Claudia Ohana, 62 anos, admitiu que confundiu os sintomas da menopausa com depressão. A atriz diz que começou com um sentimento de angústia por volta dos 50 anos, que progrediu para irritação e confusão mental.

A artista só percebeu do que se tratava quando chegaram os outros sintomas físicos. “Fiquei preocupada achando que talvez fosse uma depressão, mas aí vieram os calores e ficou claro que estava na menopausa”, confessou ao jornal O Globo.
Na época, ela não pôde fazer reposição hormonal devido a uma diverticulite que teve. No entanto, agora que operou, a reposição voltou a ser uma possibilidade. “Apesar de não ter mais aquela confusão ou me sentir para baixo, com falta de energia, ainda sinto calores, mas me sinto bem. Eu respiro e deixo passar. Às vezes vem momentos realmente que não são agradáveis, mas tento encarar isso da melhor forma”, assegurou.
Etarismo
A atriz participou de um protesto contra o etarismo que aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 11 de março deste ano. “Eu fui na cara de pau, com vestidinho curtinho, falando: ‘Não estou velha nada, estou na pista’. Foi numa intenção de chamar as mulheres da minha idade, falar: ‘Gente, vamos nos cuidar, vamos botar a beleza para fora, vamos nos sentir’. E eu fui na cara e na coragem. Fui curtindo desfilar na avenida Paulista com minha plaquinha, minha pequena revoluçãozinha”, disparou, em participação no videocast ‘Bonita de Pele’.
“Eu não me sinto velha. O que é ser velha? Quando as pessoas usam a palavra ‘velha’ no pejorativo, é usada para agredir, xingar, precisa ser repensado [o sentido da palavra]. Mas [se] a pessoa se acha velha, assume ‘eu sou velha’, OK. Todo mundo tem o direito, mas a palavra velha está ligada à decadência, ao final, à morte, usada de forma pejorativa”, refletiu Claudia Ohana.
Por fim, a artista comentou sobre o peso da idade na sociedade e os xingamentos que recebe na web por se posicionar contra o etarismo. “Os haters, quando querem me agredir, me chamam de velha, e eu não acho que sou velha. Eu estou mais velha, sim, mas estamos todos o tempo todo mais velhos, o tempo não para”, concluiu.