Você é daqueles que não veem a hora de chegar o fim de semana para poder sair com os amigos para beber? Pois é, mas por mais divertido que isso pareça, o álcool não é exatamente um bom companheiro.
Principalmente com o passar dos anos. Além das bebidas alcoólicas favorecerem o aumento de peso, elas também pioram processos do corpo que já sofrem as consequências do envelhecimento natural.
Isso é algo no que não costumamos pensar quando se somos mais novos. Portanto, é importante entender desde cedo como o álcool pode agravar problemas associados ao envelhecimento. É o que vamos aprender na lista a seguir:
Conforme uma pessoa envelhece, ela sente sede com menor frequência. O motivo não está completamente claro.
Entretanto, acredita-se que com o passar dos anos, o estoque de líquido do corpo se torne menor, a habilidade de conservar água reduza e o sentido da sede fique menos agudo.
Doenças crônicas como diabetes e demência e o uso de certos medicamentos reforçam o problema. Além disso, a redução na mobilidade que afeta os idosos pode fazer com que eles diminuam as idas à cozinha para beber água.
Independente do motivo, consumir menos água faz com que os mais velhos tenham maior propensão a desenvolver a desidratação. No entanto, o que as bebidas alcoólicas têm a ver com isso?
Já percebeu que tem mais vontade de urinar quando bebe? Então, o álcool estimula a eliminação de água do organismo, o que traz maiores chances de que os mais velhos fiquem desidratados. Aliás, conheça melhor os sintomas da desidratação.
Existem dois processos com relação ao envelhecimento da pele. O primeiro é um processo natural, que não dá para controlar. Conforme os anos passam, a pele naturalmente se torna mais fina e ressecada.
Por outro lado, fatores externos também podem envelhecer a pele mais rápido do que deveria, como o ambiente e o modo de vida que a pessoa leva.
O álcool é um desses fatores porque desidrata e resseca a pele. Limitar o consumo de bebidas alcoólicas pode desacelerar este processo.
As bebidas alcoólicas podem prejudicar o funcionamento de órgãos vitais para o organismo e fazem com que eles envelheçam mais rapidamente. Um desses órgãos é o fígado: as pessoas que abusam do álcool têm maior propensão a desenvolver a cirrose hepática.
Entretanto, mesmo quem bebe moderadamente pode ter problemas como a doença hepática gordurosa. Além disso, as bebidas alcoólicas também dificultam o funcionamento correto dos rins.
Acha que com o passar dos anos o seu cérebro não é tão afiado como já foi um dia? Isso porque o álcool pode piorar isso.
O abuso das bebidas alcoólicas ao longo de muito tempo pode encolher células cerebrais, podendo resultar no chamado dano cerebral relacionado ao álcool e em determinados tipos de demência.
A lista de sintomas associados a isso inclui: falta de organização, julgamento ou controle emocional, dificuldade para se manter focado e problemas de raiva.
O sistema imunológico é o sistema de defesa do organismo contra doenças. O problema do álcool para a imunidade é que ele afeta a maneira como o corpo combate doenças perigosas como pneumonia e tuberculose. Isso pode ser especialmente perigoso para pessoas mais velhas.
Aliás, o fato das bebidas alcoólicas afetarem a imunidade prejudica a luta contra o novo coronavírus. Não custa lembrar que os idosos fazem parte do grupo de risco da COVID-19, a doença que o novo coronavírus causa.
Adicionalmente, pesquisadores já começaram a estudar a possibilidade do ataque do sistema imunológico a tecidos corporais saudáveis poder provocar a doença hepática alcoólica.
Os polifenóis antioxidantes do vinho tinto até já foram associados a benefícios para a saúde do coração. Mas desde que o consumo da bebida ocorra em moderação.
Por outro lado, álcool em excesso (inclusive o vinho) pode gerar um batimento cardíaco anormal e pressão alta, que é um dos fatores de risco para a doença no coração.
Enquanto consumir mais do que três drinks de uma vez aumenta a pressão temporariamente, repetidas bebedeiras podem gerar aumentos de longo prazo na pressão arterial.
Portanto, para quem não tem o hábito de beber, beneficiar a saúde do coração não é um bom motivo para começar a ingerir álcool, mesmo na forma de vinho tinto.
Aliás, mais produtivo que isso é incluir na dieta os alimentos bons para o coração e limitar o consumo dos alimentos ruins para o coração.
As bebidas alcoólicas podem piorar problemas comuns de saúde que podem surgir com o passar dos anos.
Estudos apontaram que pacientes que bebem muito podem ter dificuldade para lidar com doenças como diabetes, osteoporose, pressão alta, acidente vascular cerebral (AVC), úlceras, perda de memória e determinados distúrbios do humor.
Conforme uma pessoa envelhece, o álcool passa a ficar mais tempo em seu organismo. Com o avanço da idade, as pessoas também podem precisar a tomar mais medicamentos.
Resultado: quando chega a hora de tomar um remédio, o álcool ingerido anteriormente ainda pode estar presente no organismo.
Misturar bebidas alcoólicas e medicamentos é uma péssima ideia porque o álcool pode afetar o modo pelo qual os remédios agem, o que pode provocar efeitos colaterais graves.
Por exemplo, a mistura entre álcool e aspirina pode aumentar as chances de ter problemas estomacais ou sangramento intestinal.
Além disso, a combinação entre álcool e alguns medicamentos para dormir, remédios para dor ou para ansiedade pode ser fatal.
Quebrar um osso quando se é mais velho é algo bem diferente de quebrar um osso quando se é mais jovem: as fraturas representam um problema sério de saúde para os idosos. Beber demais aumenta os riscos de queda e tropeços que podem causar justamente essas fraturas.
Isso pode ocorrer porque o álcool afeta o equilíbrio. Ao longo do tempo, a substância pode danificar o cerebelo, que é a região do cérebro associado à coordenação e ao equilíbrio.
Pode parecer uma boa ideia ingerir bebidas alcoólicas antes de dormir para relaxar, mas não é. Principalmente quando se trata de uma pessoa mais velha. Isso porque no lugar de acalmar a pessoa para ter uma noite de descanso, o álcool pode impedir que ela durma e descanse.
Esse problema pode ser particularmente complicado para os idosos que já apresentam uma maior tendência a despertar com frequência ou a ter um distúrbio do sono, como é o caso da insônia.
Conforme os anos passam e a idade avança, o organismo começa a demorar mais tempo para decompor o álcool e eliminá-lo. O resultado disso é que as indesejáveis ressacas também podem ser mais longas para as pessoas mais velhas.
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