Você costuma andar na rua e falar ao telefone, ao mesmo tempo? Então, este artigo é para você. Especialistas alertam para o perigo do surgimento de dores cervicais ou lombares pelo uso excessivo de tecnologia, principalmente, em crianças.
A procura crescente por consultas de patologias relacionadas ao sistema musculoesquelético acendeu um alerta em especialistas do mundo inteiro.
Dores cervicais, lombares ou nos membros superiores, como ombro, cotovelo e mão, são queixas constante e que só vêm aumentando a cada dia.
O fato é que a inclinação constante do pescoço pode levar a um desgaste excessivo da coluna, um estresse que pode levar a degeneração dos ossos e até à possíveis cirurgias.
Na verdade, a atenção maior, por parte dos especialistas, está nos mais jovens, e isso porque, até pouco tempo atrás, essa faixa etária não sofria destes problemas e agora, no entanto, a procura por profissionais para resolver lesões associadas às novas tecnologias vêm crescendo assustadoramente.
Até quem não é grande observador, certamente, já deve ter reparado na profusão de jovens totalmente sem postura, curvados, mexendo em seus celulares, seja em shoppings, pontos de ônibus ou em transportes públicos, enfim, totalmente despreparados para lidarem com a tecnologia.
De acordo com um recente estudo, publicado na revista científica Surgical Technology International, que pesquisou os impactos da utilização de smartphones no pescoço dos usuários, com o pescoço inclinado a 60º, o impacto na coluna do usuário chega a 27 kg.
O cálculo para se chegar a esse número é simples, uma cabeça humana pesa 5 quilos, em média, peso esse que é amplificado caso o crânio seja inclinado para baixo, aumentando a força da gravidade, dependendo do grau de inclinação.
Assim, com o pescoço inclinado a 60º, o impacto na coluna do usuário chega a 27 kg, e uma inclinação constante do pescoço pode levar a um desgaste excessivo da coluna.
Quanto aos problemas mais comuns relatados nos consultórios, destacam-se a sobrecarga muscular, má postura e ergonomia inadequada, as quais produzem dores que podem ser incapacitantes e que, a longo prazo, podem levar à degeneração discal e envolvimento articular. Outros problemas apontados são tendinite por sobrecarga, tanto no ombro, cotovelo e antebraço.
Já, em relação aos tratamentos, os mais adequados para este tipo de patologia, são fisioterapia especializada, infiltrações, entre outras técnicas minimamente invasivas.
Para diminuir os efeitos do uso constante dos smartphones, a dica dos especialistas é simples: procurar prestar atenção aos movimentos. Não é preciso usar o smartphone na altura dos olhos, e nem inclinar o pescoço todas as vezes que o telefone apitar.
No mais, alguns exercícios simples, como levar a orelha até os ombros ou pressionar a cabeça contra as mãos, também podem ajudar a fortalecer os músculos do pescoço, aliviando os impactos na coluna.