e músculos, a diminuir as chances de queda e até mesmo a parar de fumar.
No entanto, você sabia que os exercícios físicos também podem afetar positivamente o humor e até mesmo contribuir com a redução dos riscos de ansiedade e depressão?
Como isso acontece?
O aumento da liberação de hormônios do estresse pode danificar ou prevenir o crescimento celular em regiões cerebrais que controlam o humor. Aliás, estilos de vida com altos níveis de estresse tendem a ser uma grande fonte de depressão.
Entretanto, o estresse tem menores chances de resultar em uma depressão se a pessoa pratica exercícios físicos. Durante os exercícios, o organismo libera substâncias químicas que podem melhorar o humor e fazer com que a pessoa se sinta mais relaxada.
Isso pode ajudá-la a lidar com o estresse e a diminuir os seus riscos de desenvolver a depressão. Não se sabe exatamente por que a atividade física ajuda a melhorar o humor, mas acredita-se que isso ocorra devido a uma combinação de diversos fatores.
Um deles é o aumento da serotonina, substância que ajuda o cérebro a regular justamente o humor. Outro é a elevação dos níveis de endorfina, que naturalmente levanta o humor. Um terceiro é que os exercícios limitam o efeito do estresse no cérebro.
Ao mesmo tempo, acredita-se que as atividades físicas diminuem as substâncias químicas do sistema imunológico que podem piorar a depressão. Além disso, um treino é uma tarefa focada que dá aquela sensação boa de dever cumprido quando acaba.
Possível parte do tratamento contra a depressão
A prática de exercícios físicos é oficialmente uma ferramenta que pode ser incluída como parte do tratamento contra a depressão. Aliás, a Associação Psiquiátrica Americana recomenda a atividade física como uma opção de tratamento contra a doença.
Experimentos já apontaram que o treinamento aeróbico e o treino de força/resistência trazem benefícios para as pessoas com depressão.
Mas é claro que quem sofre com a condição precisa de um acompanhamento profissional com psicólogo e/ou psiquiatra, que saberão indicar as outras medidas necessárias para o tratamento da pessoa. Se você desconfia que tem sintomas de depressão, procure ajuda profissional.
Qualquer quantidade de exercício já é alguma coisa
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos recomenda a prática de 150 minutos de atividade física por semana. No entanto, se você ainda não consegue cumprir essas recomendações, não se desespere. Isso porque algum exercício físico é melhor do que nenhum e já ajuda.
Comece devagar, conforme as suas condições e limitações físicas, sem forçar demais para não se machucar, e aumente aos poucos. De preferência, conte com um educador físico para te orientar e fazer tudo com eficiência e segurança.
Escolha um treino que você goste de fazer
É fundamental que o seu treino seja seguro, mas também é importante que ele seja prazeroso para você. Assim, caso perceba que está perdendo interesse no treino, converse com o profissional e tente algo novo.
Por exemplo, você pode experimentar uma aula de zumba ou outro tipo de dança que te agrade, passar a andar de bicicleta com a sua família ou começar a fazer yoga.
Vídeo
Confira no vídeo da nossa nutricionista uma lista com alimentos que também podem ajudar a aumentar a serotonina:
Fontes e referências adicionais
- MedlinePlus – Benefits of Exercise
- Cleveland Clinic – Get Happy: Why Exercise Can Lift Your Mood
- Better Health Channel Victoria State Government – Exercise and mood