Geralmente, encontramos o óleo de girassol à venda em estabelecimentos das nossas cidades ou na internet. Mas será que há como fazer óleo de girassol caseiro? Ou o processo de extração do óleo vegetal é um pouco mais complexo?
Provavelmente a segunda alternativa. Isso porque não encontramos métodos viáveis de como fazer óleo de girassol caseiro. Mas então, como é que se produz o óleo de girassol?
De acordo com a Agência Embrapa de Informação Tecnológica (Ageitec), a produção artesanal do óleo de girassol é um processo de pequena escala. Nele, adquire-se o produto por meio da prensagem contínua dos grãos.
Em seguida, o que ocorre é uma etapa de filtração ou decantação, que serve para separar resíduos, acrescentou a agência.
O processo industrial

Se não temos um método de como fazer óleo de girassol caseiro, existe a produção industrial. Essa fabricação envolve processos como prensagem e a passagem por extratores para que ocorra a extração por solvente, esclareceu a Ageitec.
Ao longo desse processo industrial, as sementes da planta também passam por etapas de limpeza, secagem, descascamento, trituração e refinamento, que inclui a desgomagem, o branqueamento e a desodorização.
Mas, para quem deseja descobrir como fazer óleo de girassol caseiro, vale a pena saber que empresários chineses lançaram um equipamento de uso doméstico. É o The Daily Expeller (algo como “A Expelidora Diária”, em tradução livre do inglês).
Através de um processo de duas etapas, a máquina promete fornecer em apenas 15 minutos aproximadamente 20 ml de óleo a partir de 100 gramas de diversos tipos de grãos.
Além do girassol, a The Daily Expeller extrai óleo de diversos outros alimentos como amendoim, pistache, gergelim, amêndoa, avelã, pinhão e macadâmia, por exemplo.
Produto não deve ser aquecido ou substituir o óleo de cozinha comum, diz alerta
Vale a pena saber que recomenda-se consumir o óleo de girassol com moderação. Isto é, acrescentar apenas duas colheres de sopa de óleo de girassol em pratos salgados como massas e ensopados. Mas, só depois que eles já estiverem prontos.
Isso porque produto é prensado a frio e quando o aquecemos antes do consumo, ele sofre modificações moleculares que podem favorecer o desenvolvimento do câncer.
Assim, o conselho é usá-lo somente frio e o óleo de girassol não pode ser utilizado para substituir o óleo de cozinha comum.
Por outro lado, há quem defenda que esse óleo é um produto que se mantém estável até 200 graus e que pode ser usado até mesmo na preparação de frituras.
Com as opiniões diversas, o melhor é que você peça orientação do seu médico e/ou nutricionista para saber qual tipo de óleo de cozinha é mais aconselhável para a sua saúde e para tirar as suas dúvidas sobre o uso do óleo de girassol.
De qualquer modo, existe outro motivo para consumir o óleo de girassol em pequena quantidade. É que ele é rico em gorduras e, portanto, contém muitas calorias.
Outros problemas com o óleo de girassol
Quem deseja aprender como fazer óleo de girassol caseiro provavelmente quer usar o produto. Portanto, também vale registrar que, assim como o seu colega óleo de milho, o de girassol tem ômega-6.
O ômega-6 é uma gordura poli-insaturada que faz bem ao organismo quando sua ingestão ocorre em doses pequenas.
Conforme a nutricionista e mestra em nutrição Jillian Kubala, o ômega-6 é um ácido graxo essencial. Ou seja, uma substque o organismo não produz e que precisamos ingerir na alimentação.
Ao lado dos ácidos graxos ômega-3, ele exerce um papel importante no funcionamento normal do cérebro e no crescimento e desenvolvimento apropriado, esclareceu a especialista.
“Enquanto o ômega-3 ajuda a combater a inflamação no corpo que pode gerar uma série de doenças crônicas, o ômega-6 tende a ser mais pró-inflamatório”, acrescentou a nutricionista.
“Embora esses dois ácidos graxos essenciais sejam cruciais para a saúde, as dietas modernas tendem a ser muito ricas em ômega-6”, ressaltou Kubala.
Esse padrão alimentar pode se tornar um problema. Principalmente quando o exagero no consumo do ômega-6 aparece na companhia de um desleixo na ingestão de ômega-3.
O perigo mora na falta de equilíbrio
Isso porque um desequilíbrio entre esses ômegas pode predispor o organismo a inflamações e fazer mal para as artérias.
Existem indícios de que a desproporção entre o ômega-3 e o ômega-6 poderia aumentar o risco da formação de placas nos vasos sanguíneos. Para evitar esse tipo de problema, a recomendação é não tornar o óleo de girassol a estrela da cozinha.
O ideal é não escolher um único tipo de óleo para os alimentos, porém, utilizar diversas opções do produto.
Conheça os benefícios de outro produto à base do girassol, a semente de girassol, no vídeo da nossa nutricionista:
Fontes e Referências Adicionais
- Agência Embrapa de Informação Tecnológica – Girassol
O óleo da girassol pode substituir o azeite de oliva para preparar tábuas de cortes de carne?