Após uma empresa americana já testar um medicamento chamado Remdesivir contra o coronavírus, diversos países já aderirem ao uso de hidroxicloroquina ou cloroquina para o Covid-19 e vacinas contra o novo coronavírus estarem sendo desenvolvidas no Brasil e no mundo, a Agência Federal para Assuntos Médico-Biológicos (FMBA) da Rússia anunciou que testa mais um medicamento para a pandemia que tem afetado o mundo inteiro.
Falando nisso, você já sabe qual é a diferença entre pandemia, epidemia e surto?
Segundo a Sputnik, agência internacional de notícias do governo russo, o comunicado observa que o centro de pesquisa e produção Farmzaschita desenvolveu “um esquema eficaz e seguro para prevenir a infecção pelo coronavírus com base na mefloquina, que não só superará o pico de incidência, mas também a controlará eficazmente no futuro”.
A mefloquina, assim como a hidroxicloroquina e a cloroquina já citadas anteriormente, é outro medicamento antimalárico que parece demonstrar resultados animadores para a Covid-19. Ela foi desenvolvida na década de 1970 enquanto análogo sintético do quinino, e pode ser conhecida também pelo nome comercial Lariam.
“A droga de alta seletividade bloqueia o efeito citopático do coronavírus em cultura celular e impede sua replicação e o efeito imunossupressor da mefloquina impede a ativação de uma resposta inflamatória causada pelo vírus. A adição de antibióticos macrolídeos e penicilinas sintéticas não só previne a formação da síndrome bacteriológica viral secundária, mas também aumenta a concentração do agente antiviral no plasma e pulmões”, disse Veronika Skvortsova, chefe da FMBA.
Veronika enfatizou que isso garantirá o tratamento eficaz de pacientes com diferentes graus de severidade da doença.
Cuidados com o uso da mefloquina
Ainda são necessários estudos acerca da própria eficácia da mefloquina para o novo coronavírus, além de possíveis efeitos colaterais e contraindicações.
Algumas pessoas que tomaram mefloquina para malária tiveram sérios problemas psiquiátricos ou nervosos, alguns dos quais duraram muito tempo depois que pararam de tomar este medicamento e que podem ser permanentes.
Alguns efeitos colaterais conhecidos são dor de cabeça, zumbido nos ouvidos, tontura, perda de equilíbrio, problemas de coordenação, ansiedade, depressão, paranóia, alucinações ou pensamentos sobre suicídio ou ferimento.
Pessoas que que tiverem histórico recente de depressão, distúrbio de ansiedade, convulsões, doença mental (como esquizofrenia) ou psicose não devem tomar mefloquina, além de alérgicos à mefloquina ou similares, como quinino ou quinidina.
Alguns medicamentos também podem interagir com a mefloquina, como medicamentos para pressão arterial ou cardíaca, remédios para tratar depressão ou doença mental e remédios para tuberculose.