Saúde na Mídia

A dieta que promete reduzir os riscos de Covid-19, conheça

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Equipe MundoBoaForma

Apenas seguir um modelo de alimentação em particular não é capaz de curar uma pessoa que já foi infectada pelo vírus da Covid-19.

Ao mesmo tempo, as medidas recomendadas para prevenir e evitar a disseminação da doença incluem lavar bem as mãos com frequência, manter distância de quem esteja espirrando ou tossindo e usar máscaras em situações em que há risco de contágio, como aglomerações em centros de saúde, por exemplo.

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Entretanto, uma pesquisa realizada na Indonésia e publicada na revista Plos One sugeriu que seguir a dieta mediterrânea pode diminuir o risco de contrair Covid-19.

Manter uma alimentação de qualidade é fundamental para a saúde

Andre Siahaan, autor sênior do estudo, professor e membro do Centro de Medicina Baseada em Evidências da Universidade do Norte de Sumatra, na Indonésia, explicou a conclusão.

“Houve numerosos estudos que associaram fortemente a Covid-19 com a inflamação (no corpo), enquanto a dieta mediterrânea é conhecida há muito tempo por suas propriedades anti-inflamatórias. Por meio do nosso estudo, relatamos uma conexão que fortaleceu ainda mais a relação entre esses dois fatores, alinhada com nossa hipótese”, defendeu.

Essa inflamação é associada tanto ao contágio quanto à gravidade da Covid-19. Desde que o coronavírus surgiu, em 2019, 775 milhões de casos de infecção foram registrados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

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O número ainda está crescendo, com mais de 47 mil casos relatados apenas na semana que antecedeu quatro de agosto (estatística mais recente da entidade). Ao todo, mais de sete milhões de pessoas morreram devido ao coronavírus.

Para chegar ao resultado relacionado à dieta mediterrânea, a equipe revisou seis estudos já publicados entre 2020 e 2023, com mais de 55,4 mil participantes no total, realizados em cinco países.

Quatro desses estudos se basearam nos relatos dos participantes sobre a infecção, enquanto outra pesquisa identificou casos por meio de autorrelatos e testes de anticorpos. Todos os dados com descobertas sobre a gravidade dos sintomas também foram baseados nas recordações dos integrantes.

Três estudos encontraram uma associação entre a redução do risco de infecção pelo coronavírus com a dieta mediterrânea, o que não pode ser quantificado de forma confiável em um número específico, devido à variação na significância entre os estudos, apontou Siahaan, enquanto outros dois mostraram resultados não muito consideráveis. 

Por outro lado, os resultados não são tão claros quanto ao questionamento se a dieta também ajuda a reduzir os sintomas ou a gravidade da doença. Os autores, portanto, classificaram a evidência sobre esses aspectos como “de baixa certeza”.

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Em relação aos alimentos específicos, o maior consumo de azeite de oliva, frutas e nozes, uma menor ingestão de cereais e carne vermelha e a ingestão moderada de álcool foram associados a um risco mais baixo de infecção pelo coronavírus. Comer mais vegetais, frutas, leguminosas, nozes, peixe e grãos integrais tiveram uma ligação com menores chances de Covid-19 grave.

“Esses resultados podem ter implicações significativas para a saúde pública, ressaltando a importância de uma nutrição ideal na prevenção tanto de doenças transmissíveis quanto não transmissíveis”, apontou Jordi Merino, professor associado no Novo Nordisk Foundation Center for Basic Metabolic Research na Universidade de Copenhague na Dinamarca. Ele não participou da revisão.

Vamos com calma: ainda não está provado que a dieta mediterrânea protege contra a Covid-19

Existem alguns pontos a serem analisados antes de concluir que a dieta mediterrânea pode ter alguma influência na prevenção da infecção por Covid-19.

Um deles, por exemplo, é que todos os estudos foram observacionais. Assim, os resultados podem oferecer correlações, mas não conseguem provar se a dieta mediterrânea tem ou não efeitos protetores contra a Covid-19, segundo Lisa Drayer, nutricionista, autora e colaboradora de saúde e nutrição da CNN, que não participou da revisão.

Muitos dos estudos não levaram em consideração casos de doenças pré-existentes, como obesidade e diabetes, e outros determinantes sociais da saúde, como acesso a alimentos saudáveis. Ademais, o autorrelato pode trazer informações tendenciosas, como memória imprecisa do que uma pessoa comeu ou quanto consumiu de determinados alimentos.

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Portanto, mais pesquisas são necessárias para concluir se, de fato, a dieta mediterrânea pode influenciar os sintomas e infecção por Covid-19. Em outras palavras, não há garantias de que apenas seguir o método de alimentação reduz as chances de ter a doença, é preciso se proteger através das medidas de prevenção já conhecidas.

No entanto, como já sabemos, manter uma alimentação balanceada, a ingestão adequada de água e a prática de exercícios fazem bem para a saúde.

Você segue ou já seguiu a dieta mediterrânea? Já teve Covid-19? Como foi? Comente abaixo!

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