Mulher tem sintomas de câncer confundidos com intolerância ao glúten

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Emily Campbell descobriu que havia recebido o diagnóstico errado: a analista de marketing estava seguindo o tratamento para intolerância ao glúten, quando, na verdade, tinha um câncer raro e agressivo no ovário.

Reprodução: Instagram

O caso aconteceu em 2022. A norte-americana, então com 33 anos, sentia um progressivo desconforto digestivo e inchaço na barriga. Os sintomas descritos fizeram com que os médicos recomendassem protocolos para tratar intolerância ao glúten, além de testes para alergia alimentar. Eles também sugeriram que o estresse poderia estar relacionado ao quadro.

Mesmo fazendo o tratamento, o inchaço e desconfortos continuaram crescendo e começaram a interferir nas tarefas diárias de Emily. “Doía para caminhar”, contou ela em suas redes sociais.

“Eu me sentia mal e meu marido me incentivou a buscar quantos médicos fosse possível para encontrar uma resposta melhor. Ouvir que provavelmente é só uma constipação é uma história comum entre mulheres com o meu tipo de tumor e isso não é, de forma nenhuma, aceitável”, protestou.

As dores ficaram insuportáveis, então Emily decidiu ir ao pronto-socorro em Miami. Ela foi encaminhada para fazer exames de imagem no abdômen, que mostraram uma grande massa crescendo na região pélvica.

A especialista em marketing foi internada e a suspeita já era de que se tratava de um câncer de ovário. No entanto, como não tinha histórico familiar da doença e os casos são extremamente raros em mulheres com menos de 40 anos, o diagnóstico não foi tão simples.

Emily esperou seis dias para realizar a cirurgia e, antes do procedimento, ela assinou um termo de consentimento que deixava claro que os médicos não poderiam garantir quais órgãos ou tecidos precisariam ser removidos para retirar a massa. No caso, ela precisou ter o útero e os ovários extraídos.

A biópsia mostrou que ela tinha um câncer de ovário de estágio 3B, o segundo mais alto da doença, que tinha se desenvolvido localmente, provavelmente ao longo dos anos – já que a doença tinha tendência de crescimento lento.

Ademais, Emily foi diagnosticada com câncer de ovário borderline, uma forma rara da doença que representa apenas 10% dos tumores de ovário, acometendo, em geral, mulheres em idade reprodutiva.

A taxa de sobrevivência é mais alta, comparada ao tipo de alto grau, mas nem sempre a quimioterapia é eficaz no caso do câncer de ovário borderline. Após passar por diversas opiniões médicas, foi decidido que Emily não precisaria passar pelo tratamento e, em vez disso, adotaria um protocolo de monitoramento regular e com inibidores de estrogênio.

Com a escassez de informações e opções de tratamento adequadas, Emily e o marido iniciaram um movimento que arrecadou mais de US$ 1,5 milhão em doações para centros de pesquisa de câncer, como o Dana Farber. O casal também fundou a organização Not These Ovaries, a fim de auxiliar pacientes em busca de informações e de apoio para atravessar a doença.

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