Uma nova pesquisa realizada pela Associação Americana do Coração apontou quais são os exercícios mais adequados para melhorar a qualidade do sono. A resposta surpreendeu.
Os exercícios de resistência, ou seja, flexões, agachamentos e levantamento de peso, podem ajudar a adormecer melhor. Isso porque, com essas modalidades, nossos músculos produzem um hormônio chamado adenosina, que nos deixa sonolento.

Nos exercícios aeróbicos, como bicicleta, esteira e treinos como o HIIT, não há a liberação desse hormônio.
A pesquisa mostrou que as pessoas analisadas que faziam exercícios de resistência dormiam 40 minutos a mais por noite, comparadas às que não realizaram nenhum exercício, e 17 minutos a mais do que os que faziam apenas as modalidades aeróbicas.
“Quando os músculos estão mais cansados, é possível que liberem mais substâncias químicas, como a adenosina. Esses produtos químicos dizem ao seu corpo para dormir mais e mais profundamente, para que ele tenha mais tempo para reparar o tecido muscular”, explicou Nerina Ramlakhan, fisiologista especializada em terapia do sono.
O sono influencia em diversos campos, inclusive, no desenvolvimento de doenças. De acordo com o Conselho Nacional do Envelhecimento, por exemplo, as pessoas que dormem menos de nove horas por dia têm risco aumentado de diabetes, obesidade, doenças cardíacas, câncer e morte precoce.
“O aumento dos níveis de adenosina é o catalisador para interromper a adrenalina e outros hormônios estimulantes. Isto inicia as mudanças bioquímicas necessárias para o sono”, disse a profissional.
Apenas uma hora de exercícios de resistência considerados leves já é o suficiente para beneficiar o sono, apontou Ramlakhan.
No entanto, os autores do estudo alertam que as pessoas não devem abandonar os exercícios aeróbicos, já que foi comprovado que essa modalidade auxilia a bem-estar e a saúde cardíaca.
“Embora os exercícios aeróbicos e de resistência sejam importantes para a saúde geral, nossos resultados sugerem que os exercícios de resistência podem ser superiores quando se trata de melhorar o sono à noite”, concluiu Angelique Brellenthin, autora principal do estudo e professora assistente de cinesiologia na Universidade Estadual de Iowa.