Pode ser na omelete, em sanduíches, para acompanhar o feijão ou em uma receita de farofa – fato é que o bacon é um ingrediente saboroso, que costuma agradar o paladar de muita gente. Veja a seguir se o bacon é remoso, ou seja, se em alguma circunstância ele faz mal para determinadas pessoas ou não.
Aproveite para conhecer uma lista dos alimentos remosos ou reimosos e veja também o que o bacon faz de fato com o seu corpo.
O que são alimentos remosos?
Para que possamos entender se o bacon é remoso, precisamos saber antes o que caracteriza um alimento remoso, não é mesmo?
Pois bem, de acordo com o dicionário, a expressão remoso significa “capaz de prejudicar a saúde, que faz mal à saúde, especialmente ao sangue […]”. O termo ainda pode sofrer uma pequena variação e ser chamado de reimoso.
O termo reimoso não se trata de uma classificação científica, mas é uma expressão antiga, associada à sabedoria popular, que também pode definir os alimentos que podem provocar inflamação na pele, em decorrência de uma reação alérgica.
Chama-se popularmente de reima algo que pode ser considerado um alergênico e que causa reações como coceira, diarreia e intoxicações mais sérias em algumas pessoas.
Os alimentos remosos ou reimosos também são conhecidos pela alcunha de “alimentos carregados” e essas comidas costumam apresentar quantidades elevadas de proteína e gordura animal.
E então, será que o bacon é remoso mesmo?
Ao lado do pato, do camarão, do caranguejo, dos moluscos e dos ovos, a carne de porco faz parte do grupo de alimentos que encabeçam a lista dos remosos ou reimosos. Veja aqui por que a carne de porco é remosa.
Como você provavelmente deve se lembrar, o bacon vem do porco. Mais especificamente, o bacon é a barriga do porco curada e defumada.
Ou seja, o bacon é remoso sim, assim como outros itens como salsicha, presunto, linguiça, mortadela, salame, refrigerantes e sucos prontos, frituras, bebidas alcoólicas, doces, bolachas recheadas, bolos, massas prontas para bolos, chocolates, barras de cereal, macarrões instantâneos, caldos de carne em cubo, comidas congeladas prontas e sorvetes.
O consumo excessivo desses alimentos aumenta a inflamação e dificulta o processo de cicatrização da pele, podendo também levar a outros problemas de saúde como dores de cabeça, colesterol elevado e diabetes.
O ideal é que esses alimentos não façam parte da rotina alimentar, e que não sejam consumidos pelo menos por uma semana após a realização de uma cirurgia, colocação de um piercing ou tatuagem, por exemplo. Aproveite para conhecer o que não comer quando faz tatuagem.
O problema com as gorduras saturadas do bacon
Alimentos de origem animal como o bacon constituem uma das principais fontes de gorduras saturadas na alimentação.
A recomendação da Associação Americana do Coração é que somente 5% a 6% das calorias consumidas diariamente correspondam a gorduras saturadas. A organização explicou que, para quem segue uma dieta de 2 mil calorias diárias, isso é equivalente a não mais que 120 calorias ou 13 g de gorduras saturadas a cada dia.
Para você ter uma noção, uma porção de 50 g de bacon em cubos da marca Sadia é composta por 8,6 g de gorduras saturadas.
A gordura saturada de origem animal contribui para a inflamação por conter ácido araquidônico. Além disso, segundo a Escola Médica da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma dieta rica em gorduras saturadas pode aumentar os níveis totais de colesterol e subir as taxas do colesterol ruim, também conhecido como LDL.
A instituição também explicou que essa elevação do LDL incita a formação de obstruções (bloqueios) nas artérias do coração e de outras regiões do corpo.
De acordo com informações da Associação Americana do Coração, níveis elevados do colesterol ruim LDL no sangue aumentam os riscos de desenvolvimento de doença no coração e acidente vascular cerebral (AVC).
Entretanto, a Escola Médica da Universidade de Harvard destacou que uma pesquisa que analisou 21 estudos concluiu que não existem evidências suficientes para determinar que as gorduras saturadas aumentem o risco de doença no coração, porém, identificou que substituí-las pelas gorduras poli-insaturadas pode diminuir os riscos de desenvolvimento de doença no coração.
Dois estudos importantes a respeito delas concluíram que trocar as gorduras saturadas por gorduras poli-insaturadas e por fontes de carboidratos ricas em fibras é a melhor aposta para diminuir os riscos de doença no coração, porém, substituir as gorduras saturadas por carboidratos altamente processados pode provocar o efeito contrário, completou a Escola Médica de Harvard.
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