Ao postar uma sequência de momentos dessas últimas semanas, Yasmin Brunet, 36 anos, acabou tornando-se alvo de alguns comentários maldosos. A modelo, então, decidiu voltar às redes sociais para desabafar sobre o assunto.
A ex-participante do “BBB 24”, da TV Globo, lamentou os padrões de beleza que ainda são duramente impostos, espacialmente às mulheres, e o impacto que essas cobranças têm.
“Parece que o corpo da mulher nunca sai de cena, sempre alvo de julgamentos. Se engorda, é criticado. Se emagrece, também. Estamos sempre ‘demais’ ou ‘de menos’. Falam do corpo como se ele não mudasse com o tempo – recebi comentários horrorosos sobre isso”, iniciou.
Lipedema
Brunet, então, justificou: “Recentemente, enfrentei o lipedema, um problema de saúde que impactava, acima de tudo, a minha qualidade de vida”.
Lipedema é uma doença crônica no tecido gorduroso e causa crises inflamatórias bastante significativas, com dor e inchaço nos membros inferiores.
A modelo detalhou seu tratamento, afirmando que, com o tratamento, adotou novos hábitos e, com isso, perdeu peso. “Mas, em vez de enxergarem saúde, surgiram críticas sobre estar ‘magra demais’, com fofocas sobre bichectomia, harmonização fácil, procedimentos estéticos e até comentários de que meu rosto estaria ‘fino demais’. Disseram que eu estou com ‘rosto de caveira’. É sério isso?”, questionou.
“Esse ciclo de cobranças e suposições levanta uma questão importante: quem definiu os padrões que dizem o que é ‘aceitável’ ou ‘belo’? Quem define o que é ‘adequado’ ou ‘ideal’? O corpo feminino, assim como cada fase da nossa vida, carrega histórias, mudanças e, sim, o passar do tempo. Mas, enquanto muitos apontam o dedo, esquecem que a verdadeira liberdade está em respeitar o nosso próprio ritmo e os nossos processos”, desabafou Yasmin Brunet.
A filha de Luiza Brunet enfatiza que a aparência física é apenas um detalhe e que cada um tem sua própria trajetória. “Falam do corpo como se não refletisse nossas histórias, mudanças, dores. Quando lidamos com um problema de saúde, como foi meu caso, e buscamos tratamento, as críticas são outras. Mudam o foco, não os julgamentos”, apontou.
Yasmin Brunet sugeriu: “Que tal, ao invés de ‘como o corpo deveria ser’, a gente falar sobre o que realmente importa: nossa saúde, felicidade e o respeito aos nossos próprios tempos e processos? E se, ao invés de julgar, a gente começasse a acolher? Não há um único padrão para a beleza ou para a saúde – cada mulher tem seu próprio tempo, sua beleza, e uma jornada única”.
“Que possamos celebrar a individualidade e entender que o verdadeiro autocuidado e a verdadeira aceitação começam dentro de cada uma de nós. Isso, sim, merece ser celebrado”, pontuou, por fim.