A atriz Claudia Ohana, 62 anos, contou que é nosofóbica – transtorno de ansiedade que se caracteriza pelo medo irracional de contrair uma doença.

A artista diz que em caso de qualquer sintoma diferente, já corre para o hospital para investigar, mas não toma os remédios receitados. “Eu compro, mas não tomo”, destacou, em participação no videocast ‘Desculpa Alguma Coisa’, com Tati Bernardi.
Claudia Ohana explicou que o nosofóbico tem mania de doença e ‘acha que tudo que tem é uma coisa gravíssima, mas não gosta de tomar remédio’.
“Por exemplo, não faço o exame [pedido pelo médico], mas sei todos os sintomas, tudo o que tem que fazer para caso aconteça [de estar mesmo doente]. Já cheguei a fazer curso de enfermagem. Eu acho que posso salvar alguém, que sou médica”, exemplificou.
Em entrevista antiga à revista Quem, a artista disse que desde criança sente muito medo de ficar doente.
Pessoais mais ansiosas ou com algum transtorno relacionado á ansiedade são mais suscetíveis a desenvolver a condição clínica. Indivíduos que têm contato com temas ligados a doenças, como no caso de profissionais de saúde, ou que tiveram contato com episódios de problemas graves de saúde dentro da família ou amigos também ficam mais vulneráveis a essa preocupação excessiva.
A nosofobia é um transtorno de ansiedade onde qualquer sintoma – que pode ser apenas uma febre, dor no braço ou um incomodo na nuca – faz a pessoa acreditar que tenha algo mais grave.
Depois da preocupação e ansiedade, o paciente começa a desenvolver outros sintomas, como tensão, angústia e manifestações físicas, como taquicardia e falta de ar.
Especialistas da área de psicologia dizem que um meio de evitar a condição – ou até mesmo tratar – é não ler sobre os sintomas que sente na internet, ou não pesquisar sobre sinais de uma doença específica. Claudia Ohana, por exemplo, afirma que não busca informações sobre doenças, portanto, não lê bulas, além de tentar trabalhar o subconsciente sobre o assunto.
O tratamento para a nosofobia envolve psicoterapia e a terapia cognitiva comportamento. No entanto, dependendo da gravidade dos sinais e sintomas, é necessário entrar com medicamentos contra a ansiedade.